~Capítulo 29~

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-Mas sua mãe não gosta de mim! – protesta ao que arrasto ela para dentro de casa.

-Quem tem que gostar de você sou eu. E ela não está.

Mas entendo sua preocupação, se mamãe nos visse dessa forma não pararia mais de falar em como Hanna é deselegante e que não combina comigo.

-Maurício pede para Rosa trazer umas toalhas e ver umas roupas para Hanna por favor.

Que ela bem está precisando, dei minha jaqueta para ela quando percebi os olhares dos homens sobre ela quando saímos da praça, mas ainda assim -Por ela se recusar a fechá-la quando pedi -  ainda dá para ver muito bem a curva dos seus seios por causa da camiseta colada ao corpo  que ainda por cima tinha que ser branca! Agora junta tudo com cabelo molhado e o rosto corado por causa do frio e pensa em um homem tentando manter a sanidade enquanto dirigia de volta para casa. Sim, eu!

-Rosa lhe mostrará o quarto de hospedes,  pode tomar um banho e se trocar – digo quando ela aparece.

Hanna assente e me da um selinho antes de subir me deixando com um sorriso bobo no rosto.

Ela diz que eu fiz com que visse o mundo de maneira mais simples e mais leve, mas foi ela quem tornou o meu assim. Mais divertido até, a anos eu não acordava com um sorriso no rosto, renovado e cheio de disposição. Talvez não possa estar mais feliz que agora, enfim estou exercendo a profissão que amo e ainda tenho a felicidade de encontrar alguém que me completa, no momento está tudo perfeito.

Escuto uma música soar do meu quarto e me apresso no banho, não posso deixar minha namorada me esperando. Sorrio com o pensamento. Namorada. Quando falei na praça saiu sem querer mas não poderia ter sido melhor, mais espontâneo. Sei que tecnicamente somos noivos, mas é bom que tenhamos um relacionamento certinho, sem pular nenhuma parte.

Desligo o chuveiro e me enxugo enrrolou a toalha na cintura para dar uma espiadinha nela e a encontro rindo para o teto deitada no sofá.

-Espero que o motivo desse sorriso seja eu! – provoco.

Ela me olha e sustenta o olhar por um tempo de uma maneira que me faz ficar meio acanhado.

-Sempre – diz e vira de costas começando a cantarolar a música.

- Esse vestido é uma graça sabia – comento ao notar o vestido florado de quando mamãe era mais jovem e volto para o closet.

-Combina com as suas roupas – provoca e rio.

Me visto uma bermuda, uma blusa e volto vendo que ela ainda está de costas e cantarolando a música. Está meio encolhida e julgo estar com frio, ainda chove lá fora. Mas bem conheço o melhor jeito de aquecer uma pessoa. Deito atrás dela que afasta me dando mais espaço e beijo seu ombro acariciando seu braço ouvindo um suspiro dela. 

-Cansada?

Ela nega e vira para mim com um pequeno sorriso.

-Desculpe por hoje, não saiu como eu planejei.

-Foi ótimo – toca meu rosto e ponho minha mão sobre a sua levando a minha boca e beijando ali.

Ela é tão maravilhosa comigo, tão diferente daquela outra Hanna, até o olhar dela para mim é diferente, seus olhos sorriem antes mesmo que seus lábios quando me vê e eu me sinto tão realizado porque prova que realmente sou eu o motivo dele, mas  ao mesmo tempo tenho medo. Ela deixou bem claro que um motivo para não querer aceitar os sentimentos antes era porque ele a assustava e tinha medo de se machucar, e eu tenho medo de acabar machucando ela, de falar alguma coisa ou agir de uma forma que acabe a magoando, e não quero ver ela triste da forma como estava quando me contou sobre os pais e o irmão.

Romance InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora