EU SOU UM IDIOTA

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DOMÊNICO

Duas semanas haviam se passado desde que voltei para Itália. Eu queria que ela tivesse ido me procurar e falado que o nosso amor ainda teria chances. Mas ela não me procurou. E eu entendi o recado tinha acabado.

Estava em minha sala na empresa concentrado no trabalho até porque era a única coisa que me fazia esquecer dela. 
Uma batida na porta chamou minha atenção mesmo assim pedi que entrasse.

- Nunca imaginei ver o Todo poderoso Dom com uma aliança no Dedo. - Levanto os olhos encontrando com os de Amanda que me encaram com Desejo.

- O que faz aqui? - Ela ignora minha pergunta e se senta na cadeira em minha frente.

- Sala legal. Mas confesso que imaginava mais luxo. - Ela continua olhar tudo até que seu olhar cai sobre mim. Ela umidece os lábios enquanto olha pra minha boca e alguns meses atrás eu não hesitaria em fode-lá mas a única coisa que tenho em mente é o que ela está fazendo em minha sala.

- Não vou repetir a pergunta. Então se você não vai falar o que veio fazer aqui eu sugiro que suma. - Falo entre os dentes e ela sorri.

- Acalma essa fera em você mon amour eu só queria saber se é verdade que aquela menina te deixou. - Ela diz com sarcasmo e a raiva cresce em mim.

- Minha vida pessoal não é da porra da sua conta, some daqui agora. - Rosno pra ela que parece esquecer com quem ela está falando.

- Ora Dom, porque ela te deixou? Certamente  ela não soube aproveitar o homem que você é, mas eu sim. - Ela levanta e só agora noto seu vestido preto colado em seu corpo vai até a metade da coxa.

- Se era só isso pode ir. - Ela caminha em minha direção e quando vou levantar ela me empurra em minha cadeira e começa a passar a mão por meu peito.

- Você tem que esquecer aquela garota Dom. Deixa eu fazer Isso. - Ela começa a espalhar beijos por meu pescoço e eu não tenho nenhuma reação. 
- Ta na hora do todo poderoso Dom voltar a sua antiga vida. - Ela começa a desabotoar a minha camisa e passar as unhas delicadamente por meu abdômen.
- Me deixa te mostrar o que uma mulher de verdade sabe fazer Domênico. - Ela espalha beijos por meu tronco e sinto suas mãos indo em direção ao meu cinto.

Seguir em frente? Enquanto pensava sobre isso podia ver a Amanda se ajoelhar puxando o meu zíper pra baixo.

Eu vou seguir em frente!

                  
                     Um dia atrás

ÁGATA

Duas malditas semanas haviam se passado e eu não acreditava que ele foi embora sem ao menos avisar ou me dar a chance de conversarmos. Ele foi covarde mas eu também estou sendo porque deveria ir até ele é dizer tudo o que era pra ser dito. Mas prefiro ficar trancada nesse quarto.

- Ágata eu não vou te pedir outra vez.  - Donni bate na porta do quarto como faz todos os dias antes de ir visitar o Rafael.

- E eu também já disse que eu não vou sair. - Escuto ele resmungar e logo depois ele gritar.

- Que se foda! - Ouvi seus passos pesados na escada enquanto ele se afastava.

Somos só eu e você bebê. Seremos só eu e você.

DONNI

Eu não aguentava mais ouvir ela chorar porque ele foi embora e nem vê ela ficar mal, sem comer mesmo sabendo que agora ela tem cuidar dela e do bebê. Mas o Dom conseguiu fazer com que ela se trancasse e meu medo é que isso a destrua pra sempre.

Chego em Veneza cedo e somente passo no nosso antigo apartamento para tomar uma ducha antes de ir falar com o Domênico.

Fui em sua casa mas me falaram que ele já tinha ido para empresa bem cedo. Agora entrando pelo o Hall da empresa encontrei com o Augustus.

- Ei Donni, quanto tempo. - Ele vem me cumprimentar com um abraço.

- Pare de ser tão mocinha. Eu só fiquei fora por algumas semanas. - Ele ri

- Certo. Já te digo que o seu chefe não está com o humor nada bom as semanas, ele está com o cão no coro.

- Prometo fazer o Humor dele melhorar. - Ele ri e logo me encaminho para a sala do Dom.
 
Assim que chego em seu andar dou um aceno pra sua secretária e vou direto para sua sala antes que ela entrasse em meu caminho.

Assim que abro abro a porta eu não acredito no que estou vendo. Uma ruiva estava ajoelhada abrindo seu zíper enquanto ele olhava aquilo como se estivesse em outro planeta.

A raiva me consumiu e os dois me olharam espantados quando minha voz áspera soou pela sala.

- Eu me enganei com você Domênico.

- Donni? - Seus olhos arregalados e por um momento penso ter visto arrependimento neles.

- Não fale nada. Sabe o que eu vim fazer aqui? Eu vim te contar que a Ágata lembra dela? A mãe do SEU FILHO! Está trancada a duas semanas sem se alimentar devidamente porque VOCÊ seu cretino foi embora sem falar nada. Você fugiu e ela se sente culpada por ter ido embora depois da Merda que você fez. - Ele se levantou depressa e fez que a Ruiva caísse sentada.

- Eu posso explicar. AMANDA VÁ EMBORA AGORA. - Ele berra pra Ruiva mas eu a paro com a mão antes de sair.

- Ela Fica! Eu vim aqui pra tentar fazer com que vocês se acertassem mas agora vou fazer de tudo pra que você nunca mais chegue perto da Ágata! - Seus olhos estão marejados mas eu não acredito em nada disso.

- Eu não queria transar com ela... - Ele iria continuar a falar mas o meu celular tocou e eu atendi antes que eu o matasse pelo o que iria dizer.

- Alô Luís?

- Donni estamos levando a Ágata para o hospital ela parece estar abortando. - Ele fala desesperado e aos fundos escuto minha amiga desesperada pedindo para salvarem o filho.

- Merda! Volto hoje para o Brasil. - Desligo o celular e sinto medo tomar conta de mim.

Sinto os olhos do Dom em mim e a raiva cresce e quando menos espero meu punho vai de encontro ao seu rosto com toda força.

- Se ela perder o Bebê a culpa é sua Babaca.

Saio dali a passos a rápidos deixando ele pra trás com uma expressão de horror no rosto.

Assim que saio do elevador dou de cara com um Domênico ofegante e com o nariz sangrando chorando.

- Como assim perder o Bebê?

- Enquanto você estava pensando em colocar seu pau naquela ruiva gostosa. Minha amiga estava indo para o hospital abortando do seu filho. - Vejo ele em desespero, tento passar mas ele me impede.

- Eu sou um idiota. - Ele diz com mão passando furiosamente por entre os cabelos.

- Sim você é. Agora me de lincença porque tenho que voltar.

- Eu vou junto.

- Não você não vai. Segue sua vida e deixe a deles em paz.

Assim que saio da empresa vejo um táxi e logo vou para o aeroporto.
Não terei coragem de contar para ela o que eu vi, mas também não vou deixar ele a machucar novamente.

MINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora