Spin-off: Charles

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Esse é um final enorme!
Bye bye!

Charles adora ter dois pais. Ama a instabilidade vulcânica de Lee Jong Suk em contraste com a tranquilidade oceânica de Lee Chang Sun.

O menino passou por problemas na infância devido a pessoas preconceituosas. Feriu quem ama com desejos infantis. Tem saúde frágil e frequenta o médico semestralmente por pura precaução.

Mas essa não é a história de como Charles cresceu. É a história de como ele encontrou o amor.

Dezessete anos, 1,80m de altura. Não há como negar que Charles é lindo. Os olhos azuis que fascinam os pais estão mais brilhantes a cada ano. O loiro natural de seus cabelos chama atenção e ele sorri fácil. Há duas pequenas argolas de prata no seu lóbulo direito (Lee Jong Suk teve um ataque quando viu) e sempre usa um anel fino, com a escrita SS♡C, no dedo médio esquerdo. Mesmo atraindo olhares e fazendo garotas se apaixonarem sem ao menos tentar, Charles sempre foi estudioso e centrado. Um menino responsável e nunca admite ter pego um tanto da irritabilidade do pai Suk.

Nosso rapaz tem dificuldade em confiar nas pessoas, o que lhe rende uma lista limitada de amizades. Por limitada quero dizer: os três filhos de Dae Chul. Só.

Não é para menos, com o tanto de preconceito que sofreu quando era menor. Apenas pegou ranço de colegas de escola pro resto da vida.

Enfim, focando no que interessa, tudo começou num dia normal. Última semana antes das férias. Era tardinha, Charles chegou da escola e subiu a seu quarto ignorando a discussão que rolava na cozinha entre seus pais.

O menino já se acostumara que Sun e Suk brigam por qualquer coisa, mas nunca é sério.

Jogou a mochila no chão em qualquer lugar, tomou banho, trocou de roupa e foi procurar uma série nova para asistir na netflix do PC. As vozes altas no andar de baixo cessaram e passos na madeira foram ouvidos. Charles virou-se para porta do quarto, esperando.

Suspirou quando viu Suk.

Na casa funciona da seguinte forma: Suk dá notícias boas e Sun ruins. Por quê? Jong Suk é muito nervoso e dramático para dar as notícias ruins enquanto Chang Sun não deixa transparecer tudo tão facilmente. Assim, ficou arranjado dessa forma. Portanto, ao ver Suk, sabia que não era coisa ruim.

-Oi, meu anjo. Como foi a escola?

O loiro nunca se importou com os carinhos dos pais, nunca sentiu vergonha deles, mesmo em público. Sabia que era amado.

-Se me permite dizer, uma merda. -A voz de Charles é suave, não muito grossa, e costuma falar baixo.

Suk deu risada.

-Dae ligou. Chamou a gente pra ir num hotel com termas nas férias esse ano. Devemos ir?

Pensou. Comer e dormir fora. Viajar. Tio Dae e veria seus amigos. Relaxar num bom banho quente.

-Tô dentro. -Teve seu cabelo bagunçado pela mão do pai. -Por que estavam discutindo dessa vez?

-Ah! Você ouviu?

-Quem não ouviu?

-Teu pai, aquele inútil! Tirou o dia de folga dizendo que ia me ajudar, cadê? Fez porcaria nenhuma! Nem a cozinhar pra mim ele se digna mais!

Lá do andar de baixo escutaram uma resposta:

-Não envenena nosso filho contra mim, não! Eu já disse que limpei o banheiro!

-Por cinco horas, Lee Chang Sun!

Lee Jong Suk mandou um beijinho pro filho antes de voltar para baixo e recomeçar a discussão.

Dorei DoramaOnde histórias criam vida. Descubra agora