Capítulo 10

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Oi gente! Como prometido, tá aqui mais um capítulo, e esse tá bem maior que o outro! Espero que gostem!

BOA LEITURA!

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Um vento percorreu a sala da vidente, me fazendo questionar de onde vinha a brisa, porque o cômodo não tinha janelas. Fitei Linnea atentamente, ou ela parecia não notar o ar pesado e sombrio que pairava sobre nós, ou ela não estava dando a mínima importância para isso.

- Quem me achou? - minha voz foi quase um sussurro. Comecei a achar que eu definitivamente não estava preparada para obter respostas.

- Não posso revelar - olhei incrédula para ela. - Mas posso ver homens poderosos na sua vida - completou, como se essa revelação fosse o bastante para mim.

- Quem são eles? - dessa vez minha voz saiu firme. E pude ver que ela percebeu a minha ânsia por obter essas respostas. A brisa leve ainda percorria toda a sala, dando um ar paranormal a consulta e fazendo minha pele se arrepiar.

- Logo você irá descobrir - disse, mais uma vez se esquivando das minhas perguntas.

- Do que adianta essa consulta se você não me diz nada que eu quero saber? - nossos olhos se cruzaram e permanecemos se encarando, uma analisando a outra.

- Não estou aqui para esclarecer suas perguntas - disse por fim, afastando uma mecha de cabelo que caía sob seus olhos. - Mas...

- Então para que você serve? Para me confundir ainda mais?

Eu a interrompi no meio da frase, estava de saco cheio dessas pessoas que apareciam me dando a entender que iam responder minhas indagações, e só o que faziam era complicar mais ainda minha vida e me deixar mais confusa do que já estou.

- ... Mas - falou ríspida, ignorando totalmente o que eu tinha dito - Posso responder duas perguntas suas em troca de algo - completou seu raciocínio.

- O que você quer? Se for dinheiro, eu não tenho muito se o que está pensando - fiz questão de deixar claro que não iria pagar caro só por algumas respostas evasivas.

- Não quero seu dinheiro... - fez uma pausa para analisar minha expressão. - Você tem duas perguntas, e para cada resposta que eu der, vou querer algo em troca. - disse como se isso fosse o mínimo preço a pagar.

- O que você quer?

Comecei a bater meus dedos na mesa, um por um, mim gesto de ansiedade. Tenebris reparou nisso e percebeu que eu faria qualquer coisa para conseguir o que queria. Nós duas sabíamos quem estava no controle da situação, e não era eu.

Ela tem o que eu quero e estou disposta a pagar qualquer coisa por isso.

- Preciso de um pouco de sangue seu - arregalei os olhos e recuei um pouco da mesa surpresa com sua resposta.

- Meu sangue? Porquê? Pra quê? - as perguntas saíram uma atrás da outra, não consegui conter a urgência que eu senti em saber o motivo dela querer meu sangue.

Seus olhos encararam os meus mais uma vez, e eu podia jurar que tinha um brilho vermelho maligno naqueles olhos pretos brilhante. Como se ela usasse uma máscara e por trás dessa máscara habitasse algo muito antigo e perverso.

- Garanto que um pouco de sangue a menos não vai lhe fazer mal - disse numa tentativa de me convencer.

Balancei a cabeça negativamente, não em negação ao seu pedido, mas sim tentando alinhar meus pensamentos e imaginando em que ela poderia usar o meu sangue. Levantei da cadeira que estava sentada e fiz menção de ir até a porta, então dei meia volta e me voltei para ela.

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