LE VOYEUR

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Vejo minha vizinha a adentrar no apartamento.

Começa então um lépido movimento.


Tenho um quarto que há uma bela pintura,

Bela de tamanha ternura.

Aliás a pintura chama-se: L'Origine du monde.

Atrás desta há um médio círculo na parede

Que dá de encontro ao quarto da minha exuberante vizinha.


Ela tira a roupa, vai tomar banho e após isso, apenas desventura.

Enxuga-se, deita-se na alcova e começa ali, Porventura.

A assistir um filme assaz convidativo: A l'ecur d'or ou le bonne auberge.


Percebo que ela deita nua a massagear o colpo.

No entanto, meu olhar não consegue desviar do teu colpo.

Será teu colpo a estrada para o paraíso ou o caminho para perdição?


Meu falo ossifica,

Ossifica quão fêmur.

Perante a tal deleite,

Irrompe deveras leite.

Satisfação do orvalho a abundar em esbórnia.


PORNEIA DESVAIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora