Cidade dos Mortos - I

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Olhem, eu disse que não iria demorar, mas esse capítulo é ponte. Notei que sempre atualizo mais rápido quando os capítulos são menores.. O que vocês acham? Capítulos menores e atualizações mais rápidos ou invertido? Eu gosto de detalhes e interações, por isso sempre levo quase uma semana para escrever e postar.

Ouvi esse capítulo ouvindo Fire Meet Gasoline, se vocês quiserem fazer o mesmo, vai ser legal e dar um clima melhor pra história.

Boa leitura!

Pov Lauren Jauregui

O tempo estava fechado.

As nuvens cinzas, densas e pesadas cobriam todo o céu que um dia havia sido azul.

Nenhum pássaro cantava.

Não havia nenhum sorriso.

Os únicos dois sons que meus ouvidos conseguiam escutar eram o barulho que as gotas de chuva faziam quando caíam sobre o chão ou o teto de algumas lápide e o choro silencioso de várias pessoas que estavam ali.

Olhei em volta, eu estava à alguns bons metros de distância de todas aquelas pessoas.

De onde estava, eu conseguia ver minha família toda vestida de preto e com óculos em seus olhos, sabia que minha mãe e Ally estavam chorando e que provavelmente Taylor e Noah estavam quietos, atentos à qualquer coisa em sua volta. Já meu pai, seu rosto vermelho deixava claro que ele também se sentia mal.
Sinu e Sofi estavam ali.
Camila estava próxima de Dinah, Normani e o pequeno Ben. Até mesmo Demi e Nick haviam voltado do Nepal para estar presente naquele momento, queria que suas voltas fossem em outro momento e então, estaríamos todos festejando as conquistas das nossas vidas e comemorando a nova vida que viria ali a alguns meses.

O clima estava tão estranho que por um momento achei que Miami havia se transformado na Inglaterra.

Não que eu já tivesse ido até lá, mas eu assistia filmes e séries que mostrava um pouco do inverno do território inglês.

Eu sentia muito frio e sabia que até poderia nevar, mesmo que ninguém acreditasse nisso. O clima estava tão frio que eu sabia que havia dedos de Duds nisso.

Então olhei para o lugar onde ela estava, a chuva parecia que não iria dar tréguas, a urna onde o corpo de Dani estava havia sido fechado, não que tivesse sido aberto em algum momento. Camila disse que precisaria ser daquela forma caso houvesse o risco de algum tipo de contaminação. Havia um padre falando qualquer coisa e outras pessoas da polícia, corpos de bombeiros e do próprio hospital onde ela trabalhava, o lugar estava lotado e tudo o que eu tinha era o silêncio.

Duds abraçava o caixão de uma forma desesperada, as vezes implorava para que Dani se levantasse dali e parasse de brincar. Meu coração se quebrava nesses momentos. Eu sabia que a culpada de tudo era eu, que aquela sombra queria à mim e não minha amiga.

Agora quem pagaria pelas consequências era Duds.

O padre continuava falando e tudo o que eu conseguia ouvir era o desespero aumentar gradativamente assim que Duds viu que o caixão precisaria descer. Foi preciso seus pais intervir para que as coisas seguissem o seu curso natural.

Eduarda caiu de joelhos na lama chorando, gritando sua dor para todos e foi amparada por Josh, eu engoli em seco e me virei para sair dali o mais rápido que eu conseguia.

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