Então, puxou meu rosto e lambeu minha bochecha, me soltando e começando a rir novamente.
Comecei a rir também e dei um tapa em sua testa, limpando meu rosto e caminhando em direção ao carro.
-Meu pai só está desacostumado com você, passou mais de um ano e meio fora, ainda está voltando para isso. -Ela disse sentando no banco de passageiro.
-Eu sei disso. -Sorri fraco e liguei o carro. -Mas ele me mete muito medo
Destiny escolheu o filme mais clichê que havia em cartaz e, como se não bastasse, dormiu no meio do filme.
-Acabou? -Ela sussurou enquanto levantava a cabeça de meu ombro.
-Final. -Respondi concentrado. -Nunca mais te deixo escolher filme -Resmunguei e ela riu deitando novamente em meu ombro e eu passei um dos braços ao redor de seu corpo.
Depois do filme, fomos à livraria e depois comer, já que a ruiva sentia tanta fome que até me assustava as vezes, mas não tanto quanto Carl.
Depois de comer, voltamos para sua casa.
-Vou tomar banho e pode me esperar no meu quarto mesmo, ok? -Falou enquanto pegava sua roupa.
Pouco tempo depois, seu pai entrou no quarto.
-Desculpe por hoje, rapaz. -Falou. -Me preocupo com ela, ele parecia um cara legal também mas olha agora. -Ele sentou ao meu lado.
-Ele? -Perguntei confuso e só então Carl percebeu que eu não sabia de algo.
-Esquece, só não quero que minha garota corra perigo. -Falou.
-Vou cuidar dela, senhor. -Falei olhando dentro de seus olhos.
-Pode me chamar só de Carl. -Ele sorriu sem mostrar os dentes e se levantou. -Obrigado por ter cuidado dela, Alex.
Depois disso, Destiny e eu voltamos a nos encontrar diariamente, contudo eu é quem a visitava normalmente, já que ela tinha certo medo de sair de casa.
Uma semana depois, estávamos todos juntos para comemorar o ano novo. A família de Destiny e a minha estavam reunidas na casa dela e todos estavam se divertindo.
Até ela chegar.
-Diane, o que está fazendo aqui? -Falei saindo da casa e rezando para que ninguém notasse minha ausência.
-Eu preciso muito falar com você. -Ela disse suspirando.
-É só falar.
-Eu estou grávida.
-Parabéns! -Sorri sem mostrar os dentes. -Mas por que eu deveria saber disso?
-Alex, você é o pai.
-EU O QUÊ? -Gritei assustando a garota. -Não, não, isso é impossível! -Eu falei andando de um lado para o outro e passando a mão no rosto. -Já faz muito tempo.
-Dois meses. -Ela disse. -Você não usou camisinha.
-Você disse que tomaria as pílulas, porra! -Falei ainda desesperado.
-Eu... eu só vim para te dizer e você me ajudará a criar o bebê.
Diane saiu andando e eu continuei andando de um lado para outro, aquilo era impossível, se ela havia transado comigo em uma festa com certeza também fazia isso com outras pessoas.
-Alex? -Destiny abriu a porta. -O que está fazendo aí?
Passei por ela entrando em sua casa sem sequer responder sua pergunta. Fui até meus pais e pedi para conversar com eles.
-Eu me envolvi com uma garota e ela... ela engravidou. -Eu falei e meu pai suspirou, minha mãe sentou-se e cobriu o rosto. -Eu não sei o que eu faço, eu... -Falei começando a chorar.
-Você gosta dessa menina? -Minha mãe falou.
-É claro que não! -Meu pai afirmou e minha mãe o olhou feio.
-Eu não gosto. -Confirmei.
-Eu e seu pai daremos um jeito nisso, querido, não se preocupe. -Minha mãe disse beijando minha testa e meu pai assentiu.
-Eu sei que sim... -Falei secando o rosto.
Saímos do quarto em que conversavamos e voltamos para onde todos estavam.
Todos nós saímos para o jardim quando o horário apontou 23:59.
Destiny e eu entrelaçamos nossos dedos e ficamos um pouco atrás de todos.
-É nosso primeiro ano novo juntos. -Ela disse me olhando e eu também a olhei e sorri.
Continuamos nos olhando enquanto aproximavamos nossos rostos até que nossas testas se tocaram. Soltei sua mão e coloquei em sua cintura enquanto ela colocou suas mãos ao redor de meu pescoço fechando os olhos e me fazendo fechar em seguida, quando pude sentir sua respiração com a minha...
-Eu vou ser pai. -Falei e ela abriu os olhos se afastando de mim.
-FELIZ ANO NOVO! -Todos gritaram enquanto se abraçavam animados e ao mesmo tempo Destiny falou "Você o quê?"
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O Destino do amor
RomanceEu sempre me perguntei se teria sido diferente. Talvez se eu tivesse acordado um pouco mais cedo, ou arrumado o cabelo mais rápido. Se não tropeçasse na ração do cachorro e tivesse reclamado tanto. Poderia ter sido diferente. E eu não consigo parar...