12. O DOCE SABOR DO MARACUJÁ... AH, MEU ENÉC!

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Após sair da Casa da Magia, Pietro foi direto para casa pensando em David; os dois haviam combinado de sair naquela noite, mas como ele iria para a casa de Kaius, precisava desmarcar o... será que aquilo era um encontro?

Pietro olhava para o telefone pela décima vez quando entrava em casa, ele havia mandado uma mensagem para David, mas ele não respondera ainda. Ele seguiu em direção ao escritório do pai e bateu na porta antes de entrar.

- Algum problema, filho? – Seu pai perguntou, ele estava sentado na cadeira junto à mesa no centro da sala.

- Eu conversei com Hector hoje, ele disse que na hora que estivermos prontos ele pode fazer o ritual de ligação. – Pietro não falou sobre o ancião ter dito que ele precisava ter uma ligação com o excluído que faria a conexão das auras, ele achou que seu pai não gostaria de saber sobre aquilo.

- Ótimo, então converse com o garoto excluído e podemos resolver tudo isso logo.

Pietro assentiu e saiu do escritório do pai indo em direção à escada, enquanto subia devagar ele pensou sobre o seu dia, mais especificamente sobre o tempo que passara em saepti ferarum com Fleur. Todos aqueles animais mágicos eram tão maravilhosos – até mesmo uma das fadas que ficara puxando os cabelos dele – e ele não conseguiria entender como alguém poderia não valorizar aquele tipo de trabalho; Fleur também parecia ser muito legal, e era evidente que amava muito aqueles animais. Pietro pensou que talvez eles se tornassem bons amigos.

Assim que terminou de se vestir após o banho e viu que não havia chegado nenhuma mensagem de David, Pietro pensou que deveria ir ao encontro dele para que o garoto não acabasse ficando lhe esperando a noite toda.

Ele colocou a bolsa com suas coisas nas costas e desceu as escadas calmamente, e só quando chegou à sala de estar percebeu que não havia falado para o pai que passaria a noite na casa de Kaius. Pietro foi andando até a cozinha onde o pai e a mãe preparavam o jantar juntos.

- Pai – ele falou. – Posso ir dormir na casa do Kaius? A gente combinou de ir dormir lá por causa da morte do avô dele.

- Claro que pode, Pietro. – Seu pai falou.

- Eu fiquei sabendo hoje de tarde, filho. – Sua mãe fala colocando a mão sobre o peito, seus cabelos louros estavam amarrados em um coque apertado para não cair na comida. – Diga à família que sentimos muito.

Ele se virou e foi em direção à saída de casa. Do lado de fora ele pegou a bicicleta e saiu apressado pela rua.

Assim que chegou a mesma praça em que eles haviam combinado no dia anterior, Pietro viu David sentado em um dos bancos e teve certeza de que ele não recebera suas mensagens. Ele usava uma camiseta preta com uma jaqueta azul estilo jogador de futebol americano, calça verde musgo e tênis New Balance azul escuro.

- Eu como sempre muito adiantado. – David falou indo em sua direção, Pietro percebera que ele olhara estranho para suas roupas, a bolsa nas suas costas e claro sua bicicleta.

- Eu te mandei uma mensagem desmarcando, mas como você não respondeu eu vim para não te deixar esperando.

- Eu deixei meu telefone cair dentro da pia que estava cheia de água, ele morreu totalmente. – David falou meio envergonhado.

- Oh, então ainda bem que vim te avisar. – Pietro deixou a bicicleta no chão e chegou mais para perto de David. – O avô de um amigo meu morreu, e nós vamos passar a noite com ele, pra dar apoio e tudo mais. Será que podemos remarcar pra amanhã, talvez?

Pequenos Garotos Maus - Livro 2: PerseguidosOnde histórias criam vida. Descubra agora