Não vi Destiny pelos próximos dias, nem mesmo na faculdade depois de ter levado flores na porta de sua sala após perceber que talvez Nathalie tivesse me traido.
Voltando para casa, com o buquê nas mãos vi Nathalie beijando o ex namorado de Destiny, o Luke. Fui em sua direção e eles rapidamente se separaram.
-Acabou. -Eu falei sem me importar tanto.
-São para mim? -Ela se referiu as flores.
-Para Destiny. -Falei e sai andando.
Eu deveria estar mal? Eu não me sentia chateado, apenas culpado por ter surtado com Destiny.
Toquei a campainha da casa da ruiva e Carma atendeu.
-Pode chamar Des, por favor? -Pedi.
-Desculpa, não é um bom momento para ela. Eu aviso que você veio. -Ela sorriu fraco e eu assenti agradecendo.
Não satisfeito, peguei algumas pedrinhas no chão e joguei em sua janela, até que finalmente ela apareceu.
Não parecia ela. Destiny estava com olheiras e os olhos vermelhos por provável choro, seu cabelo estava uma bagunça e percebi o quão péssima ela estava.
-Você está linda, azar. -Eu falei enquanto a olhava.
Ela sumiu na janela e um tempo depois a porta de entrada novamente foi aberta.
Abracei ela na porta mesmo e então, ela chorou. Eu nunca havia sequer imaginado que ela poderia chorar, e aquilo definitivamente partiu meu coração.
-Eu ainda estou zangada com você e sem barulho, Carma não precisa saber que está aqui. -Ela falou soluçando.
-Resolvemos isso depois, meu amor.
Subimos para seu quarto mas ela não me falou o que havia acontecido.
Não insisti, apenas fiquei acariciando seu cabelo enquanto ela brincava com as flores em seu colo.
-Sinto muito por não acreditar em você. -Eu falei.
-Deveria mesmo sentir. Você é um idiota. -Ela falou com um sorrisinho no rosto, me fazendo sorrir também.
Ficamos um tempo em silêncio e aquilo era confortável, até que ela finalmente perguntou.
-Por amor, você mata ou morre? -Ela olhou nos meus olhos e por alguns segundos, eu me perdi na profundidade daquela pergunta.
-Eu não sei. -Falei depois de um bom tempo pensando. -De onde tirou essa pergunta?
-Da minha cabeça. -Ela falou sorrindo orgulhosa.
-Você me perdoa?
-Que tipo de melhor amiga eu seria se não te ajudasse a reparar seus erros? -Eu sorri e a abracei.
Durante o resto da noite aquela pergunta permaneceu em minha cabeça. E você, por amor morre ou mata?
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O Destino do amor
RomanceEu sempre me perguntei se teria sido diferente. Talvez se eu tivesse acordado um pouco mais cedo, ou arrumado o cabelo mais rápido. Se não tropeçasse na ração do cachorro e tivesse reclamado tanto. Poderia ter sido diferente. E eu não consigo parar...