Capítulo 05

5.3K 140 15
                                    

(PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS)

Rico

Acordei no sábado com uma dor de cabeça e um mau humor que fez com que todos da minha casa me isolassem. Fiquei a manhã toda na cama e cheguei a uma conclusão: isso era tudo culpa da Malu. Aquela mulher me deixava louco em todos os sentidos. Ela me deixava em suspense. Nunca sabia o que deveria esperar dela, o que ela me deixaria fazer, onde iríamos chegar. Eu me sentia perdido. E agora ela tinha essa tal viagem, onde eu simplesmente ficaria sete dias sem vê-la, sem beijá-la ou sentir seu corpo. Merda! A cada dia ela estava se entregando mais. Com certeza se eu investisse e insistisse só mais um pouquinho ela acabaria cedendo e quando esse momento chegasse a foderia feito um louco, só para ela aprender a brincar direito com fogo.

Assim que o almoço ficou pronto, Celo entrou no meu quarto com uma caixinha de presente nas mãos me chamando para comer e para variar, já foi torrando a minha paciência que estava no limite:

- Ow galã, vamos descer que a mamãe já avisou que o almoço tá pronto. E vê se melhora essa cara porque para te agradar ela fez sua comida predileta. - eu tinha sentindo realmente o cheiro delicioso subir até meu quarto. Com certeza nossa mãe tinha feito lasanha. - E ela não tem culpa desse mau humor dos diabos que você acordou hoje. Ah! Pelo que te conheço a culpada é alguma mulher... Acertei? Ou você andou brigando com a Malu? - Já foi estreitando os olhos para mim. - Cara, já te falei que vai se ver comigo se ela sofrer...

Ele novamente ia começar com aquele papo chato. Até parecia que era irmão dela e não meu. Se ele soubesse que na verdade quem estava sofrendo era eu, talvez ele se sensibilizasse. Ou talvez não, quando descobrisse o motivo do meu sofrimento. Celo era muito romântico e nunca iria aceitar que eu sofria porque ela tinha me provocado a semana toda e não tinha transado comigo. Ele ia era me encher mais ainda o saco e ficar me gozando por todas as minhas táticas terem falhado com a Malu. Então fiz questão de nem responder. Só levantei a mão pedindo para ele parar e disse que já ia descer.

Nisso ele vai saindo do quarto quando se lembra de algo e volta a entrar olhando para mim e estendendo a caixinha.

- Isso é para você. Deixaram aqui em casa hoje pela manhã com o seu nome. E nem adianta me perguntar quem foi porque não faço a mínima ideia. Nosso pai achou na caixa de correio quando chegou da padaria. E não demora a descer, que como sua lasanha toda.

Pego a caixinha de sua mão e fico olhando para ela, virando-a para ver se tem o nome de quem me mandou. Ela é pequena, estampada de flores vermelhas e fechada com uma fita também vermelha, com meu nome escrito numa letra muito bonita em um cartão branco, afixado no laço.

Desfaço o laço e ao abrir a caixinha aquele perfume invade minhas narinas e embaralha meus sentidos. É o cheiro dela, da Malu. Na mesma hora meu pau deu sinal de vida e meu mau humor foi embora rapidinho. Só mesmo ela para realizar aquela mágica. Havia um envelope vermelho com o número um do lado de fora. Embaixo desse envelope um sabonete, que tirei e cheirei, sentindo que era dalí que vinha aquele cheiro magnífico e que me embriagava. Logo abaixo havia outro envelope onde estava escrito o número dois.

Peguei o envelope marcado como um e tirei de dentro dele um bilhete. Realmente aquilo era coisa da minha Malu. Espere aí, eu disse minha? Ahh, não posso mais mentir. Quero mesmo que ela seja minha. De qualquer forma, de qualquer jeito que ela quisesse. Ultimamente minha vida girava em torno daquela garota.

Comecei a ler aquele bilhete e abri um largo sorriso. Ai ai ai . Aquilo era a cara dela. Ia fazer exatamente o que ela me pediu e pelo visto teria muitas surpresas essa semana. Minha curiosidade era enorme, mas ia esperar e ler o segundo bilhete só depois.

Puro PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora