Stay here?

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Flashback On#

Sentei-me na cama esfregando os olhos lentamente... Estava meio zonza devido à noite mal passada, nos meus sonhos só apareceu ele, a voz dele, os dentes dele, os olhos dele... Ele. Abanei a cabeça tentando enfim não pensar nele...

Um segundo grito fez-se ouvir juntamente com vozes de confusão e passos apressados... Acordei do meu tranze escutando e rapidamente a noite de ontem veio em flashes na minha mente. Levantei-me depressa sentindo um desconforto total, vesti o vestido à pressa e enrrolei o cabelo com um laço um tanto desajeitado. Abri a porta calçando os sapatos e desci o lance de escadas em espiral, caminhando o mais depressa possível para a cozinha. Quando lá cheguei havia imensa gente e eu quase não podia passar. Comecei a pedir licença às pessoas para eu puder passar e assim que estava a chegar perto senti uma mão a puxar-me dali para fora, era o Jason.

Jason: Venha comigo, Alteza.

Eu: Está bem...

Ele puxou-me e eu olhei para trás vendo o corpo da mulher que ontem deitava sangue e hoje estava branco e com sangue seco... Arrepiei-me ao ver aquela imagem sentido náuseas fortes, mas mesmo assim ignorei-as.

Jason levou-me até à sala de convívio, sentando-me num sofá e ele noutro. Curvando as costas, unindo as mãos, suspirando e finalmente olhando-me nos olhos falou.

Jason: Aquilo...

Eu: O que era?

Jason: Era um corpo sem vida de uma mulher, uma criada, ela foi assassinada.

Eu: Por quem?

Jason: Por uma criatura...

Eu: U-uma criatura?

Jason: Sim, vossa Alteza. As criaturas alimentam-se do sangue dos humanos, e de alguma maneira ela conseguiu entrar neste castelo.

Eu: E como podereis ter a certeza que fora uma criatura que a assassinou?

Jason: Está cá um medico, e ele confirmou, já tinha tratado de uma pessoa assim, e deu-nos certezas, princesa.

Eu: E que pensais fazer?

Jason: Vamos organizar uma caça ao monstro.

Eu: Uma caça? Ireis mata-lo?

Jason: Claro, princesa. A segurança desta cidade é o mais importante neste castelo, e até encontrarmos o monstro não vamos parar, dias e noites...

Eu: Ahh... E quanto à minha família?

Jason: Isso cabe ao seu pai decidir, Alteza.

Eu: Sabeis onde ele se encontra?

Jason: Provavelmente na sala de reuniões do meu pai, a discutirem este assunto.

Eu: Obrigada Jason, o senhor é um bom homem.

Jason: Muito obrigado sua Alteza. Vós não sabeis o orgulho enorme ouvir isso vindo de si.

Eu: Imagino... Com licença.

Sorri cordialmente para ele vendo-o a repetir o mesmo gesto.

Assim que virei costas o meu sorriso desapareceu, não sei bem porquê mas acho que foi devido ao monstro... Eu não queria que o matassem, quer dizer, ele poupo-me a vida ontem à noite... Mas no entanto ele matou aquela mulher, e se o que o Jason diz é verdade, se ele se alimenta do sangue humano  significa que terá de matar mais pessoas para sobreviver...

Suspirei... Subi as escadas mais uma vez e fui à procura do meu pai, só queria sair dali uma vez por todas. Andei pelos corredores à procura da voz soberana do meu pai, que rapidamente identifiquei vinda de um dos quarto. Aproximei-me dele batendo à porta devagar.

XX: Sim?

Eu: Sou eu...

Pai: Filha... Ia agora mesmo mandar chama-la, eu e a sua mãe precisamos de falar consigo...

Olhei para todos, naquela sala esta o meu pai, a minha mãe, a duquesa e o lorde, todos tinham uma cara de amargura e uma quantidade enorme de preocupação reflectida nos seus olhos.

Eu: Diga pai...

Pai: A menina provavelmente já ouviu falar sobre o que aconteceu à pobre empregada, certo?

Eu: Sim, pai.

Pai: Muitos afirmam, e com razão, que o assassino foi uma criatura das trevas...

Eu: Sim...

Mãe: Isso significa que há de facto um monstro nesta cidade, e o lorde Hutson já está a organizar uma caça.

Pai: Entretanto, nós decidimos que o melhor para a família seria ficarmos neste castelo, até a besta ser encontrada.

Eu: O quê?! Ficar aqui?! Mas mãe...

Mãe: Sim Beatrice, neste momento ir para o nosso castelo é muito arriscado, por isso a menina, assim como todos os outros estão proibidos de deixar este castelo, entendeu filha?

Eu: Sim, mãe.

Pai: Ainda bem, filha. E nada de protestos. Agora vá, está dispensada.

Saí da sala batendo a porta com toda a força.

Mas esta gente é parva? Se há uma criatura neste castelo é óbvio que está DENTRO do castelo, não lá fora. Se usassem a inteligência percebiam isso, mas não. Preferem a guerra, tudo bem. Depois não digam que eu não tentei avisar, porque tentei.

Entrei no meu quarto meio que revoltada. Fechei a porta do quarto à chave.

E agora, que ei de fazer? Não posso dizer que há um monstro dentro do castelo senão descubririam que eu vi o monstro e o ajudei a escapar, mas o que realmente aconteceu foi o contrario, acusar-me-iam de traição e até talvez de ser um deles...

Respirei profundamente sentando-me na cama, levando os dedos ao cabelo massajando-o e sucessivamente os olhos.

Não sei o que fazer... Eu já tinha visto o monstro, já tinha estado na presença dele, ele já me tinha tocado, mas não me fez mal... Será que sou a próxima vitima dele? E se for? Não posso deixar que isso aconteça, mas também não posso deixar outras pessoas morrer... Tenho de arranjar um plano, até lá, vou fechar-me neste quarto, saindo só quando for extremamente necessário. Pode durar dias... Semanas... Mas ei de arranjar um plano...

Eu vou vencer o monstro.

Flashback Off#

A Vampire's Dangerous Love || Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora