suspeita

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Eu estou totalmente espantada e assustada. Como alguém consegue ser tão cruel? Ando em direção à escola com essa pergunta ecoando em minha mente.
Ao chegar, todos do colégio falavam da mesma coisa: os três assassinatos brutais.
Comecei a andar em direção à árvore onde eu e meus amigos ficamos. Percebo que vários alunos começam a olhar para mim, de forma disfarçada. O que está acontecendo? Debaixo da árvore, só encontrei Henry:

- Cadê os outros?

- Eles vão atrasar um pouco, os pais de lês ficaram muito preocupados depois de virem o noticiário das mortes.

- E por que todos do colégio estão me olhando diferente.

Henry ficou com uma expressão diferente, como se não conseguisse palavras para me contar:

- Fala, Henry!

- Eles... acham que você... acham que você é o...

- Eles acham que eu sou o assassino?!

Henry nada disse, a não ser abaixar a cabeça em confirmação:

- Como pode achar que eu fiz tudo isso?

- Bem... você e Anna tiveram um desentendimento, depois você brigou com a Claire. E os outros três são do bando da Claire.

- Eu não acredito nisso.

O sinal bateu e fomos para nossas salas.

No meio da primeira aula, uma inspetora do colégio entrou:

- Sidney, estão te chamando.

Fui com a inspetora e ela me levou até uma sala, com três policiais, dois em pé e um sentado:

- A senhorita poderia se sentar.

Me senti na frente do policial sentado:

- Eu sou o detetive Auguste e vou lhe fazer algumas perguntas, tudo bem?

- Tudo.

- Eu soube que você teve desentendimentos com duas das garotas mortas: Anna e Claire, você confirma isso?

- Eu... confirmo.

- Onde você estava nas noite em que Anna e Claire foram assassinadas?

- Em casa.

- Seus pais podem confirmar isso?

- Meus pais chegam em casa um pouco tarde.

- Então seus pais não poderiam dizer que você não saiu de casa, correto?

-Bem... sim, mas...

- Você estava com muita raiva das duas?

- Espera, você está achando que eu matei elas?!

- Você que está dizendo isso. Só estou lhe fazendo algumas perguntas.

- Eu já posso ir?

- Está bem, pode ir.

Um dos policiais abriu a porta e eu sai.
Mesmo com a porta fechada pude ouvir o detetive Auguste dizendo:

- Temos nossa primeira suspeita.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Por que isso tinha que acontecer comigo? Por que?
Sai correndo dali, chorando muito.

O Massacre do ArizonaOnde histórias criam vida. Descubra agora