-Aonde? -Ela perguntou e eu perdi a paciência, estacionando o carro. -Vocês transaram? -Perguntei me virando para ela e apoiando os cotovelos no volante.
-Vocês? -Ela me olhou fazendo uma cara confusa. -Está falando do...-Eu interrompi.
-Estou, Destiny.
-Não. -Ela respondeu e eu ri sem acreditar. -É sério!
-Eu acredito. -Falei irônico e ligando novamente o carro.
-Por que não acredita? -Ela falou alterada.
-Por nada. -Falei. -Eu disse que acredito.
-Mas não acredita! -Ela cismou.
-Qual foi a razão de querer sair de lá? -Falei mudando o assunto.
-Nenhuma. -Ela respondeu rápido.
-Então podemos voltar -Falei e ela me olhou arregalando os olhos. -Brincadeirinha -Ri.
Ela não falou mais nada e eu, muito menos.
Fiquei chateado por Destiny não ter me falado a verdade já que ela dizia acreditar em mim, mas resolvi me calar, aparentemente era o melhor a se fazer.
Nós próximos dias não nos falamos, ela me ligou e mandou mensagens mas eu não quis atender ou responder, até que ela desistiu.
Me senti culpado por aquilo, já havia se passado mais de um mês e eu sentia falta dela, então resolvi ir até sua casa.
Toquei a campainha e esperei por um tempo mas ninguém atendeu, fiquei olhando meus pés e acompanhando o movimento do meu corpo que ia para trás e para frente freneticamente. Até que alguém finalmente abriu a porta.
-Quem é você? -Perguntou o homem alto, seus cabelos eram loiros assim como sua barba, ele era velho mas muito bem cuidado, em seus dois braços haviam diversas tatuagens e eu me assustei um pouco seu tom de voz.
-Destiny está? -Perguntei ainda observando o homem estranho que estava ali.
-O que quer com minha filha? -Ele perguntou e eu travei por alguns segundos.
-Papai, quem é? -Ouvi Destiny descendo as escadas rapidamente mas parando ao ver que era eu. -Pode deixar ele entrar. -Ela falou e seu pai a olhou sério por alguns segundos, ainda sem me dar passagem. -É só o Alex, pai! -Ela insistiu e me deu passagem para entrar.
Acompanhei Destiny até seu quarto e ela logo perguntou.
-Por que me ignorou? -Disse com os braços cruzados me encarando.
-Eu estava chateado. -Falei me sentando em sua cama, ela ficou quieta esperando que eu completasse. -Não tem motivo aparente.
-Ótimo, eu estava com saudade! -Ela me abraçou se jogando em meus braços e eu ri caindo para trás.
-Eu também, azar, eu também...
Ela saiu de cima de mim e sentou ao meu lado.
-Desde quando seu pai é um monstro daquele? -Me referi ao seu corpo, já que além de alto, ele parecia um lutador por conta de seus músculos. -Na cadeia não tinha o que fazer ai ele ficou levantando as camas? -Falei rindo e ela me encarou. -Com todo o respeito!
-Ele era treinador em uma acadêmia desde antes de tudo. -Ela disse, deitando em meu colo. -Voltou para casa há algumas semanas.
-Ele é assustador. -Falei e ela riu.
-Só se preocupa comigo. -Justificou. -É um cara legal
-Quer sair? -Perguntei. -Lançou um filme muito bom. -Olhei para Destiny que torceu o nariz. -Por que não?
-Não queria sair.
-Qual é, estamos de férias, é fim de ano e os filmes são ótimos! -Ela suspirou.
-Me espere lá embaixo. -Eu levantei animado, beijei seu rosto e desci.
Me sentei no sofá para esperar Destiny e seu pai logo apareceu.
-Não fomos apresentamos, sou o Carl -Ele esticou a mão.
-Alex. -Sorri apertando a mão dele.
-Vocês vão sair? -Ele perguntou e eu assenti. -Cuide dela, ela não saiu de casa desde a última festa da faculdade, já as férias acabam e ela nem curtiu. -Ele parou para pensar. -Mas o medo dela é justificável.
-É? -Perguntei e ele me olhou.
-Vamos? -Ela apareceu e eu me levantei, assim como seu pai.
-Alex? -Ele falou. -É bom que cuide bem mesmo dela. -Ele falou me puxando pela camiseta e eu senti meu corpo gelar.
-Sim, senhor. -Falei quando ele me soltou.
-Se divirtam. -Ele disse dando um tapinha em minhas costas e sentando novamente no sofá.
-Você está bem? -Destiny disse rindo da situação após sairmos de sua casa.
Eu a encarei sério e ela arrumou a gola de minha camiseta, quando acabou deixou a mão pousada ali, devolvendo o olhar que estava nela.
Por algum tempo ficamos assim, apenas nos olhando, minhas mãos foram de encontro com sua cintura e ela se aproximou de mim, deixando seu rosto a altura do meu.
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O Destino do amor
Roman d'amourEu sempre me perguntei se teria sido diferente. Talvez se eu tivesse acordado um pouco mais cedo, ou arrumado o cabelo mais rápido. Se não tropeçasse na ração do cachorro e tivesse reclamado tanto. Poderia ter sido diferente. E eu não consigo parar...