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Na mesma hora que terminei de falar o menino puxou uma arma e apontou na minha testa, a coisa mais linda, toda enferrujada se eu não morresse do tiro morria de tétano, olhei pra cara dele.

- Iae patricinha já se decidiu. - Falou com a maior cara de mal.

- Tô esperando que você se decida primeiro. - Falei debochada, mas no momento que senti o cano gelado na minha testa o cu trancou na hora. - Vai me dar os tiros ou vai me contaminar com tétano dessa porra enferrujada?

Na hora que ele ia abrir a boca ouvimos um grito e olhamos pra direção de onde veio.

- ABAIXA ESSE CARALHO. - Lua falou. - Viado do caralho. - Atrás dela vinha o Maycon, o PH e o Beto, marido dela.

- Tá doido é irmão. - Maycon falou. - Aí é tudo fechamento. Tira isso da testa dela, tá vacilando é?

- Se você encostasse nela eu matava você. - Lua gritou me puxando.

- Tá louco, ordens é ordens. - O Menino falou. - Só morador nunca vi essas loucas aqui não, e ainda são abusadas. - Mandei o dedo do meio pra ele. - Patricinha só vai na bala mesmo. - Falou cheio de ódio.

- Tô esperando tu ainda, cai pra dentro. - Quase gritei.

Ele veio pra cima de mim mas o Beto puxou ele e levou ele pra longe falando algumas coisas no ouvido dele.

- Ainda vou te ver com a boca cheia de mosca patricinha. - Ele gritou de longe.

- VÁ TOMAR NO CÚ. - Gritei.

Meu coração tava acelerado. Olhei pra Sabryna e ela tava chorando. Puxei ela e a Vanessa pra um abraço e a Lua se juntou.

- Vamos tomar uma água ali. - Lua puxou a gente ate a casa dela e a Sabryna não parava de chorar.

Assim que chegamos na casa da Lua eu me sentei no sofá e minhas pernas tremiam, ela me deu água com açúcar e eu me lembrei do que fiz. Foi aí que a ficha caiu. Eu só posso ser louca mesmo.

Minha pressão baixou e eu comecei a chorar. Fiquei desesperada olhei pra Sabryna e ela tava chorando também, foi aí que eu chorei.

Eu nunca mais enfrento bandido. Se a Lua não tivesse chegado eu tava com a boca cheia de formiga uma hora dessas.

- Meu Deus Losly, respira. - Lua tentava me acalma. - Toma água, respira devagar. - Eu fui me acalmando um pouco.

- COMO VOCÊ FAZ UM NEGÓCIO DESSES, SUA VADIA. - Sabryna voa em cima de mim. - SE ELE MATASSE VOCÊ, O QUE SERIA DE MIM? - Ela puxou me cabelo.

- Calma Sabryna. - Vanessa puxou a Sabryna de cima de mim e meu cabelo foi junto.

- VAGABUNDA, VOCÊ QUER MORRER?

- Para de gritar Sabryna. - Vanessa falou.

- UM CARALHO!! Ele apontou a arma na cabeça dela, ela é louca? - Falou. - Se ela morrer como vai ficar nosso bonde?! Ela é nossa irmã! Isso não se faz não porra. VADIA!!

- ELE BOTOU O DEDO NA SUA CARA, EU FUI TIRAR.

- E PRECISA TA ENFRENTANDO ESSE TRAFICANTES? ELE TINHA UMA ARMA.

- E eu não tô nem aí. - Falei. - O ferreiro não fez só um ferro não, de onde veio a dele veio outras. Tá bom que ele ia botar o dedo na cara das minhas amigas na minha frente. E eu tô podre é?

- Vagabunda. - Falou e correu pra cima de mim, eu pensei que ela ia puxar meu cabelo de novo. Já tava preparada pra um soco. Mas ele veio e me abraçou. - se tu fizer isso de novo, na boa quem te mata sou eu.

- Aquela peste enferrujada não ia sair era porra nenhuma. - Falei e elas riram. - Agora bora pra casa?

- Vai pra casa nenhuma não, agora que tu brigou pra ficar, vai ficar. - Lua falou.

- Minha cabeça tá doendo. - choraminguei.

- Vai limpar essa maquiagem e vamo comer uma pizza pra desistressar. - Falou pra mim.

- Tá parecendo a Monster High!! - Sabryna falou.

- Tu tá pior nojenta. - Falei e ela mandou o dedo do meio.

Eterna dama (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora