TERRAS SUBVERTIDAS

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Anoopsia se instala no olho do dia. A transfigurar o dia em noite e a noite em madrugada, madrugada célere veio a pregustar de forma autófaga, moradores de terras subvertidas.

Porcos e leitoas tostados

Por chuva de enxofre e fogo.

Fumaça galga,
Fumaça salga,

Como fumarada duma fornalha. Ruínas corroboram a existência de um deus furibundo.

Três pessoas conseguiram escapar:

Pai e duas filhas.

Fugiram da panemice iníqua dum moleque nefelibático.

Foram pro monte, habitaram numa caverna.

Primogênita expressou seu pensamento em tom alto a caçula:

'- Nosso progenitor está idoso. Não há homem na terra que coabite com a gente conforme o comportamento de toda a terra. Venha, procedêramos-nós  ingerir vinho para que fique ébrio, fornicamo-nos com ele para resguarda a prole paterna. '

Portanto, vinho foi igual ao fel, sabor amargo.

Animosidade nasceu, estirpe da decadência.

Houve trevas endogâmicas sobre a face do abismo.

A deixar-nos reles mortais, molde e vazio.

PORNEIA DESVAIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora