Relativamente masturbavel

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Não vou pedir desculpas pela demora, apenas está sendo um mês difícil pra mim. E as pessoas que são próximas à mim sabem do que estou falando. Porém, não irei abandonar fanfic nenhuma, viu? O barco balança, mas não afunda.

Twitter: Icequeen5h

Boa leitura!

Pov Lauren Jauregui

Eu engoli em seco quando Camila passou pela aquela porta.

Eu me sentia sufocada.

Eu queria gritar.

Eu queria socar qualquer coisa que que estivesse na minha frente.

Eu queria fazer qualquer coisa que fosse o suficiente para fazer aquela dor de dentro do meu peito parar.

Porém...

Eu sabia que apenas Camila seria minha cura.

Então, eu chorei.

— Acho que devemos deixar isso para outra hora. — Dani disse depois de um longo período em silêncio.

Eu olhei pra ela, aposto que meus olhos estavam vermelhos por causa das lágrimas.

— Eu não posso deixar meu trabalho como segunda opção, Dani. Então, pegue suas seringas e faca o que você precisa, acho que parar e pensar sobre o que anda de errado será pior. — Por algum motivo, ela concordou.

Talvez eu tivesse razão.

Ou talvez, ela apenas soubesse que qualquer coisa seria melhor naquele momento.

— Sente aqui, eu já volto. — Ela avisou e eu prontamente o fiz.

Eu senti um pouco de raiva dela ao me pedir aquilo, assim como eu também quase implorei para que ela não me deixasse sozinha.

Eu me sentia pequena, como quando somos criança e estamos com medo de dormir sozinhos. Nós olhamos para o armário que por algum motivo sempre fica entreaberto e na nossa mente, há algo terrivelmente cruel prestes à nos atacar. Ou quando você está dormindo tranquilamente, um sono pesado e do nada você é trazido de volta para a realidade de uma maneira que você não consegue explicar, só sabe que não é nada sadio e então, você sente que está sendo observado.

Uma vez li em um documentário na internet que sempre que tivemos essa sensação é porque realmente estamos sendo.

A primeira vez que soube disso eu tinha acabado de acordar de um pesadelo. Meu corpo soava, meu peito subia e descia como se eu estivesse corrido uma maratona e eu não sabia o porquê daquilo. Pouco tempo depois eu descobri que um inimigo dos meus pais estava vigiando constante minha casa para que pudesse colocar as mãos em mim para tentar recuperar uma coisa.

O núcleo azul.

Que estava no peito de Camila e ninguém nunca tinha imaginado isso.

Nem eu.

Camila.

Eu sabia que tinha errado com ela.

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