capitulo 11

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- Onde estiveste toda a manhã?

- Com o Harry, tia.

- Com o Harry? Para quem não gostava dele… - sorriu.

- Não tem nada a ver.

- Claro que não. – A Helena intrometeu-se.

- Helena, acabei de ter uma ideia, e gostava que me ajudasses.

- Sobre o Harry?

- Exatamente. Vamos para o meu quarto. – Levantamo-nos.

- Ainda não comeram a sopa!

- Eu já acabei. – Dissemos em uníssono saindo o mais rápido possível da cozinha.

***
- Posso saber qual é a ideia, ou foi só uma desculpa para não comer sopa?

- Bem, o Harry ultimamente tem ajudado imenso, e como agradecimento por tudo o que já fez eu queria leva-lo a um lugar.

- Tudo o que o Harry já fez? Que eu me lembre só passou uma semana desde que se conheceram. Está-me a escapar alguma coisa?

- Podes só ouvir? Deixa as perguntas para o fim. – Disse com algumas espectativas de que não voltaria a tocar no assunto.

- Diz lá, então?

- Lembraste daquele bar de gays que fomos no mês passado por engano?

- Não foi bem por engano, só não sabíamos que era para gays, e quando demos conta tínhamos gajas a atirarem-se a nós.

- Sim, vai dar ao mesmo, mas podes-me ouvir por um minuto?

Ela assentiu.

- Já deu para reparar que o Harry não tem muitos amigos, e que assim vai ser complicado para arranjar alguém, por isso queria leva-lo lá com a intenção de ele poder conhecer uma pessoa com quem possa…

- Namorar?

- Sim, isso.

- Não é má ideia, mas eu não levo com as culpas caso ele não gostar.

- Aposto que vai gostar, deve ter lá um monte de gajos giros.

- Gays.

- E quê?

- Para me estar a desiludir não vou.

- Não me vais fazer isso Helena, pois não?

- O que vou estar lá a fazer? Chorar pelos cantos ao ver gajos podres de bons como o Harry e serem gays?

- É a vida, querida amiga.

- Pronto, eu vou.

Sorri.

- Mas só porque gosto muito do Harry.

- Eu sei disso, e obrigada pela parte que me toca.

- Oh, gatinha, também te adoro muito. – Abraçou-me.

- Acho muito bem. Agora vais ter que me ajudar a inventar uma desculpa qualquer para levarmos o Harry.

- Fácil, dizemos que vamos a um bar e dizemos que gostávamos que ele viesse connosco.

- E será que ele vem?

- Não tenhas duvidas!

O meu telemóvel começa a tocar. Olhei para a tela e vi o nome do Jorge piscar.

Coloquei a chamada em altifalante enquanto apanhava o cabelo e preparava as coisas para a primeira aula de aeróbica às 16h.

Eu: Estou?

De Mundos DiferentesOnde histórias criam vida. Descubra agora