Lana Del Lauren

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Eu demorei um tempão, eu sei... Peço desculpas, mas é que ultimamente me sinto como se estivesse tão cheia de tudo que minha única vontade no momento é largar o foda-se e sumir para qualquer lugar que ninguém pudesse me achar.

Boa leitura!

Pov Camila


Meus pés pisavam de formas pesadas naquela escadaria, aquele seria um dia cujo qual eu não queria falar com ninguém, muito menos ter que sorrir para passar uma imagem que não era verdadeira.

Eu não estava feliz, então não havia motivos para que eu sorrisse aos 7 ventos.

Quando encontrei a fita amarela isolando o lugar e vários policiais em volta, percebi que as coisas estavam mais sérias do que eu esperava.

Ótimo Camila, hora de desligar seus sentimentos.

Fechei os olhos e respirei fundo, quando os abri era a doutora Cabello que estava no meu lugar.

Dei alguns passos à frente, mas logo fui impedida de acessar à área que eu precisava.

— A senhora não pode entrar aí, só pessoas autorizadas. — Um policial que estava de guarda me disse, eu o encarei por alguns segundos tateando meus bolsos no jaleco que vestia meu corpo.

— Eu faço parte da corporação de médicos que irá cuidar das vítimas. — Mostrei meu crachá que continha meu nome e o lugar onde eu trabalhava para ele, bastou que lesse meu sobrenome para entender que eu não estava para brincadeiras.

— Sinto muito, é que há diversos curiosos e sua amiga mandou que eu não deixasse ninguém entrar.

Pelo telefonema que Dani havia me dado quase à uma hora atrás, eu sabia que tinha uma equipe já pronta para ir até aquele beco, sabia que ela faria questão de saber absolutamente tudo sobre o caso e que pelo o que eu conhecia dela, alguma coisa estava tramando. Dei de ombros concordando e seguindo viagem até que à vi ajoelhada analisando um corpo jogado ao chão, pelo o que notei, parecia uma mulher.

— Algum sinal de violência? — perguntei e ela me encarou por alguns segundos.

Logo, se pôs em pé e puxou as luvas de borracha das mãos.

— Nenhum que seja visível. Teremos que mandar pra perícia pra fazer uma busca minuciosa em cada corpo. — Ela apontou em nossa volta e um pouco mais à fundo do beco. Haviam vários panos brancos cobrindo outros corpos.

— Todos jovens? — ela logo concordou com a cabeça. — Todos do mesmo estado?

— Sim. Aparenremen bem, mas mortos.

Eu respirei fundo, aquela cena era triste. Vários jovens que saiam em um final de semana para se divertir, mas que não voltaram para casa.

— Algum responsável já entrou em contato? — Perguntei por curiosidade, aquilo estava silêncio demais.

— Nenhum, os policiais chegaram ao amanhecer, mas não permiti que ninguém tocasse nos corpos antes da sua chegada. — Aquela informação me deixou confusa. — Tem algo que quero que veja.

Ela caminhou para mais próximo do final e apontou para uma câmera de segurança que ficava no prédio da outra rua, mas que pelo nosso ponto de vista estava no ângulo perfeito para nos dizer o que tinha realmente acontecido ali.

— Isso vai nos ajudar bastante. — Disse para Dani. — Vamos logo, nosso trabalho está apenas começando.

— Tem mais uma coisa. — Dani disse me fazendo parar de andar e encara-la. — Há dois sobreviventes.. — A olhei espantada. — Estão no carro da polícia, os policiais disseram que irão os levar para a delegacia já que são os principais suspeitos dos assassinatos.

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