Draco chegou em casa após um longo e cansativo dia de trabalho. Sentia-se exausto, pois além da correria do hospital, ainda havia a preocupação com sua amiga, que por mais que tenha recebido um belo de um berrador, ele tinha certeza que estava triste e mal, mas nem sequer sabia o motivo, já que ela chegou em casa completamente bêbada na noite anterior; não bastasse isso na vida do loiro, ainda havia uma certa castanha que estava mexendo mais do que deveria com ele.
Draco não poderia mais se enganar em relação a tudo o que estava acontecendo; era óbvio demais. Sabia muito bem que toda a história era insana, desde o dia em que a "brilhante idéia" de chama-la para morar em sua casa surgiu, até o momento em que ela aceitou, pois uma grande parte de sua racionalidade, gritava para que ele não fizesse isso. Convidar alguém que se é próximo para morar em sua casa seria completamente louco, ainda mais convidar alguém que só teve o contato com os insultos dele.
Apesar de todos os dilemas e dificuldades, a única coisa que ele queria, era tomar um banho e descansar, o que na verdade, todos que estavam morando naquela casa queriam, inclusive Clair.O loiro havia aparatado na sala da casa, pois mesmo não querendo falar com ninguém ali, queria pelo menos ver sua querida. Não havia esquecido um minuto sequer seu rosto, sorriso, corpo e curvas, porém não foi com ela que se deparou; Clair estava sentada no sofá, de costas para Draco e não virou-se nem por um segundo, mesmo com o barulho da aparatação. Segurava com um dos braços Ric, o pequeno gatinho de Hermione, e com a outra mão o acariciava. Parecia triste e pensativa e Draco sentiu que precisava ouvi-la ao menos um pouco, pois ela sempre esteve com ele quando precisou. Como um complemento ao seu pensamento, ainda na mesma posição de antes, a morena disse numa voz totalmente triste, mas firme:
- Prrecisamos conversar!
~*~
Após todas as revelações do dia, Hermione estava cansada e perdida, ainda mais com suas lembranças voltando e bombardeando-a. Sentia que precisava de um tempo sozinha, longe daquela casa, daquelas duas pessoas, daquele clima e de absolutamente tudo. Logo após ter enviado as carta em resposta a seus amigos, ela havia lido, tomado banho na jacuzzi e até feito alguns exercícios físicos, coisa que já não fazia a tempos, além de brincar muito com seu fofo bichano, que mais dormia do que qualquer outra coisa.
Apesar de tudo, sentiu que nada era o suficiente para terminar com aquelas questões que pareciam queima-la por dentro, deixar seu coração e sua mente em chamas. Além de tudo, sabia que Clair precisava de espaço com tudo o que havia acontecido e ela mais que ninguém, sabia que nessas ocasiões nem todos os espaços da casa bastariam. Decidiu "unir a fome com a vontade de comer" e informou a Clair que daria uma saída, pouco antes de Draco chegar em casa. Caçou uma coruja que sabia ser de Draco, mandou uma última carta no dia e aparatou.
Ali estava ela, sentada em um banco na velha Hogsmead, observando as várias folhas amareladas e murchas no chão; era outono e estava um pouco frio. Hermione sentia a brisa da noite e os ventos, que iam de encontro com seu cabelo, os deixando desgrenhados e completamente ferozes, caindo sobre seu belo rosto, que ela sabia estar rosado, por conta do frio que lhe atingia. Fechou seus olhos e inspirou aquele cheiro maravilhoso de Cerveja amanteigada misturado com sapos de chocolate e avelã, sem dúvidas amava o povoado e sua tranquilidade.
Não tardou a que ela, a dona da última carta mandada por Hermione, sentasse ao lado dela, que ainda de olhos fechados e inspirando aquele cheiro, rapidamente reconheceu: suco de abóbora e pudim de leite. Abriu seus olhos lentamente e sorriu num misto de alegria, saudade e cumplicidade.- Quando aquela coruja bateu em minha janela, não acreditei no que li. Estava com saudades de você! - ela disse.
- Me perdoe por não mandar-lhe nada antes, mas não me recordava do quão grande era nossa amizade. Não posso mentir se disser que lembrei de todos os detalhes, mas a mais ou menos três horas atrás, lembrei do essencial. - disse a castanha, sincera.
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I Will Always Love You
FanficEle? Após a guerra, seguiu sua vida basicamente fazendo apenas o que sua profissão pedia. Com o coração partido, não sabia o que era amar e nem queria aprender nada sobre isso, achando que sua solidão era realmente do que precisava Ela? Era doce e s...