25*Tristeza e ameaças

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Lee Chang Sun 

Nunca pensei que ia ver o corpo de Cha-Hyuon sem vida, mas cá estou na delegacia, pronto pra depor sobre a morte dele e o pior; eu sei quem foi o culpado, mas não posso dizer nada. A polícia já disse que foi suicídio e que outras hipóteses dificilmente se encaixariam com as provas até o momento. O fato dele ter ligado pra mim antes de morrer também não facilita.

Maldito! Ele tinha tudo planejado!

O que ele fez a Cha-Hyuon? Eu o vi na semana passada e ele estava tão bem! Como isso foi acontecer num período tão curto?

Pedi a Suk pra ficar com Dae por um tempo. Nossa última decisão antes de sair correndo foi que não deixaremos Suk sozinho em hipótese alguma.

O delegado faz uma série de perguntas e tento respondê-las o mais detalhado possível. No fim, ele remove os óculos e me encara seriamente.

— Sinto muito filho — seus olhos estão cheios de uma pena que me irrita. — Tudo o que você disse até agora só confirma o suicídio. Algumas pessoas ligam para alguém importante antes de se matar como foi o caso do seu amigo. Sinto muito mesmo. Vamos fazer a autópsia padrão, mas não espere nada mirabolante. Sei que é difícil acreditar que ele se matou, mas você precisa ser forte. Já avisamos a família dele, não precisa se preocupar.

Escuto tudo em silêncio, pois se eu abrir a boca é capaz de me prenderem por desacato a autoridade.

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— Então... — Jong Suk se levanta do sofá quando eu entro. Ele não dormiu, posso ver isso claramente em seus olhos cansados e rodeados por olheiras.

— Eu não te disse para dormir? — repreendo.

— Disse sabendo que eu não obedeceria. Como eu dormiria sem você... — ele cora por algum motivo desconhecido.

— Que meigos vocês dois... — Dae Chul aparece da cozinha com uma bandeja e três xícaras. Espera... três? — Iseul! Vem conhecer o namorado do Suk! — Iseul? Quem é Iseul?

Sento-me ao lado de Suk no sofá e faço carinho em sua cabeça. Seu rosto cansado me causa um aperto no coração. Ela já tem tando sobre o que se preocupar e eu aqui piorando as coisas.

Neste instante, uma garota jovem, aparentemente da mesma idade que Dae Chul, sai da cozinha com uma bacia cheia de biscoitos e pelo cheiro devem ter sido feitos a poucos minutos. Ela não é muito alta mas é cheinha para os padrões, tem bochechas redondas e fofas e um sorriso amigável. Parece um pudim de tão fofo.

— Oh! Então é você o namorado do Suk? — ela pergunta sorrindo. — Eu sabia que aquela química durante o dorama não podia ser atuação!

Coro. Não tinha reparado que levava a nossa relação tão obviamente durante Dorei. Acreditava estar escondendo bem. Parece que não, né?

— Iseul, pudinzinho, menos. Chang Sun essa é Iseul, minha linda, amada, rechonchuda... — ele leva um tapa no ombro de Iseul ao dizer a palavra. -Ai! Eu amo suas gordurinhas inexistentes, não fique brava! — Ela levantou a mão pra estapeá-lo novamente e ele se calou. Parece que temos em comum o gosto por pessoas explosivas. Encaro Suk com carinho e ele estreita os olhos desconfiado.

— Prazer em conhecer, sou a esposa desse idiota sorridente — ela diz corada e levemente irritada com o marido.

Gente... Quem diria que essa bixa purpurinada gosta de mulher?! Eu jurava que ele ia tentar roubar Suk de mim mais cedo ou mais tarde. Engano meu pelo visto, pois o modo como olha pra esposa é repleto de amor genuíno.

Dorei DoramaOnde histórias criam vida. Descubra agora