NEM TÃO BRAVA ASSIM

25.7K 1.7K 129
                                    

ÁGATA

Sim. Eu estou morta de ciúmes e não quero e não vou esconder. Encaro ele que olha pra todos os lados menos pra mim.

- Vai começar a falar Domênico ou vou precisar fazer o Donni me contar? - Ele suspira e senta na poltrona próximo a cama.

- Você não pode se estressar.

- Tarde demais. - Ele olha bem dentro dos meus olhos e respira fundo.

- A Amanda esteve no meu escritório e tentou transar comigo. E quando o Donni chegou pra falar comigo ela estava abrindo o meu cinto pronta pra me chupar. Satisfeita. - Ele solta as palavras de uma única vez e é quase possível ouvir o meu coração se despedaçando.

- Então o que você faz aqui? - Eu não vou me estressar e nem posso, preciso cuidar dos meus bebês, mas ouvir ele dizer que ela iria chupar ele me causa náuseas e raiva.

- Porque vocês são a minha família, é você quem eu amo Ágata, eu não quero mais aquela vida que eu tinha. Eu quero acordar ao seu lado e ter o prazer de ter meus filhos crescendo junto comigo. Então já vou deixar bem claro pra você que não vou sossegar até você me perdoar e volta pra mim. - Suas palavras me acertam como um soco, por mais que seja doloroso ouvir o que poderia ter acontecido dentro daquele escritório o meu coração praticamente grita que eu o perdoe e possamos enfim nos acertar.

- Eu quero acreditar em tudo isso, mas é difícil depois de tantas mentiras contadas Domênico, eu fui atrás de você na casa do Donni, mas quando eu cheguei lá você já tinha ido. Você tinha ido embora e eu percebi que não queria ficar longe de você mas respeitaria sua decisão. E agora você me diz que esteve bem perto de deixar a aquela rascunho de capeta ruivo te chupar. - Ah falei mesmo.

- Ágata eu não deixaria, eu só tenho olhos para você e não é diferente com o DomJunior . - Ele diz sorrindo e me fazendo sorrir também.

- Não é porque ri, que não quero te matar. - Ele bufa e concorda.

- Só me deixa tentar concertar as coisas. Por nós. - Seus olhos estão cheios de lágrimas e decido que vou ouvir meu coração.

- Você pode tentar, mas por favor não faça mais nenhuma idiotice. - Ele ri e levanta me abraçando, ele aspira o meu cheiro e deixa um beijo em meu pescoço e meu corpo se arrepia com a sensação de seus lábios em minha pele.

- Você gostou disso, seu corpo está com saudades do meu tanto quanto estou do seu não É? -Ele sussurra em meu ouvido e planta outro beijo logo abaixo.

- Não Estou com saudades de nada Domênico. Não força. - Ele ri e fingi não me escutar e continua a descer beijos por meu pescoço causando arrepios por todo meu corpo.

- Então ta Bom, Mas acho que poderia gostar se eu fizesse mais disso. - Ele passa a lingua lentamente por meu pescoço e por fim deixa um beijo. Depois disso nem preciso dizer que minha calcinha já estava molhada.

- Você não presta. - O empurro para longe e o safado ri.

- Eu presto só por você. Mas agora descansa que vocês precisam ficar bem, enquanto isso eu vou lá fora falar com Seus pais. - Só agora noto que não tinha apresentado meus pais ao Dom.
- Você já conheceu meus pais? - Ele acena que sim. - Então meu pai não te matou Por que?

- Porque ele nem olhou pra minha cara, agora deita e dorme que eu ja volto. - Ele vem até mim e deixa um beijo em minha testa e depois deixa dois em minha barriga e sussurra algo que não entendi.

- Tudo bem, já estou indo. - Ele acena com a cabeça e sai da sala me deixando descansar.

DOMÊNICO

Depois de sair do quarto, finalmente suspiro aliviado sentindo o peso de toda essa confusão se esvair do meu corpo.

O medo de perder eles finalmente passou, mas me deixou a certeza que não posso viver sem eles.

Não sei quanto tempo se passou, mas continuo sentado olhando para a porta aonde está meu mundo. Fico inerte em meus pensamentos até sentir uma mão pesada em meu ombro. Quando encaro o dono da mão vejo o Donnizete segurando dois copos de café e depois estende um pra mim que pego de bom grado.

Ele se senta ao meu lado e nada diz. O silêncio é perturbador, mas não serei eu a quebrar.

- Me desculpe pelo o soco. Apesar de você merecer. - Ele não me olha mas sinto sinceridade nas suas palavras.

- Tudo bem. Não foi nada. Como eu disse diversas vezes eu sou um idiota. - Ele ri e concorda com um aceno de cabeça.

- Ela te ama, mas não brinque com ela Dom. Ela não vai te perdoar novamente. - Essas palavras me fazem ter a certeza que não posso mais agir como um grande idiota.

- Eu sei. E você pode ter certeza que eu a amo demais. - Ele assente e fica em silêncio novamente, até que decido quebrar.

- E seu filho Rafael? - Ele me olha e nos seus olhos eu vejo ternura mas um pouco de tristeza também.

- Ele se recuperou bem do acidente, ainda me chama de Donnizete. Ele diz que não sabe o que é ter pai. E isso me machuca mas eu fico feliz em saber que ele esta bem e vivo. - Ele sorri triste e eu não imagino meus filhos me chamando pelo o nome.

- Ele vai entender que você não teve culpa.

- A Bianca ainda não contou isso a ele, ela quer que ele esteja 100% recuperado.

- Você sabe que não deveria adiar. É seu direito não é justo seu filho te culpar por algo que você não sabia.

- Eu sei.

- Eu sinto muito Donni. - Ele assente e sai andando em direção a saída. Fico olhando até sentir alguém se aproximar.

- Será que posso conversar com o cara que deu o golpe da barriga na minha filha?

Oie!
Beijos!
😘

MINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora