Chapter I

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Apesar de não me importar com o fato de chegar atrasado nos lugares, naquele dia especificamente me incomodei por perder a primeira aula da faculdade.

Olhei minha aparência através do espelho e vi meu cabelo escuro levemente bagunçado, enquanto meu rosto estava marcado pelo cobertor, se eu soubesse que minha vida mudaria tanto nesse dia, eu definitivamente teria acordado mais cedo.

Sai correndo do quarto e tropecei no pratinho azul de ração do Max, meu cachorro. Droga!

-Merda, merda, merda... Max, você supera, né amigão? -Eu falei desajeitado, enquanto arrumava a bolsa nas costas e apenas recebi um latido como resposta.

O que era óbvio, não? Ele era um cão!

-AH, NÃO! DE NOVO NÃO! -Eu gritei ao chegar no ponto e ver que meu ônibus acabará de sair dali.

Por fim, depois de mais quarenta e cinco minutos esperando o próximo ônibus, apenas desisti e entrei em um café que havia ali em frente.

Alguns minutos depois, uma jovem ruiva usando patins colocou uma xícara com alguma bebida quente em minha mesa e voltou para trás do balcão. Como resposta, levantei pegando cuidadosamente a xícara e o pratinho que a acompanhava e fui em sua direção.

-Isso não é meu, eu sequer pedi alguma coisa -Falei controlando a raiva, a culpa não era dela que meu dia estava sendo ruim.

-Eu sei, querido. Pode deixar por conta da casa. -Ela respondeu simpática enquanto sorria e amarrava novamente o cabelo.

-Olha, é meu número que você quer? Eu não tô... -Ela interrompeu.

-Só percebi que está tendo um dia ruim, ouvi seu grito. Agora seja um jovem educado e aceite meu presente a você. -Ela falou me olhando e saindo do balcão.

-Certo, obrigado, eu acho. -Falei mais sozinho do que com ela, já que a ruiva não estava mais ali.

Sentei em uma das cadeiras do balcão e fiquei por um tempo olhando a bebida.

-Pode beber, ela é uma boa menina. -Me assustei olhando rapidamente para trás, era só meu irmão. -Não deveria estar na faculdade?

-Não enche, Jason. -Ele riu do meu péssimo humor e foi em direção a ruiva, arrancando uma gargalhada dela alguns segundos depois e voltando ao meu lado.

-Ela disse que você é um gato -ele falou alto enquanto ela vinha perto do lugar em que estávamos.

-Eu não disse isso, você que disse para eu não ligar para o humor do senhor estresse pois o lado bom da genética quem puxou foi você! -Ela se defendeu rindo e eu olhei feio para meu irmão.

Ele sorriu para ela e eu me levantei irritado, era só o que me faltava, meu irmão flertando com a droga da garçonete!

Sai do pequeno café e fui até o ponto novamente, ótimo, meu ônibus chegou.

Durante o caminho, fui obrigado a aguentar um garotinho chutando meu banco enquanto cantava a música de algum desenho ridículo, eu odeio crianças.

Finalmente cheguei na faculdade. Lá era enorme e ela quase por completa era branca, alguns detalhes eram em vermelho e isso deixava lá bem mais bonito.

Entrei na sala disfarçadamente, na expectativa de que não notassem, mas para melhorar meu dia, derrubei uma cadeira.

-Senhor Benson, jornalismo é uma coisa seria, vai acabar reprovando se acabar se atrasando novamente. -O professor falou e todos me olharam novamente, ótimo, agora eu devia estar da cor dos cabelos da futura peguete do Jason.

O Destino do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora