Meu nome é Ana Pereira,
que caiu da bananeira,
em cima de uma trepadeira.Mas podem me chamar só de Ana antes que muita gente ache que sou Sant'Ana.
Não sou canonizada
nem espero estar carbonizada.Na santa inquisição, sei que vou morrer. Outrossim, vassoura de velhas cerdas que não consegue varrer.
Mas tudo bem, não ligo pra opinião de outrem.
Se eu ligasse, viveria sempre num destrambelhado trem.Pretendo então, jus desfrutar da companhia
do meu cão de nome: - Eu Desterro. A qual tem uma bela pistola de ferro.Tal pistola de ferro me aquece, aquece em dias calorosos e frios.
Sem me preocupar com os brios. Aquece minha xoxota delinquente, anseia, anseia, anseia carente. Por delírio quente e mais quente.
Ele fica por cima de mim.
Me puxa pela pele do pescoço com os dentes.Me agride, me agride, me agride como se fosse sua cadela. Ficamos ali grudados, dou aquela olhadela. A porra é tamanha que fico ensaboada na costela.
Em meu quarto de portas fechadas, idas e vindas de pornochanchadas.
Agora estou eu aqui com menorragia e meu adorável cão acolá com blenorragia.

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PORNEIA DESVAIRADA
PoetryATENÇÃO: Este livro não é adequado para pessoas beatas, sensíveis e politicamente corretas. As patuscadas rolam soltas nestes textos, em que nada ficam a dever aos sites e revistas proibidas da internet ou aos lendários "catecismos". Diversos mo...