Chapter IV

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Destiny foi embora e me deixou lá. Simplesmente isso.

Na hora, não senti raiva, mas depois, foi a única coisa que senti. Quem aquela garota achava que era para fazer aquilo?

-Ei, cara. O que você fez para ela? -Jason perguntou.

Já havia passado uma semana e nada comentamos sobre minha saída com ela. Eu, como um bom rancoroso, nem a olhava ao passar na rua.

-Eu? Pergunte a ela o quê ela fez! -Respondi na defensiva.

-Ela disse que eu deveria perguntar a você.

-Eu odeio aquela garota. -Resmunguei.

-Para com isso, Alex. O que fez para a garota? -Ele falou sério.

-Nada, o ex namorado dela apareceu e depois caiu fora, ai eu fui fumar e ela surtou e saiu andando. E me deixou lá. Sozinho. -Meu irmão passou a mão no cabelo.

-Você ia fumar do lado dela? -Eu assenti. -Você devia pedir desculpas, cara.

-E por qual motivo eu faria isso? Por que ela é uma mimadinha que se revolta quando as coisas não são como ela quer? -Falei me levantando da cama e exaltando um pouco a voz.

-Na verdade, quem é assim é você. -Ele disse e saiu.

Eu odeio essa garota. Eu odeio essa garota. Eu odeio essa... Meu telefone tocou.

-Alex, já está chegando na faculdade? Não vamos a aula hoje, Matthew e a namorada terminaram.

-Vão sair?

-Vamos a uma lanchonete, quer ir? -Victor perguntou.

-Certo, encontro vocês na padaria perto da minha casa.

Adivinha qual era a lanchonete.

Exatamente.

E ela estava lá.

-Bom dia, garotos, desejam realizar o pedido agora? -Ela perguntou sorrindo e olhando de rosto em rosto até chegar no meu.

Seu sorriso diminuiu e ela olhou para a pequena caderneta que segurava.

Fizemos nossos pedidos e assim que ela saiu, os comentários começaram.

-O que foi isso? Meu Deus, Alex! -Fred falou rindo.

-Isso o que? -Perguntei tirando o olhar dela e olhando diretamente para ele.

-Você e a garçonete. Que climão foi esse? -Gustavo falou.

-ah, isso... Nós só não nos damos bem -Falei balançando os ombros.

-Motivo? -Victor questionou.

-Nenhum.

-Cara, parecia que ela ia subir na mesa para te enforcar ou que você levantaria para atirar na cabeça dela. -Matthew riu.

-Não seria nada mal ela na mesa. -Gustavo falou e eu revirei os olhos.

-Já que não tem motivos, podemos chamar ela para sentar conosco. -Fred falou. -O quê acha, Alex?

Eu o olhei feio, mas logo respondi:

-Sem problema algum.

Quando os pedidos ficaram prontos, vi Destiny pedindo ao outro garçom que trabalhava ali para que nos trouxesse.

-Pode chamar a funcionária ruiva, por favor? -Fred pediu e o garçom assentiu.

Ela veio acompanhada dele um tempo depois.

-Pois não? -Ela perguntou.

-Sente e coma conosco. -Matthew convidou.

-Eu estou trabalhando, senhor.

-Eu posso cobrir seu turno por uns minutos, Des. -O outro funcionário disse e saiu andando.

Ela, notavelmente fora de sua zona de conforto, sentou-se no único lugar da mesa disponível, ou seja, ao meu lado.

-Então, moça bonita, qual seu nome? -Gustavo perguntou.

-Azar. -Falei ríspido com os braços cruzados e os meninos me olharam, assim como ela, que balançou a cabeça.

-É Destiny. -Os meninos riram. -É sério. -Ela falou ainda mais desconfortável.

-Oh, é criativo! -Matthew falou e eu ri, esses garotos eram ridículos.

Ela encostou na cadeira e os meninos continuaram fazendo perguntas a Destiny. Então, alguns minutos depois, os garotos e ela conversavam animadamente enquanto eu, apenas fazia breves comentários.

-Destiny, a contratei para trabalhar, não para ficar de conversa fiada. -Uma mulher alta, loira e com idade próxima aos 45 anos.

-Sim, senhora, desculpe. -Ela se levantou e voltou ao trabalho.

-Gostei dela. -Matthew afirmou e os meninos concordaram.

-Ela não parece ser como as outras. -Fred disse e eu apenas dei de ombros.

Eles não viam as mulheres como mulheres, mesmo assim, ainda eram meus amigos.

Mais umas semanas se passaram e eu não vi mais Destiny desde aquele dia.

Finalmente meus pais compraram meu carro, já que antes me achavam irresponsável para possuir um, o que obviamente eu achava ridículo.

Eu e os garotos passamos a discutir sobre alguns assuntos, por exemplo, garotas sairem beijando quem elas quiserem, é um direito delas, elas são livres, mas aparentemente eles não entendiam isso.

O Destino do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora