NINFETA DO CAPUZ CARMESIM

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Púbere está a andar,
A andar calmamente
Pela floresta encantada
De um jardim erótico
Perfumado pela perfídia
A levar cesta com doces.

O dia está acinzentado.
Esta púbere está a usar
Botas pretas cano longo,
Macacão azul anil,
Camisa branca, capuz carmesim.

Quando a púbere
segue o caminho,
Direciona-se para casa da vovó.Ela se depara
com vários demônios,
Vários demônios numa ciranda a cirandar ao redor duma gigantesca árvore.

A priori,
Tal púbere,
Aterrorizada fica.
Não há escapatória.
Demônio a avista.
Este demônio tem
um corpo magérrimo.
Tem um corpo cadavérico este demônio.

O olhar da criatura maligna
É de paralisar.
É de deixar em
estado de inércia.
Os olhos são de pênis.

Demônio a captura.
Coloca a força,
Púbere de quatro.
Introduz o falo,
Falo de trinta centímetros
Em delicado, imaculado colpo, colpo de cinco centímetros.

Árvores ouvem,
Aves ouvem,
Insetos auscultam,
Mamíferos auscultam,
Vermes em memória auditiva escutam os sons
Sons  de vilipêndio.
Porém nada podem fazer.

Estupra,
Estupra,
Estupra-a.
Olhar daquela garotinha
Fica longe, vago.
Rosto paralisante,
Rosto de estátua.

Olhar daquela garotinha
Petrificado está.
Apenas lagrimas a orvalhar,
Orvalhar crisântemos.
Nada mais.

PORNEIA DESVAIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora