Take My Hand [Jelena]

Maldito Sentimento.

Eu solto uma risada alta e giro meus calcanhares deixando meu cabelo escuro cair em torno de mim, Justin
está sentado em um tronco, estamos em um uma espécie de floresta, não chega ser uma, mas é calmo e aconchegante como florestas devem ser. Não há ninguém aqui, exceto eu, Justin, Cade e Nancy, é a noite e nenhum dos outros quis vir com nós, talvez não quisessem segurar vela, porquê é o que fariam.

Justin me olha de forma divertida enquanto cruza as pernas, eu estou levemente embriagada e tendo um grande momento, ele esteve bebendo comigo pelas​ últimas​ horas​ e nós dois paramos de nos preocupar com algo, ou alguém, além deste momento.

- Você precisa parar de beber, sim?

Justin diz sorrindo e eu me derreto toda, ele está aceitando, está aceitando aos poucos o que eu sinto por ele, mesmo que não sinta o mesmo, ele está aceitando, foram três semanas e meia desde quando ele disse que sou sua mulher para isso acontecer.

- Mais tarde, babe.

Escuto sua risada e sorrio junto, me ajoelhando a sua frente sobre o gramado.

- Desde quando você me chama de babe?

- Você fez primeiro.

- Quando?

- Quando estava me levando a loucura em cima da sua moto.

- Certo anjo, me pegou, você tem um ponto.

Ele envolve seus dedos entre os fios do meu cabelo e se inclina, iniciando um beijo lento que me faz sentir toda a textura da sua língua, me levanto e me sento no seu colo, deixando minhas pernas uma em cada lado do seu quadril, jogo meu cabelo para o lado com minha mão livre, enquanto a outra eu seguro a garrafa com o líquido avermelhado, eu realmente não sei o que estou bebendo, mas por Deus, isso é bom. Sinto Justin apertar minha bunda me fazendo dar uma rebolada em seu colo, seus dentes puxam meu lábio inferior e eu tenho vontade de desmaiar ali mesmo.

- VÃO PARA UM MOTEL!!!

Escuto Nancy gritar, ela está no mesmo estado que o meu, ou talvez um pouco menos embreagada, meu corpo não reage muito bem com seu grito, pois de alguma maneira eu caio na grama. Não posso me ajudar, eu começo como uma idiota, estou muito agradecida pela fogueira estar perto das barracas que armamos e não atrás de mim.

Foi Cade quem inventou esse passeio, ele nos trouxe e todas as nossas coisas em sua enorme caminhonete preta e chamativa, resmungo alguma coisa é  esfrego minha bunda, tentando em vão me livrar da dor, gemendo e fazendo um bico, com certeza ridículo, Cade ri, Nancy ri e Justin faz o mesmo.

- Nem pense em dizer qualquer coisa.

Justin me lança um belo sorriso preguiçoso e toca minhas bochechas, com o carinho que ele não costuma demostrar muito.

- É preciso bater nessa bunda um pouco mais, para fortalecer.

- Opa, a noite vai ser quente!!

Cade diz fazendo um tipo de dança esquisita, Nancy gargalha e Justin apenas continua me olhando.

- Você bate na minha bunda, e eu vou bater na sua.

Vejo ele jogar a cabeça para trás e rir, o som é como música para o meu coração, eu não escuto ele rir desse jeito muitas vezes, quero colocar a minha mão sobre o coração e explodir em lágrimas patéticas de alegria. Como diria qualquer motoqueiro, maldito sentimento. Até mesmo Cade para o que está fazendo e observa Justin como se estivesse olhando para um fantasma. Eu seguro a jaqueta de
Justin o puxando para mais perto e cubro seus lábios com os meus, aquela sensação de formigamento no estômago nunca passa quando eu faço isso, ou ele faz.