Ficamos dançando a maioria do tempo, o juninho ficava me olhando de longe e eu sentia o olhar dele queimar sobre a minha bunda, e eu claro que adorava. Umas meninas passavam por nos de cara feia, eu nem ligo, mas minhas amigas ficavam debochando e mandando beijo pra elas, eu só sabia rir.
Olhei de relance pra o junior e vi duas maninas dançando na frente dele, porra nem enxerguei, fui direto pra lá, cheiaaaaaa de odio. Sou pocessiva pra caralho!
Cheguei empurrando elas com meu corpo e entrando na frente dele, elas vinheram pra cima de mim mas pararam quando ele abraçou meu pescoço.
- Iae negas, quer uma cerveja? - perguntei levantando o copo. - tem na geladeira. - apontei pra dentro de casa. - aqui tem nada pra vocês não, despousaaa.
Elas olharam com cara feia e sairam. Tô nem ai, queriam afrontar? Conseguiram, quero que elas cisquem por aqui de novo que o bagulho fica loco.
- Sabia não que tu era braba assim. - Juninho falou no meu ouvido.
- Ue, eu não fiz nada. - Sonsa ta aqui. Ele riu. E me deu um beijo.
- Esse shortinho ta muito curto, não acha não? - Falou abaixando ele.
- Pô, não, esse é um dos maiores. - falei levantando de novo. - Tava pensando em trocar num menorzinho.
- Paga de doida. - Ele falou e eu ri.
- Vamo pra lá. - Sai puxando ele pra onde eu tava com as meninas e me juntei a elas dançando, ele ficou atrás olhando o movimento.
Uma menina passou e esbarrou em mim fazendo derrubar o que tinha no copo dela na minha roupa.
- Ihh filhaaa, calma ai. - Falei passando a mão onde molhou.
- Desculpa ai, foi sem querer. - ela falou e me olhou.
- É nenhuma pô. - Falei rindo. - É whisky? - Perguntei sobre o que ela derrubou e ela fez que sim. - Enche ai amiga o copo dela que derrubou metade. - Falei pra sabryna.
- Precisa não. - ela falou com vergonha.
- Lógico que precisa, fica ai mulher bora dançar. - Terminei de encher meu copo também e ela começou a dançar com minhas amigas.
Fui ate o juninho e abraçei ele, ele me beijou e sorriu.
- Vou la no banheiro. - Falei.
- Vamos no de la de casa. - falou.
- Aqui tem banheiro. - Falei e virei os olhos.
- O daqui é nojento, e deve ter gente transando lá. - Fiz cara feia e ele riu. E me puxou, fiz sinal pras meninas avisando que ja voltava e segui ele.
A gente saiu da rua que era a festa e uma mais a cima era a rua da casa dele, cinco minutinhos chegamos, na casa dele não tinha ninguém, tava um silêncio diferente da outra vez que eu vim que tava o maior barulho.
Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades, e fui tentar limpar minha blusa que tava uma mancha da bebida que a menina tinha derrubado, passei água, mas ficou pior do que tava então desisti e sai do banheiro.
- Que serviço foi esse em? - Juninho falou rindo.
- Fiz merda.
- Antes tivesse deixado como tava. Quer uma da minha irmã?
- Quero não. - Falei. - deixa assim mesmo. Jaja ta seco.
- Quer comer alguma coisa? - perguntou.
- Quero, tô com uma fome do caralho. - Passei a mão na barriga e ele riu.
Ele foi ate a cozinha e voltou com dois pacotes de Doritos e jogou em mim.
- Ih meu filho, isso não mata minha fome não. - Reclamei. - Eu vou comer seco é? Tem refrigerante não?
- Abusada pra caralho. - Eu ri e ele levantou e foi pra cozinha novamente, voltou com uma lata de coca e um prato na mão com bolo de chocolate. Me entregou e eu comecei a devorar.
- Quando tu for me levar em casa, a gente podia passar no mac né vei. - Falei de boca cheia mesmo. - Mó vontade de comer eu tô.
- Caralho tu ta comendo uma coisa e pensando em outra. - Falou e eu mandei o dedo do meio pra ele.
Terminei de comer e fui lavar o prato que tinha sujado, juninho tinha subido. Deixei tudo limpinho la, do jeito que eu encontrei e fui procurar ele.
Subi a escada e encontrei ele no quarto, antes de entrar ja senti o cheiro, rachichi purooooo.
- Iaaae feinha, passa a bola. - Falei assim que entrei.
- Feinha o que porra, ta me tirando?! - Falou.
- Modo de falar, irmã. - Falei no deboche.
- Paga de doida tu né. - Falou e soltou a fumaça.
- Quero fumar também. - Falei. - Joga pra cá.
- Vai fumar porra nenhuma não. - Falou. - Toda patricinha, não deve saber nem tragar.
Não falei nada, fui ate a cama dele onde tinha um prato cheio da erva, dixavei e bolei o meu, torcendo pra não sair o pastel de todos os dias ne.
E não saiu mesmo, agradeci a Deus mentalmente por ter me livrado da vergonha, acendi o baseado e fui pra o lado dele na janela, ele olhou pra mim com cara de reprovação, mas não falou nada, não tinha o direito né?! É o cu falando da bosta.
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Eterna dama (EM PAUSA)
Teen FictionDesde a periferia ate o asfalto essa história é contada por todo favelado. Dois corações unidos em um só sentimento novinha e o guerreiro em um só fundamento 🎶❤