11. ALEC VIRA TRAFICANTE DE DROGAS

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Depois que Alec saiu da Casa da Magia, ele montou em sua moto e saiu apressado indo embora. Durante o caminho ele se lembrou que havia combinado de sair com Nicole e acelerou a moto para chegar o quanto antes em casa pra poder conversar com ela.


Ele deixou a moto em frente a entrada da garagem e depois de pegar o telefone começou a digitar a mensagem enquanto entrava em casa.

Não vai dar pra gente sair hoje, o

avô de um dos meus amigos morreu

e nós vamos passar a noite com ele.

Alec foi até a cozinha para beber um copo d'água e a mensagem de Nicole chegou alguns minutos depois da dele.

Eu poderia tirar os seus pontos por

furar com nossos planos, mas você

ganha por ser um bom amigo. Depois

a gente combina algo.

Ele subiu as escadas sorrindo por causa da mensagem de Nicole, mas logo o sorriso se desfez quando ele encontrou a porta do quarto de seu irmão aberta, ao entrar ele encontrou a mãe chorando sentada ao pé da cama.

- Mãe... – ele se sentou ao lado dela e passou a mão sobre seus cabelos. – Vamos para o seu quarto.

- Os remédios acabaram. – Ela falou em meio a soluços. – Eu preciso que você compre mais pra mim, filho.

- Eu não posso simplesmente comprá-los mãe, você tem que passar pelo psiquiatra sempre que eles acabam e... acho que a senhora anda tomando muito desses remédios.

- Eu não vou conseguir esperar até passar pelo médico... você precisa fazer isso por mim...

Alec suspirou enquanto encarava um resquício do que fora a mãe que ele conhecera durante toda a vida, tudo que podia desejar é que ela ficasse bem novamente.


- Tudo bem, eu vou comprar. Mas você tem que ficar em seu quarto.

Ele a ajudou a se levantar e deixou que ela se apoiasse nele até que chegassem ao quarto. Depois que a deixou deitada na cama, Alec pegou a receita do remédio na primeira gaveta da pequena cômoda ao lado da cama e saiu do quarto apressado. Quando saiu de casa, ele montou na moto e saiu o mais rápido possível.

Alec estacionou a moto em frente à farmácia e ao entrar foi direto até o balcão.

- Eu preciso desse remédio. – Disse ao senhor do outro lado do balcão.

O homem parou um segundo lendo a receita.

- Esse remédio já foi pego uma vez – ele indicou um carimbo na folha. – É preciso passar no médico novamente para pegar outra receita.

Alec tirou a carteira do bolso e deixou três notas de cem sobre o balcão – mais que o dobro do valor do remédio.

- Já vou pegar. – O homem disse e entrou em uma sala nos fundos da farmácia, um minuto depois ele voltou com a caixa de remédios em um pacote de papel.

- Muito obrigado! – Alec falou e saiu andando.

- A gente não pode contar isso para o seu pai, Alec. – Sua mão falou depois de engolir o comprimido com um pouco d'água.

Não demorou muito para que ela caísse no sono depois de tomar o remédio. Alec não conseguia acreditar que havia subornado uma pessoa para comprar aqueles remédios, aquilo com toda certeza era uma coisa muito errada.

Ele foi até o seu quarto e ficou sentado um tempo na cama antes de ir tomar banho, enquanto a água quente caía sobre seu corpo ele pensava em formas de poder ajudar sua mãe,mas também tinha medo do que poderia acontecer com ela. Depois de quase dez minutos ele decidiu que ia tentar ajudar a mãe por sua conta própria.    

Pequenos Garotos Maus - Livro 2: PerseguidosOnde histórias criam vida. Descubra agora