capitulo 5

843 57 22
                                    

- Perdi o meu telemóvel e acho que o deixei no teu carro ontem.

- Harry! – A Helena saltou para os seus braços.

- Vou buscar a chave do carro. – Revirei os olhos perante aquela situação e fui até ao quarto procura-la.

- Raios! Onde é que as meti?! – Lamentei enquanto virava o quarto do avesso.

- Precisas de ajuda? – Ouço uma voz masculina.

- O que é que tu estás a fazer no meu quarto? – Corri até à porta.

- Como estavas a demorar, a Helena deixou-me entrar e disse para vir até cá cima ver se precisavas de ajuda enquanto ela ajuda a tua tia a preparar o lanche.

- Começo a achar que fazes isto de propósito!

- Achas que eu ía deixar o meu iPhone no carro de alguém de propósito? 

- Sei lá, diz-me tu.

- Não é aquela chave alí? – Apontou para cima da cómoda que se encontrava por trás de mim. Olhei e lá estava ela.

A passo acelerado peguei nas chaves e arrastei o Harry até ao carro. Abri-o e comecei a procurar o telemóvel por baixo dos assentos.

-Toma. – Estendi-lho depois de o encontrar.

-Obrigado. – Sorriu.

-Então? – Perguntei.

-'' Então '' o quê?

- Não vais embora?

- Ah, não, a tua tia convidou-me para lanchar. Sabes como ela é, é impossível recusar. – Sorriu mais uma vez.

- Claro que convidou. – Revirei os olhos.

Acho que deixei de mandar na minha própria casa.

- Se quiseres que eu vá embora é só dizeres. – Os seus olhos cor de esmeralda brilhavam juntamente com um sorriso doce e amável.

- Se o fizesse, estaria morta numa questão de segundos.

- Deixa-me adivinhar... Helena?

- Acertaste. Bem, és bom a decorar nomes. Ainda sabes o meu? – Desafiei.

- Claro que sei.

- Então...?

- Andrea?!

- Esquece o que disse há bocado.

- O que foi?

- Nada, nada. Vens ou ficas? – Perguntei-lhe porém não obtive resposta. Sem paciência dirigi-me à porta de casa e ele seguiu-me.

- Amy, deixaste cair as chaves. – Avisou num tom de gozo.

Voltei para trás apanhando-as de seguida e fitei-o.

- O que é que foi agora? – Perguntou-me.

- Afinal sempre sabes o meu nome.

Ele riu.

- Porque fazes isto?

- Faço o quê? – Fez-se de desentendido.

- Irritar-me!

- Não sei. É divertido.

Dei-lhe um estalo.

- Isto também é divertido? – Perguntei.

- Por acaso é. – Riu-se enquanto se aproximava.

- Tu... tu... Grr! – Mais uma vez a passo acelerado dirigi-me à porta de casa deixando-a aberta para permitir a entrada àquele individuo estranho.

De Mundos DiferentesOnde histórias criam vida. Descubra agora