Rosa vermelha

490 30 0
                                    

Sidney

Estávamos no intervalo. Eu ainda pensava sobre o assassinato de Anna e o mascarado que estava acenando para mim. Não há dúvidas para mim. O cara que me ligou ontem é o mascarado que matou Anna.
  Não posso contar para ninguém o que eu sei. Ele me ameaçou. Se eu contar para a polícia ou para outra pessoa, ele vai matar meus pais. Mas por que comigo? Quem iria fazer isso comigo? Por que? Essa pergunta ecoava pela minha mente:

- Sidney, tá tudo bem? - perguntou Troy.

- Anh?

Eles estavam me olhando, preocupados:

- Você está... diferente - disse Charles.

- Não é nada, gente.

- Sidney...

- É sério! Eu estou bem. Já volto.

Sai dali e fui para os bebedouros. Brooke me segui e já chegou perguntando:

- Sidney, fala.

- O que?

- Por que você está assim?

- Não é nada.

- Fala, Sidney.

Eu dei um suspiro e então disse:

- Esta bem. Olha...

Meu celular começou a tocar. Peguei ele e vi que era um número desconhecido. Me afastei um pouco de Brooke e atendi a chamada:

- Alô.

- Se falar para ela sobre mim, eu vou pendurar a cabeça da sua mãe no teto do seu quarto! - era a mesma voz de ontem - deixe a chamada ligada e invente algo!

Não tinha outra escolha. Fingi que desliguei o celular e me aproximei de Brooke e inventei uma desculpa:

- Minha mãe está me botando um pouco sobre pressão, porque esse é o último ano da escola e ano que vem eu já tenho que saber o que vou fazer. Entende?

- Entendo - ela não parecia convencida - Bem, tô indo.

Ela saiu e eu coloquei o celular na orelha:

- Boa menina - disse o assassino.

- Quem é você? E o que você quer?

- Por que você quer tanto antecipar o final? Eu sou um maníaco assassino que matou Anna. Pronto, respondi a primeira pergunta. Agora a segunda, vou responder depois. Tchau Sidney.

Então, ele desligou.

Depois da aula, voltei para a casa a pé. Ao chegar, fiquei na sala, quando ouvi um barulho vindo do segundo andar. Peguei um rodo e subi as escadas. Fui até o meu quarto. A janela estava aberta, com uma rosa em cima de uma carta. A mesma dizia:

"Você"

  Olhei pela minha janela. Lá, do lado de uma das primeiras árvores da floresta, estava o mascarado com manto negro de capuz. Fechei a cortina com violência. Ele queria a mim...

Aviso

Vou pública dois capítulos por semana, nas terças e nas sextas. 

O Massacre do ArizonaOnde histórias criam vida. Descubra agora