Puro Pecado

Capítulo 12 - Parte dois

Oiiiii amadinhas (os)!! 

Tô de volta! Depois de um bloqueio absurdo voltei a escrever. 
Então como sei que vocês estáo saudosas (os), Segue o capítulo! 

Quem quiser fazer oarte do nosso grupo procure por Série Pecado no face ou por esse link aqui (https://www.facebook.com/groups/trilogiapecado/). Espero por vcs lá! Beijocas 

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Rico

E agora? Como explicar algo que você não gosta de se lembrar e que preferia ter esquecido? Fiquei mudo e estático olhando para a Malu sem acreditar que realmente era ela quem estava ali na minha frente.

— Raquel, você nem imagina o quanto nos conhecemos. – ouvi a voz da Malu respondendo em meu lugar. Minha voz simplesmente não saia. — Desde a época da faculdade. – e soltou uma risada que me soou altamente irônica. Claro que ela não iria comentar que já tivemos alguma coisa. Só que... Espera... De onde elas se conheciam?

Raquel me olhava desconfiada. Não entendia o motivo daquele olhar, afinal de contas perto dela eu era um santo. Malu ainda mantinha um sorriso sarcástico no rosto e uma das sobrancelhas levantadas. Como ninguém disse mais nada, o cara que estava há poucos minutos atrás aos beijos com Malu se adiantou e se apresentou:

— Sou o Joaquim, namorado da Malu. – disse estendendo a mão primeiramente a mim e depois para Raquel. Malu o apresentou para o Celo e consequentemente à Laila.

— Espera aí... Eu te conheço! – Raquel soltou um gritinho daqueles bem inconvenientes, típico dela que ainda se comporta como uma adolescente às vezes apesar dos seus vinte e seis anos, durante aquele encontro que para mim se mostrava altamente surreal e que eu custava a acreditar que estivesse acontecendo. — Você é o Joaquim Magalhães, modelo internacional certo? Acompanho muito os novos lançamentos das marcas brasileiras e sempre te vejo desfilando no SPFW[1]. – estava explicado o porquê o rosto dele me era familiar. Ele já havia feito também algumas campanhas para a Brasilitude e cobrado os olhos da cara. Entretanto era o rosto preferido pelos clientes e fazer o que? O cara além de boa pinta tinha um grande apelo publicitário.

A partir desse momento Raquel, que parecia deslumbrada por conhecer alguém famoso, me esqueceu e passou a conversar somente com o tal Joaquim. Para mim, naquele momento, era como se nada mais existisse. Só Malu e eu, em uma troca de olhares que não conseguíamos desviar. Parecia que só existíamos nos dois ali naquela boate. Minha mente confusa e em uma bagunça sem fim não sabia ao certo escolher qual sentimento exato estava sentindo. Não podia negar que adorei revê-la depois de tantos anos. Estava mais linda e mais gostosa que nunca com aqueles cabelos vermelhos e aquela postura de mulher superior, firme e decidida. Entretanto estava aborrecido por encontrá-la e ainda perceber o tanto que ainda me afetava, me abalava e me desestruturava. Mesmo depois de tudo que aconteceu, de todos esses anos, de todas as mulheres e até da Raquel, meu corpo ainda a desejava. Ainda a queria. Com a mesma intensidade que desejei a ruiva (que nem poderia imaginar que fosse ela) no bar. Um desejo mais forte e muito mais avassalador que antes.

Nossos olhos ainda estão fixos um no outro e não fazemos menção de sair do lugar. Seus olhos castanhos que sempre me chamaram a atenção emanam uma força incrível. É como se fosse um imã que me puxa em sua direção. Nunca havia experimentado essa sensação antes. Como se a qualquer momento eu fosse ajoelhar a seus pés e simplesmente fazer o que ela quisesse. Juro que se ela me pedisse para ser seu capacho, eu aceitaria agradecido.  Espera aí! Eu pensei capacho? Não, não, não, não, não. Nunca seria capacho dela. Não depois de tudo que sofri e de tudo que ela me fez. O fato de hoje eu ser um cafajeste, trair minha namorada e não respeitar nenhuma mulher é por culpa do que ela fez comigo.