3*Aquela fugidinha com o crush

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Lee Jong Suk

Encosto a cabeça na porta recém-fechada e choro.

Que merda! As palavras dele desencadearam uma porção de lembranças em flash, uma após a outra, rápidas porém perfeitamente identificáveis. O suficiente para o prazer de seus beijos ser substituído por repulsa.

Não por ele, mas sim por mim mesmo.

Corro até o banheiro e vomito três vezes. Sento no piso, olho para o teto e continuo a chorar. Quero socar a parede, transcender minha existência, voltar no tempo e mudar tudo. Avisar a mim mesmo que voltar para casa naquela noite chuvosa era uma péssima ideia. A mãe de Dae Chul tinha me deixado dormir na casa deles, mas eu insisti que tinha que voltar. Meu maior erro.

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Depois de me livrar de todo o vômito e escovar os dentes me sinto bem melhor. Saio do banheiro determinado a esquecer tudo, como se isso tivesse feito alguma diferença nos últimos cinco anos.

O interfone toca e me pergunto se o universo inteiro resolveu vir a minha casa hoje. Sério! Nem se pode mais ser antissocial nestes dias!

—Sim?

—Lee Jong Suk? — reconheço a voz do porteiro.

—Diga.

—Tem uma tal de Lee Yura aqui dizendo ser sua irmã. Posso deixar subir?

Agora sim meu coração vai parar de bater. Minha irmã?! O que ela veio fazer aqui?! Eu deixei bem claro que não quero visita de nenhum deles e estou os últimos quatro anos sem nem sinal de vida, graças a Deus, que merda ela resolveu vir fazer aqui logo agora?!

—Não, ela não pode subir — digo sério.

—Senhor? — até o porteiro estranhou meu tom.

—Expulse-a se for preciso.

—Mas é a sua irmã...?

—Eu não me importo. Quando ela deveria ter sido minha irmã, apenas fechou os olhos e fingiu que estava tudo bem. Pode dizer isso a ela se pedir qualquer explicação. — desligo.

Eu e minha sorte de merda, parece que todos os meus tormentos desceram na minha cabeça logo hoje. Só falta aquele homem aparecer pra minha desgraça estar completa. Ai poderemos batizar hoje oficialmente como dia de acabar com Lee Jong Suk.

O interfone toca outra vez. Lá vem o meteoro da desgraça.

—Senhor, ela está subindo.

—O quê?! — sabia que não era coisa boa.

—Ela entrou correndo senhor, não pude impedi-la —esfrego as têmporas prevendo dor de cabeça.

—Tudo bem —  tento me acalmar. Desligo.

Eu consigo. Vou enfrentar... Não, eu não consigo. Pego as chaves do meu carro pronto para fugir pelas escadas de serviço para a outra extremidade da Terra.

Abro a porta e Chang Sun cai deitado a meus pés.

Ele ficou esperando do lado de fora este tempo todo?! Esquece, não tenho tempo.

Ajudo-o a levantar e fecho a porta. Sem mais uma palavra, agarro a mão dele e o puxo a correr comigo. Escuto os gritos de minha irmã quando ela sai do elevador.

—Ele só quer fazer as pazes! —ouço, mas não ouso olhar para trás.

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Dorei DoramaOnde histórias criam vida. Descubra agora