Três anos atrás...
Mais um dia para ela, mais um dia em que Pansy veria o sorriso dele. Estava trabalhando no ministério a apenas algumas semanas, depois de tanto tempo sendo recriminada por culpa das ações de seus pais, mas Kingsley decidiu lhe estender a mão e dar-lhe um cargo bem abaixo do que as qualificações dela pediam, mas que ela aceitou prontamente, já que estava precisando e estava a dois anos sem trabalho.
Acontece que o que Pansy não imaginava era que seu chefe seria Ronald Weasley até o momento em que chegou ali. Ela havia se preparado para xingamentos, abusos da parte dele e todas as outras coisas possíveis e por diversos motivos: ela ter tentado entregar seu amigo para Voldemort, seu pai ter sido um comensal, ela ser da casa rival e principalmente por sua fama muito mal vista por todos, porém, não foi isso que aconteceu. Ronald com certeza era um idiota de primeira, que sempre fazia uma idiotice diferente, mas não o tipo de idiotice que envolvia ela. Eram idiotices como derramar café em si mesmo, jogar fora papéis importantes, misturar documentos velhos e novos, mas principalmente esquecer de reuniões.
Pansy ria muito com as coisas que Ronald fazia e obviamente ele notava isso. Notava que ela sempre lhe dava atenção nos mínimos detalhes. Quando ele lhe pediu um café, ela sempre trazia junto com o café, as rosquinhas prediletas dele, ou quando pedia um documento importante, ela trazia todos os que estavam com ela já organizados. Foi nesse momento que ele decidiu que iria investir na morena.** POV Ronald Weasley **
Pansy não era como os outros, ela não olhava para mim e enxergava a amizade com o Harry ou mesmo só o fato de eu estar com Hermione. Ah, Hermione... Nosso relacionamento já não é mais o mesmo desde que ela decidiu se entregar para mim de verdade. Não foi algo planejado por nenhum de nós dois, mas eu já estava subindo pelas paredes, devo admitir. Dois anos de namoro e nada havia acontecido, mas se eu soubesse o que viria a seguir, continuaria sem ter acontecido algo. Agora ela constantemente cobrava algo que eu não poderia dar, cobrava um casamento, uma casa, móveis e tudo quanto ela sonhava. Não que eu não a ame, eu amo muito; mas um casamento é algo para a vida toda e não podemos simplesmente ignorar o fato de que ainda somos novos e temos muitas coisas para viver. Eu tentei explicar isso à ela, mas não fui compreendido, como sempre.
Brigamos e eu cheguei a um ponto que não aguentei mais ouvir a voz dela, as reclamações ou mesmo um único som. Hermione leva as coisas a sério demais, ela não sabe curtir a vida e muito menos os momentos, é muito certinha e tudo para ela tem que ser nos parâmetros que a sociedade impõe. Por muito tempo isso me encantou, mas parte do meu coração quer mais; quero aventuras, como nos tempos de Hogwarts, quero fama, quero uma vida diferente. Foi então que eu me toquei quem estava ali, tão perto de mim e eu sempre a afastando sem querer. Pansy não se joga aos meus pés ou mesmo insinua-se para que eu a queira, ela simplesmente é ela mesma. A forma como ela morde os lábios quando estava concentrada nos documentos, quando ela vem com uma roupa decotada e sem perceber inclina-se, ou a forma como seus quadris balançam quando ela anda... São coisas que mexem comigo de uma forma surreal. Consigo uma brecha, mas para isso tenho que mentir, já que ela deixou mais do que claro que não teria nada com um homem comprometido. Pansy e eu temos que organizar documentos de presos antigos e decretar a liberdade de alguns deles, que já cumpriram sua pena. O trabalho é grande e temos pouco tempo e por esse motivo eu a chamo para ir até minha casa.- Tudo bem, então posso ir com você direto daqui - Ela diz normalmente.
- Não! - digo sobre o olhar confuso dela. - é que na verdade minha família vai estar naquela loucura de se arrumar pra ir ao jogo das Harpias. Então melhor você ir por volta de umas 20:00.
- Está bem, como quiser.
Depois disso ela seguiu sua rotina normalmente, quase nunca me interrompendo em meus afazeres. As horas foram passando e antes que eu aparatasse n'A toca, dou meu endereço a ela e saiu dali. Se foi relativamente fácil convencer Pansy Parkinson, a Sonserina orgulhosa a ir até minha casa, seria fácil convencer meus pais, irmãos e principalmente Hermione de que não estava bem para ir ao jogo, porque se eu dissesse a verdade é que tinha muito trabalho, obviamente Hermione iria ficar para tentar me ajudar. Então eu minto, até porque nós estamos brigados e isso torna tudo mais fácil.
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I Will Always Love You
FanfictionEle? Após a guerra, seguiu sua vida basicamente fazendo apenas o que sua profissão pedia. Com o coração partido, não sabia o que era amar e nem queria aprender nada sobre isso, achando que sua solidão era realmente do que precisava Ela? Era doce e s...