LUIZ TIGRÃO

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ÁGATA

- Eu... Marquei um jantar de noivado assim que voltarmos para casa. - Ele diz e me olha atentamente talvez esperando que eu surte.

- Só isso? Porque se for tudo bem, eu sabia que você não iria levar a parte de ir devagar a sério. - Ele me olha boquiaberto e depois solta um suspiro de alívio.

- Eu só... Achei que você fosse ficar com raiva por não ter sido avisada antes. - Eu sei que ele está me escondendo algo mas não vou o questionar agora.

- Não que eu goste disso, mas por mim tudo bem. - Dou de ombros.

- Ótimo. - Ele volta a olhar pra taça de sorvete como se fosse a coisa mais interessante no mundo.

DOMÊNICO

Deixei a Ágata no quarto lendo e disse que iria correr um pouco, mas a verdade é que eu não consegui contar sobre ás pílulas ela nunca iria me perdoar e se ela ficasse muito nervosa e perdesse o nosso bebê? Eu estou enlouquecendo ainda nem sei se existe um bebê, mas eu não posso ter errado a mira não mesmo. Ando de um lado para o outro no escritório sem saber como agir agora. Que se dane vou deixar tudo como está.

Volto para casa e encontro ela dormindo feito uma pedra nem parece que dormiu a tarde inteira. Vou para uma banho antes de ir me juntar a ela, mas sou interrompido pelo o som do celular tocando. Percebo que o celular que está tocando é o da Ágata chego perto da cabeceira e vejo o nome LUIZ TIGRÃO na tela. A raiva me consome e minha vontade é de quebrar esse celular com as minhas próprias mãos, mas faço ao contrário eu atendo.

- Ágata gostosa depois de amanhã chegamos. - VERMELHO!VERMELHO!VERMELHO!VERMELHO! 

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA CHAMAR A MINHA MULHER DE GOSTOSA? - Eu berro e nem lembrei que Ágata estava dormindo. Só vi na hora em que ela deu pulo na cama assustada me olhando assustada. 

- Ei cara quem é você porque está com o telefone da... - Não consegui ouvir o final já que a minha linda namorada está tentando pegar o celular da minha mão.

- Domênico me devolve o meu celular. AGORA! - Ela está tentando a todo custo pegar, estamos os dois disputado de maneira acirrada.

- Não vou te devolver enquanto eu não falar com esse bastardo que te chamou de gostosa. - Ela me olha com raiva antes de pisar no meu pé fazendo com que eu vacilasse e ela conseguisse pegar o celular.

- Aii... merda isso doeu. Me devolve esse celular agora, eu quero saber quem eu vou matar. - Ela corre para o banheiro se trancando lá dentro. Bato na porta diversas vezes e só escuto sussurros.

 Eu não acredito que ela se trancou no banheiro pra falar com aquele bastardo que ainda não descobri quem é. Ando de um lado paro o outro dentro do quarto irritado pensando em como abordar ela quando sair do banheiro, mas a única coisa que consigo pensar é em gritar e declarar morte a esse tal de Luiz tigrão. Arg eu não consigo imaginar ela chamando um outro homem assim e nem quero imaginar.

Depois do que parece horas ela sai do banheiro me fitando com raiva. Ela caminha até a cama me ignorando completamente. Fico parado observando ela me ignorar e penso em mil formas de me acalmar antes de falar alguma merda muito grande. Ela fica me encarando e eu é claro faço o mesmo até não aguentar mais.

- Você me deve explicações Ágata. - Ela aperta os olhos e começar a contar a até dez. - Estou esperando. 

- Não te devo explicação nenhuma Domênico. E nunca mais entendeu bem, nunca mais mexa no meu celular. - Ela fala entre os dentes.

- Eu não mexi na porra do seu celular GOSTOSA. - Falo a palavra gostosa com ironia e ela revira os olhos. - Eu atendi porque ele não parava de tocar e eu não queria te acordar, mas qual a minha surpresa quando vejo o nome Luiz Tigrão no identificador. - Ela respira fundo antes de cair em uma gargalhada. Mas que porra.

-Você é hilário meu amor. - Ela diz depois de parar de rir feito uma louca enquanto eu fico com cara de paspalho.

- Você só pode ser louca. Eu não estou rindo. Você acha que isso é engraçado? - Sim eu estou muito puto.

- Sim, é super engraçado. - Ela só pode estar brincando com a minha cara.

- Deve ser mesmo me fazer de idiota não é? Mas não vá pensando que isso vai ficar assim. EU.NÃO.SOU.NENHUM.IDIOTA. - Falo sério e ela fica me encarando segurando a risada. - Dá pra você parar de rir da minha cara? 

- Amor senta aqui.- Ela pede batendo com a mão no espaço vazio ao seu lado.

- Não mesmo, eu vou dormir no outro quarto. - Ela levanta e para na minha frente passa seus braços por meu pescoço, eu até tento tirar mas ela segura firme.

- Amor, você não precisa se preocupar com o Luiz. -Ela fala calmamente como se estivesse falando com uma criança.

- Você já dormiu com ele? - Eu não queria saber a reposta mas mesmo assim perguntei.

- Sim.  Eu já dormi com ele. Não uma mas várias vezes. - Ela da de ombros como se não fosse nada. A raiva retorna com força tento me desvencilhar dos seus braços mas ela não deixa suas mãos seguro o meu rosto fazendo com que eu a encarasse.

- Me solta. Eu não quero falar com você agora. - Fecho os olhos com força. 

- Eu sempre dormia com ele e com o Pedro quando eu tinha pesadelos. - Ela diz e beija meu rosto. - O Luiz é meu irmão amor. 

- Seu irmão? - Pergunto um pouco desconfiado.

- Sim, só meu irmão. Não precisa ter ciúmes. - Ela da um beijo no meu nariz e eu fico envergonhado por ter causado toda essa confusão.

- Me desculpe é que... você sabe. - Falo envergonhado e ela sorri e me puxa pra cama. 

- Vai se desculpar de outra forma. - Sorri maliciosa e eu com certeza adorei me desculpar com ela. 

Está chegando a hora. Próximo fim de semana teremos a verdade... 

Espero que gostem. Beijos!

MINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora