MINHA

FIM!

DOMÊNICO

Seus olhos mostram toda a decepção por mim, engulo em seco e não sei como reagir ela não diz nada somente me encara com algo que eu nunca antes tinha visto vindo dela. Tristeza. Raiva. Ódio eu diria. Ela desvia o seu olhar do meu e olha para os três patetas sentados sem reação assim como eu. Vejo que ela volta a chorar e isso só aumenta ainda mais a minha culpa. Ela sai em direção ao quarto e não saio do lugar é melhor deixar ela sozinha agora.

- Você não presta Domênico. - Essa voz é Donni que a essa hora deve estar querendo me bater e muito. - Você não presta seu bastardo. Você praticamente obrigou ela a ter um filho pra prender ela a você. Você sabe a importância de ser PAI? Claro que não sabe. Ser pai é amar seus filhos pra sempre. Pai é aquele que trocaria de lugar com o filho só pra não ver ele sofrer. Filho não é um objeto que você faz porque acha que vai resolver seus problemas. Você nunca vai entender isso. Mas eu espero que você saiba aproveitar essa oportunidade de ser pai nem todos têm a chance de ter um filho. - Ele chora e sai pela a porta da sala e eu fico sem entender nada mas sei que ele tem razão. Mas o que ele não sabe é que eu já amo muito o meu filho e pretendo ser o melhor pai do mundo.

- Você vacilou cara. Eu só não vou quebrar essa sua carinha bonita porque meu sobrinho vai precisar de um pai.

- Não se preocupe com isso Pedro é bem provável que a Ágata mesmo faça. - Eles saem logo em seguida me deixando sozinho enquanto penso em uma maneira de pedir perdão a Ágata.

Eu fui um idiota isso é fato mas o que eu poderia fazer? Ela provavelmente iria me deixar assim que percebesse o quão problemático eu sou. Eu sei que eu preciso ir falar com ela mas não quero ver ela me olhar daquele jeito de novo eu morreria.

Dez longos minutos se passaram e eu ainda não sai do lugar, ela também não saiu do quarto e acho que vou acabar dormindo na sala hoje. Passo as mãos no rosto atordoado com tudo isso que eu mesmo causei. Eu preciso resolver isso agora, quando levanto do sofá e vou em direção ao quarto meu corpo trava ela está parada me encarando enquanto lágrimas e mais lágrimas caem sobre seu rosto, mas não é isso que me faz ficar tenso e sim a mala que está ao seu lado.

- o que faz com essa mala Ágata? - Sei que essa pergunta é idiota mas eu quero muito acreditar que ela não faria isso. Ela aperta os olhos com força e quando os abre eu vejo raiva muita raiva. Ela tira a aliança de seu dedo e engulo em seco, quando menos espero ela joga a aliança em mim com muita raiva.

- Seu desgraçado! Você não tinha esse direito Domênico! Não tinha. - Ela grita e meu coração se despedaça.

- Eu só queria que você fosse minha pra sempre é pedir demais?. - Ela respira fundo e isso só a deixou mais irritada.

- Pedir demais? Você tem noção que você foi egoísta tomou uma decisão por nós dois e você não tinha esse direito seu Bastardo!

- Mas um filho seria uma ligação só minha e sua pra sempre Ágata.

- Quem te garante? Você pode registrar e mesmo assim eu posso beijar outro na sua frente. - A menção de outro homem é o bastante pra me deixar furioso.

- Você não vai me deixar ou eu tiro essa criança de você! - Ela arregala os olhos e vejo tristeza. Merda exagerei mas ela não está facilitando.

- Você só pode ter ficado louco se acha que vou continuar com você depois disso. E você não ouse a fazer isso Domênico! - Ela me fuzila com o olhar e me sinto um merda por te falado isso pra ela mas não posso voltar atrás agora.

- Eu sou o pai e se essa criança existe é por minha causa.

- Porque você quis me prender! Porque você é um maluco! Porque você não presta! Eu te odeio Domênico Alecsander! - Ela grita e arremessa um vaso de flor que estava perto dela e o qual eu consigo desviar a tempo.

- EU FIZ POR AMO ÁGATA! AMOR! - Grito pra que ela entenda.

- Isso não é AMOR! ISSO É POSSE! EU não sou sua propriedade!

- Você é minha! Você aceitou ser minha! Eu te amo por isso fiz o que me pareceu ser certo. - Ela chora mas sei que é de raiva.

- Você é louco! Maldita hora que eu fui transferida pra cá.

- Eu te amo é tão difícil entender isso.

- Como eu fui idiota Dom. Como eu pude acreditar em você? Você não me ama. Se você me amasse não teria armado esse circo todo.

- Chega desse escândalo Ágata! Agora não adianta nada nós vamos nos casar. - Porque insisti em brigar se já está feito. - Acabou não adianta dizer que me odeia eu sei que é mentira. Vamos ter um filho aceite.

- Não vou me casar com você. Você não manda em mim eu vou embora e você se quer vai saber aonde estou.

- Aonde você pensa que vai carregando o MEU filho? Não adianta fugir estamos ligados pra sempre.

- Posso estar grávida de um filho seu Domênico mas tudo o que eu sentia por você acabou no momento que descobri essa sujeira. - Olho pra ela espantado ela não pode deixar de me amar.

- Você me ama não tente negar!

- Eu te odeio Domênico! Eu vou embora e você nunca mais vai me ver e nem o meu filho.

- Você não ouse me afastar do meu filho, você nem o quer sabe Deus o que você seria capaz de fazer longe de mim. - Ela me olha com tanta raiva que parece que vai me matar a qualquer hora.

- Ele não é só SEU filho. Ele é meu filho também e quem vai carregar ele os nove meses sou eu. Eu posso ter sido sua posse mas ele não vai ser. Adeus! - Ela tenta passar por mim e antes que ela se fosse eu seguro o seu braço.

- Essa conversa não acabou!

- Me solta! EU NÃO QUERO MAIS NADA COM VOCÊ! - Essas palavras me quebram por inteiro e não consigo mais segurar as lágrimas.

- Por favor meu amor não vá Eu te amo e amo nosso bebê. Não me prive de ser um bom pai e um bom marido.

- Para de dizer que me ama. Você não me ama Domênico. - Ela chora eu sei que ela também não quer isso. Aos prantos fico de joelho na frente dela.

- Por favor me perdoa. Casa comigo vamos ser felizes juntos.

- Dom... eu Não posso ficar... Você foi longe demais. - Estamos os dois chorando e soluçando muito.

- Você vai ver que fiz certo quando estiver com nosso filho nos braços. - Colo minha boca na barriga dela e doi um beijo ali - Filho diz pra sua mãe não ir pra longe de mim, eu amo vocês.

- Eu nunca vou contar pra ele que o pai dele foi tão babaca! Filhos são feitos por amor e não por posse.

- Você disse... que nunca ... iria me deixar... Você não pode.

- Eu sei o que eu disse mas eu não posso aceitar isso.

- Eu mudo. Eu posso mudar de você quiser que eu me arraste ao seus pés para o resto da vida tudo bem. Mas não desiste de mim... de nós... da nossa família.

- Eu não confio mais em você Dom! Eu sinto muito mas nossa história acaba aqui. É o Fim. - Ela pega sua mala e vai embora da minha casa, da minha vida, levando com ela o homem que um dia eu fui.