The basement...

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A luz tremula da vela deixava-me ver as paredes escuras à minha volta e os degraus eram escorregadios e eu tremia com o punhal na minha mão... Desci alguns degraus e assim que cheguei à escuridão total e ainda faltavam uns degraus um cheiro horrível e nauseabundo, a podre, um fedor que era tão forte ponto de me fazer desmaiar. Jamais tinha sentido tal cheiro em toda a minha vida, eu queria vomitar quando finalmente cheguei ao fim das escadas.

Levei as costas da mão à boca sentindo um enjoo forte, dei alguns passos sem conseguir realmente ver nada, onde se tinha metido o Horan? Virei a vela para o lado... Inspirei o máximo ar possível, abri a boca para gritar, mas uma mão impediu-me de gritar...

Um corpo estava parado à minha frente. Branco como a parede, salpicado de sangue, os olhos sem vida, boca aberta, tresandava a podre a morte... Era sem duvida um morto.

Um corpo frio como gelo colou-se ao meu quente e a tremer de medo e uma voz falou muito perto do meu ouvido, sedutora e controlada...

XX: Tu és curiosa demais para o teu próprio bem...

Olhei o máximo que pude para o lado e vi um sorriso que me atormentava à noites, dois dentes brancos afiados, uns olhos vermelhos conectaram-se aos meus, prendendo-me naquele olhar... O pior de tudo é que ele só podia ser uma pessoa, Horan.

Quando falei, a minha voz saiu trémula e chorosa...

Eu: Horan?

Horan: Parabéns, resolveu o mistério, princesa, quer um prémio? Desculpe, esqueci-me a sua riqueza já é muito vasta... Tu és demasiado arisca, princesa, porque é que não és como as outras pessoas e vives normalmente, sem te meteres nas vidas dos outros? Tinhas mesmo de me seguir não era menina curiosa? Sabes o que acontece a meninas que metem o nariz onde não devem...? Elas muitas vezes morrem...

Engoli em seco sentindo-o a aproximar, desviando os meus fios de cabelo para o lado, a boca do meu pescoço. Fechei os olhos, uma subita coragem veio de não sei onde e lembrei-me do punhal que estava na minha mão, e num ato de desespero espetei-lhe a lâmina na barriga. Ele soltou o ar furioso e afastou-se de mim, eu aproveitei a minha oportunidade de fuga e corri escadas a cima para ir para o meu quarto...

Quando finalmente lá cheguei tranquei a porta num abrir e fechar de olhos, senti o choro que outrora ameaçava cair, a derrubar lágrimas de pânico e alivio por ter escapado às garras daquele monstro... Sentei-me no chão com as mãos na cara, o meu corpo todo tremia de medo e ansiedade... A minha respiração era descontrolada e irregular...

Porque é que eu fui atrás dele? Eu só posso ter um desejo de morte no meu subconsciente... Mas as minhas suspeitas confirmaram-se, o mordomo era a besta, ele andava a matar pessoas para sobreviver, e eu era a desta noite senão tivesse o punhal. Ele mantinha-as na cave, ele sabia que ninguém lá ia por isso estava safo, ninguém suspeitaria de um homem tão vulgar quanto o mordomo, a criatura era inteligente, esse era o seu mal.

Eu sabia do perigo que eu corria, eu sei a verdadeira identidade do monstro e ele vai querer protege-la a todo o custo, nem que isso implique matar-me, o que eu não duvido que o faça em segundos, eu corria perigo, não podia passar noites sozinha nem estar sozinha, era arriscado demais... Se eu não fosse tão apressada nas minhas escolhas eu poderia estar agora a salvo e não ter esta sensação de medo e terror, poderia nunca ter sabido quem era o monstro. Ele agora vai vir atrás de mim, perseguir-me e atormentar-me, ele não vai parar...

O fluxo de lágrimas parecia ter aumentado com o desespero e com o medo, as minhas mãos e pernas não paravam com a tremedeira e o meu coração parecia querer sair a toda a força do peito com a velocidade, mas ele parou assim que ouvi uma lâmina de um punhal a bater no chão, um ar gélido instalou-se no meu quarto juntamente com um cheiro horroroso e uma voz de gozo e maliciosa acompanhou...

Horan: Os teus brinquedos não servem de nada contra mim, princesa...

A Vampire's Dangerous Love || Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora