Balanço o chocalho na frente do pequeno ser sentado do outro lado do tapete.
-Vem! - chamo animado-o - Vem pegar Arthur!
Balanço um pouco mais ganhando uma risada gostosa do principezinho que começa a engatinhar para pegar o Mickey que faz barulho.
Sorrio com a petulância do garoto.
-Assim não - deixo o Mickey de lado e vou até ele colocando-o em pé com as mãozinhas apoiadas no sofá e quando solto ele treme um pouco, mas se mantém.
Vira a cabeça para cima me olhando sem entender nada e eu sorrio lhe beijando a testa e voltando para o meu lugar na outra ponta com o Mickey.
-Agora sim - balanço o chocalho e ele rir fazendo a mim rir - Vem, andando!
Faço algumas palhaçadas para incentivá-lo ganhando mais uma risada gostosa e me surpreendo quando ele solta o sofá de uma vez vindo correndo em minha direção.
Conto seis passinhos até ele perder o equilíbrio e eu pular para frente para apará-lo com meu corpo enquanto ele rir achando que foi uma brincadeira.
A inocência das crianças é cativante.-Aqui - entrego o brinquedo a ele que não perde tempo em levá-lo a boca - Pelo seu esforço.
Encaro o pequeno que por sua vez olha para o brinquedo na mão como se fosse a coisa mais interessante que já viu. Acho que ele é a coisa mais fofa e linda desse mundo. Sua pele é bem branquinha e os cabelos de anjinhos parecem ouro quando estão no sol, e os olhos... cinzas!! Sei que conforme ele for crescendo eles vão mudar, mas eu já me previni tirando várias fotos para mostrar quando ele for grande.
Arthur é uma criança tão alegre, tirar um sorriso dele é a coisa mais fácil do mundo!O aparelhozinho preso a alça da bolsa apita avisando que está na hora dele comer. Por sorte pedi que Margareth fizesse a mamadeira dele com mingau.
-Margareth! - a chamo mas não obtenho resposta - Paul?
Nada. Ele tem uma hora certinha para comer, tenho ordens específicas para não passar dela. Olho ao redor vendo a mesa de centro que afastei para o canto para termos mais espaço para brincar, não tem como ele chegar lá antes de eu voltar.
-Vem aqui - coloco ele ainda mais afastado e rodeado dos brinquedos que trouxe - Assim não tem desculpa para sair do círculo.
Ajeito a fraldinha dele vendo se não está machucando e puxo um pouquinho a blusa branca, gosto de deixá-lo bem a vontade quando está comigo.
-Vou só pegar sua mamadeira e volto - aviso dando um beijinho no pescoço dele que dá um gritinho pela cócegas que sente.
Levanto e parto correndo. Poderia trazê-lo, mas prefiro não arriscar, vou ter que testar para ver se está no ponto e não tenho a super habilidade da Kenna de conseguir fazer as coisas com Arthur pendurado no colo. Encontro a mamadeira no balcão ao lado da fralda de pano e coloco um pouquinho no pulso vendo se está bom da mesma forma que vi Kenna fazer incontáveis vezes e volto no mesmo pique. Desde que Arthur nasceu eu moro mais na casa deles que com a vovó, ele se tornou meu amorzinho, e não digo isso apenas porque ele esperou eu chegar de viagem para nascer, foi até engraçado, eu entrei no carro com Nath e ele recebeu a ligação dizendo que Kenna já estava indo para o hospital, foi a melhor recepção do mundo.
Paro quase que instantaneamente ao ver a cena: Minha avó, Violet Foster, sentada no sofá ao lado do Arthur observando-o brincar!!
Me escondo para não estragar a cena, não que seja uma extraordinária, mas vovó nunca, nem uma vezinha se importou com o menino. Ao menos não para nós.
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Romance Inesperado
RomanceQuando seu irmão decide fugir se casa para se casar com uma moça que segundo sua avó não era digna de um Foster, a vida perfeita e tranquila que Hanna levava evapora, de repente toda a responsabilidade de herdeiro recai sobre seus ombros e ela tem...