capitulo 18

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Músicas para este capítulo:

Amnesia- 5 Seconds Of Summer

Best Song Ever- One Direction

Wherever You Are- 5 Seconds Of Summer

Disclosure- Latch

Acordei e olhei ao meu redor. Estava num quarto com paredes pintadas em branco e azul-bebé, deitada numa cama. Observei atentamente a minha mão direita que repousava sobre o meu peito. Tinha uma fina agulha espetada na veia enquanto o líquido transparente a atravessava, e, finalmente me apercebi que me encontrava no hospital.

-Que bom! Acordaste, gatinha!

- Como é que vim cá parar?

- Bem, eras para vir no meu carro, mas a Susannah preferiu chamar uma ambulância. Ainda bem que fui contigo, estava lá um bombeiro…- mordeu o lábio inferior- era cá um pão!

- Não foi isso que quis perguntar. O que se passou mesmo?

- Não te lembras? Desmaiaste em plena aula de dança, e em pleno momento em que dançava nos braços do meu loirinho. Ah, e torceste o tornozelo.

Só aí me apercebi que estava com uma ligadura no pé esquerdo. Como não tinha reparado nisso antes?

- Como é que me ia lembrar se estava inconsciente?

- Pois, tens razão. – Soltou um pequeno riso. – Devias ter visto bem a tua queda, parecia um daqueles filmes de terror, quando um ser sobrenatural tenta absorver a alma de um ser humano!

Imagens do rapaz vestido de azul-escuro que me andava a espiar, pairavam no meu pensamento.

Deve ter sido quase isso.

- Não tem piada, Hel! – Cruzei os braços.

- Desculpa. Não tem mesmo piada. – Tentou fazer a melhor cara séria possível contendo o riso por uns segundos.– O teu pé, neste momento, deve estar em número cinquenta. – Riu sem poder mais.

Revirei os olhos.

A minha melhor amiga é um máximo no que toca em apoiar. Sem dúvida!

Sei que ela não dizia estas coisas por mal. Ela odiava hospitais, e naquele momento estava comigo. Se fosse outra pessoa, já teria ido embora. Eu conheço-a bem o suficiente, sei que ela odeia demonstrar pena apesar de a ter, por isso, em vez de o fazer, tenta sempre animar as pessoas dizendo as coisas mais parvas que consegue. É uma amizade diferente, talvez a mais estranha de todas, mas eu nunca a trocaria por nada deste mundo.

- Como é que está a minha menina? – A minha mãe entrou no quarto e pousou um grande ramo de flores ao meu lado depositando um beijo na minha testa.

- Estou bem. Quando é que posso sair?

- Vais ter alta ainda hoje, querida.

- Para que é que são estas flores?

- Para ti. Gostas?

- Tantas? Mãe, eu só desmaiei, ok?

- Pelo menos podias fingir que gostaste da surpresa. – Notei algum desapontamento no seu olhar.

Admito que fui um bocadinho idiota. Mas ela também exagerou.

- Obrigada. – Sorri com algum arrependimento pela forma que lhe tinha falado.

- Quem quer café? – O meu pai aparece por trás da minha mãe com um tabuleiro que segurava os copos.

- Eu, por favor! – A Helena pediu.

De Mundos DiferentesOnde histórias criam vida. Descubra agora