CONVERSA ENTRE AMIGOS

22.6K 1.5K 85
                                    

- Dom? - O chamo não querendo acreditar nos nomes que o Donni montou.

- Oi meu amor, quer alguma coisa? - Ele me abraça e beija minha testa de maneira tão carinhosa que até penso se devo mesmo reclamar sobre os nomes dos bebês.

- É você viu os nomes que o Donni montou com os pingentes? Ele não sabe mesmo fazer isso. - Dou um sorriso forçado e ele se inclina para olhar na mesinha. 

- Não meu amor, está certo Conrado e Demetrius. - Ele diz tão orgulhoso que decido não intervir, não quero deixar ele magoado, afinal eu disse o nome que ele quisesse. 

- Ah sim, é que são nomes bem incomuns. - Ele me olha e vejo sua testa franzir.

- Não gostou? - O tom de tristeza em sua voz, faz me sentir a pior pessoa do mundo por deixá-lo triste.

- Não é isso meu amor, é só que são nomes diferentes mas não quer dizer que eu não gostei. - Faço minha melhor cara pra que ele acredite. 

- Se não tiver gostado, você pode escolher outros nomes. - Ele faz uma carinha de cachorro que caiu da mudança e fica impossível dizer não.

- Não mesmo, serão nossos pequenos, Conrado e Demetrius. - Abro um largo sorriso quando vejo ele sorrir. - Agora vamos jantar que nossos filhos estão morrendo de fome. 

Depois de nos despedir de todos, tomo um banho de banheira bem relaxante enquanto mãos fortes fazem uma gostosa massagem nas minhas costas.

- Sabe amor, eu já te fiz esse pedido antes, Mas vou fazer de novo. - Ele levanta e se enrola na toalha e sai em direção ao quarto. Mas não demora a voltar, vejo em sua mão uma caixinha de veludo, Dom se ajoelha próximo a banheira e levanta aqueles lindos olhos verdes pra mim.
- Eu te amo. Amo nossos filhos. E eu sei que na maioria do tempo eu sou um babaca. Mas quero ser o seu babaca pra sempre. Quero que você carregue meu sobrenome. Quero que você seja minha esposa. Quer casar comigo?

As lágrimas caem por meu rosto, fazem os olhos dele ficarem em alerta. Mas ele não imagina a felicidade que estou em ser sua esposa.

- Sim. Eu quero ser sua esposa. Quero você como meu marido. Meu eterno babaca. - Ele sorri e coloca um linda aliança dourada no meu anelar.

- Seremos uma família. - Ele me beija de maneira doce e apaixonada.

  ____________________________________

Decidimos que vamos nos casar na igreja depois do nascimento dos bebês, Dom disse que quer que os nossos filhos estejam presente no dia mais importante das nossas vidas. Nos casamos no civil dois dias depois do pedido de casamento, claramente o meu amado marido já tinha deixado todos os documentos prontos, antes mesmo de saber minha resposta. Bem coisa de Domênico.

As coisas entre nós está uma maravilha sem fim, Dom todo romântico, manda flores todas as sextas-feiras de manhã, café na cama todos os fins de semana. Eu quase não reconheço mais o Domênico que conheci algum meses atrás. Ele está mais calmo, mais carinhoso. Eu estou amando cada mimo.

A gravidez me deixou bem emotiva, chorando com comercial de margarina literalmente, ainda estou tentando me acostumar com o fato de que vou ser responsável por dois menininhos lindos.

  ____________________________________

- Ágata, ta na hora de acordar. - Escuto alguém me chamar mas não dou bola, estou com tanto sono. - Ágata. Você tem que acordar mulher. - Sinto a pessoa tirar o cobertor e logo depois abrir a cortina fazendo com que fique impossível dormir assim. Levanto irritada e encaro o Donni com um sorriso que não alcança os olhos.

- Donnizete eu juro por Deus que se não for causa de morte, eu vou arrancar isso que você chama de pau e jogar pela janela. - Rosno pra ele que ri e deita do meu lado.

- Eu quero conversar com a minha linda amiga. - Ai tem coisa.

- Primeiro viu o meu marido? Segundo o que você aprontou? - Ele bufa e revira os olhos quando pergunto do Dom.

- Primeiro não vi seu marido. Mas acho que ele deixou um bilhete em algum lugar da casa e eu posso ter achado e escondido. Segundo que a Bianca levou o Raffael para viajar com ela e o namorado novo dela. - Acho que ele está com ciúmes. Só preciso descobrir se do filho ou da Vaca da Bianca.

- Como eu sei que você não vai me dar o bilhete agora. Diga ai você está com ciúmes do seu filho ou da mãe dele? - Ele arregala os olhos e me olha como se tivesse sido pego no flagra.

- Do meu filho claro. - Ele dá um sorriso nervoso e sei que é mentira.

- Não se preocupe, o Rafita te ama. - Pisco pra ele e ele concorda com a cabeça. Ainda me lembro no dia que o Raffael disse que amava o Pai. Nunca tinha visto o meu amigo tão bobo com algum coisa.

- E se ele preferir o namorado da mãe? 

- Donni, ele é seu filho. Te ama. Aquele menino te adora. Mesmo que o namorado da mãe dele seja bom, ele não vai superar você. Você se tornou o herói dele. - Digo com toda sinceridade do mundo. E ele fica calado, me surpreendo quando ele me empurra e apoia a cabeça na minha barriga que já está bem visível.

- Eu ainda a amo. - E ai está o problema.

- Eu sei. - Fico alisando os seus cabelos e ele fica pensativo.

- Eu deveria ter dado uma chance para conversarmos sobre nós, não é mesmo? - Ele me encara e vejo os seus olhos tristes.

- Eu acho que se você ama ela, deveria ir atrás. Mostrar pra ela que apesar de todo esse tempo o Donni por quem ela se apaixonou ainda está ai. - Ele sorri e concorda. Depois levanta e me dá um beijo na testa. E tira de dentro do bolso da calça um papel e me entrega.

- Ele pediu pra dizer que ama vocês antes de sair. Preciso ir. Obrigado por ser a vaca mais amiga desse mundo.

- Disponha. - Aceno pra ele e pego o papel para ler o que está escrito.

" Amor, você estava linda dormindo. Assim como e linda fazendo qualquer coisa. Eu te amo. Tive um contratempo na empresa e precisei ir para Veneza, não me odeie por ir sem avisar. Te amo. Te amo e te amo. "

- Com amor Dom.

MINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora