capitulo 1

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- Onde vais? – A minha mãe questionou enquanto eu me deslocava para porta de entrada.

- Vou sair com a Helena e chego tarde. Até logo. – Saí antes que ela pudesse começar com os seus questionários chatos.

Avistei o carro do Jorge e corri até ele. Abri a porta e entrei apressada apertando o cinto de segurança.

- Podias ter estacionado lá atrás, assim não davas nas vistas. Agora despacha-te lá antes que a minha mãe te veja, ou o meu pai.

- Olá para ti também.

- Oh, desculpa. – Dei-lhe um beijo rápido nos lábios. – Agora vamos!

- Preocupaste demais. Os teus pais têm que se lembrar que tens 18 anos e não 13.

- Sim, tenta-lhes dizer isso então. – Respondi-lhe com algum sarcasmo. – Anda, agora arranca.

- Às suas ordens. – Riu-se e ligou o carro abandonando assim o estacionamento.

***

O meu nome é Amy Parker. Vivo no centro de Londres em casa dos meus pais e sou filha única. A minha mãe e o meu pai trabalham numa empresa fora do país, portanto, a maior parte das vezes, estou sozinha em casa. Apesar da minha tia Georgia passar algumas noites cá em casa para se certificar que está tudo em ordem, consigo sempre - nem sempre - escapar e ir para as minhas noitadas com a minha melhor amiga Helena ou com o meu namorado, o Jorge.

***

Após termos chegado ao nosso destino saímos do carro e entramos num bar.

- Está tanta gente aqui. – Estranhei e olhei para o lado esperando ver o Jorge, mas ele desaparecera num piscar de olhos. – Jorge? – Chamei enquanto me afastava da multidão.

Puxei o telemóvel do bolso e procurei o seu contacto. Depois de o ter achado, pressionei a tecla "chamar'' e sai do bar para tentar ouvir algo do outro lado da linha.

- Precisas de ajuda? – Ouvi uma voz por trás de mim. Voltei-me e encontrei um rapaz com os seus 19 ou 20 anos, pele morena e corpo bem constituído, encostado à parede observando-me. Vestia uma t-shirt cinzenta um pouco rompida e umas calças pretas. O seu cabelo era castanho e tinha uns olhos em tons de verde que cintilavam com a claridade daquela zona.

- Não, obrigada. – Ignorei-o e voltei a ligar ao Jorge esperando que ele atendesse. – Por favor, atende! – sussurrei.

- O teu amigo deu-te uma tampa, foi? – Perguntou com um sorriso perverso.

- Desculpa? – voltei-me para o encarar- O que é que tu tens a ver com isso? – Desencostei o telemóvel da orelha.

Ele riu-se.

- Olha, eu não estou aqui para te aturar. Vou lá para dentro. – Virei costas ao rapaz e entrei  no bar procurando o Jorge por tudo o que era canto. Mas como é óbvio, sem sucesso.

- Ninguém se mexe! – Gritou um tipo com uma arma na mão apontando-a para toda a gente.

- Tu! – Outro tipo, com uma máscara preta que tapava toda a sua face, apontou para o DJ. – Pára a música!

Senti alguém  tapar-me a boca e arrastar-me pela sala fora. Ao início pensei que era um dos assaltantes e estive prestes a gritar, mas no entanto ouço uma voz familiar:

- Não grites. – Levantei a cabeça e vi o rapaz com quem tinha estado lá fora.

- O que é que tu queres? – Afastei-me de imediato.

- Ouve-me! A porta das traseiras é ao fundo deste corredor. Tem mais quatro homens lá fora e eles não se devem lembrar da existência da saída de emergências, por isso temos algumas probabilidades de sair por lá.

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