GAEL
A noite estava apenas começando e eu já estava me sentindo exausto. Entretanto o meu cansaço não era físico, apesar de não ter dado sequer um mínimo descanso ao meu corpo nos últimos dias, quanto mais eu fazia amor com a Íris, mais eu desejava fazer tudo de novo, eu estava muito bem fisicamente, nunca havia me sentido melhor antes. Meu problema começou há exatas duas horas e 10 minutos, esse era o tempo que havia passado desde que entramos nessa boate de merda, e desde então eu estava em uma guerra contra o meu gênio, que queria explodir a cada olhada que algum cara lançava na direção da minha mulher. E não eram poucos olhares, ela estava perfeita, em um vestidinho roxo curto, que mostrava para todos os outros caras dali muito mais do que o que eu gostaria que eles vissem.
Mais uma vez nessa noite longa eu me perguntava porque havia concordado que ela saísse vestida assim, mas eu sabia muito bem a resposta pra essa pergunta. Eu havia concordado com essa loucura pois queria desesperadamente ocultar o meu lado homem das cavernas, para que ela acreditasse realmente que eu havia mudado, e o fato de ter acabado de ter o sexo mais incrível e selvagem dentro do closet com ela, também poderia ter afetado um pouco a minha capacidade de raciocínio. Porém, agora com todas as minhas faculdades mentais em pleno funcionamento, eu estava aqui querendo me matar, ou na melhor das hipóteses, querendo matar um desses babacas que queriam entrar nas calças da minha garota.
Aliás, esse era o ponto, ela era minha, somente minha! Como esses babacas não conseguia enxergar isso!
- Vamos dançar amor? - ela perguntou enquanto eu cogitava mentalmente a ideia de fazer uma tatuagem na testa dela com o meu nome.
- Hum... não sei se é uma boa ideia.- respondi sem conseguir esconder o meu mal humor.
- O que houve? Você estava tão animado em casa, e agora está com essa cara feia! - ela falou enquanto se enroscava em minha cintura.
Eu a encarei por um minuto, ou me pareceu isso, ponderando sobre o que deveria responder. Era melhor ser sincero, admitir meus ciúmes e correr o risco dela me dar um pé na bunda, ou fingir que não era nada, com sorte conseguiria aguentar até o fim da noite rezando para que essa tortura acabasse logo. Como sempre o medo de perdê-la falava mais alto.
- Não é nada linda, só estou um pouco cansado. - Eu menti, esperando não ser pego em um futuro próximo. - Você sabe, muita atividade extra em casa.
- Eu sei como você se sente - ela deu uma risadinha e se aproximou do meu ouvido, como se a música alta por si só não fosse impedir que nos ouvissem. - E eu que pensava que você era incansável!
- E eu sou, pelo menos quando se trata de estar dentro de você eu sou.- eu disse enquanto subia as mão lentamente da sua cintura até a sua nuca. - Na verdade eu estou cansado de lutar contra a vontade de arrancar esse seu vestidinho e me enterrar em você.
Ela ofegou com a minha responta e aproveitei o momento para me afundar em seus lábios. Beijei sua boca com vontade, tentando abrandar um pouco da frustração que estava sentindo desde que chegamos ali. Enquanto uma mão prendia sua nuca e a puxava ainda mais pra perto, a outra mão descia por suas costas novamente e parava em sua bunda. Puxei seu quadril ainda mais contra mim, de modo que ela sentisse como a desejava intensamente, e por um maravilhoso momento me perdi na sensação que o seu corpo me provocava, me esqueci completamente de onde estávamos e da loucura que me invadia cada vez que eu pensava que alguém poderia roubá-la de mim.
Infelizmente, tudo que é bom dura muito pouco, e ela logo se afastou da minha boca tentando respirar. A princípio relutei em deixá-la ir, mas depois cedi as suas vontades.
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Mal D'amore #Wattys 2017
RomantikÍris e Gael se conhecem desde sempre. Cresceram na mesma cidade ridiculamente pequena, estudaram na mesma escola, na mesma classe com os mesmos professores, suas vidas corriam tão próximas que até os seus amigos eram os mesmos. Estiveram ligados des...