Epílogo

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GAEL

Tudo está desmoronando a minha volta, não só o meu quarto no hotel, que parece ter sido destruído por algum furacão poderoso, como a minha vida, que parece ter se transformado em algum capítulo ruim de novela mexicana. Eu simplesmente consegui jogar fora tudo que eu havia conquistado com a Íris, mas como sempre, eu já esperava por isso. Fazer merda devia ser o meu sobrenome do meio, Gael "faz merda" Salvatori. E agora, como sempre acontece, minha mulher estava fugindo para as montanhas, correndo para o mais longe de mim que ela podia.

Mas dessa vez as coisas serão diferentes, eu sabia que destruiria tudo, era apenas uma questão de tempo ou de oportunidade, e também sabia que a reação da Íris seria a mesma de sempre, fugir de mim, essa era a segunda natureza dela, e por mais que ainda doesse um pouco vê-la jogar tudo pro alto na primeira oportunidade, eu sabia que isso aconteceria, era inevitável.

De certa forma, estar preparado me fez ficar um pouco mais tranquilo, mas não muito. Eu ainda assim tive que ser carregado pelo meu melhor amigo, que também me trancou em meu quarto para evitar que eu fosse atrás dela estando alterado assim, e fizesse uma merda ainda mais fenomenal. Então descontei toda a minha fúria em minhas coisas. Tudo em um raio de um metro tinha sido arrancado, quebrado, jogado, pisado... Tudo que eu queria fazer com aquele babaca da boate, que ousou tocar na minha mulher e me fez perder alguns dias preciosos ao lado dela, eu fiz com meu quarto e meus pertences.

Depois de algumas horas soltando a minha ira, eu começo a me cansar, e tudo que eu consigo pensar é em correr atrás dela até encontra lá e fazer com que ela enxergue o quanto me ama e me quer, mas eu sei que não posso fazer isso, eu preciso deixa-la ir dessa vez. E custa todo o pouco autocontrole que me resta pra conseguir essa proeza.

- Como você está? Melhor que as suas coisas, eu espero.- Iam me pergunta quando vem me ver algumas horas depois de ter me trancado aqui. - Você se manteve bastante ocupado na demolição do quarto durante a madrugada ao que parece.

- Pois é, já que não pude destruir a cara daquele babaca como eu queria, precisei descontar a raiva em alguma coisa. Antes o quarto que a cara dele, certo? - eu respondo grosso como sempre.

- Eu garanto a você que a cara do babaca ficou destruída o suficiente. Não tanto como o seu quarto. Mas é difícil de competir com isso. - ele faz indicando o estrago que havia ao nosso redor.

- Pra mim foi pouco. Eu devia ter matado aquele otário. Onde ela está Iam? - eu pergunto deixando os rodeios de lado. - Ainda na sua casa?

- Não. Ela pegou um ônibus agora pela manhã. - ele responde cautelosamente.

Eu levo um baque ao ouvir aquilo, apesar de já ser o esperado. Meu primeiro impulso é correr atrás dela e como um louco, tira-la desse ônibus e arrastá-la de volta para nossa casa, e quem sabe até trancá-la no quarto por tempo indeterminado. Mas incrivelmente eu consigo me controlar, com algum esforço é claro.

- A Júlia acordou e encontrou um bilhete da Íris na cozinha, pedindo desculpas por fugir assim e pedindo que ninguém fosse atrás dela, que ela precisava ir e que mandaria notícias. Ela não levou nada, só as coisas que estavam com ela. - Iam contava enquanto eu voltava a andar de um lado para o outro.- O que você pretende fazer agora, cara?

- Bom, as coisas aconteceram um pouco antes da hora, mas ainda assim, vou seguir com o que foi planejado.- eu disse para ele e para mim mesmo, tentando manter o foco. - Terei que ficar alguns dias a mais longe dela. Merda!

- Eu vou cumprir com a minha parte do plano, você pode ficar tranquilo quanto a isso. - Iam confirmou o que eu já sabia.

- Eu tenho certeza disso Iam, você é um irmão pra mim, eu confio plenamente em você.

- Tem mais uma coisa. - ele fala com um tom mais grave. - Eu confio em você também Gael, então vê se não pisa na bola dessa vez, se você magoar a Íris mais uma vez, não vai ter volta, e eu mesmo vou me encarregar de te dar uma boa surra!

- Eu não vou errar! Eu não posso.

Assim que fico sozinho começo os preparativos de tudo que vou precisar, principalmente para tentar antecipar ao máximo tudo, não vou conseguir ficar muito tempo longe dela, umas poucas horas e já me sinto desesperado, imagine passar dias assim. Vou mostrar a ela como eu realmente sou, e fazer com que veja o quanto me ama e me quer. Ela já sabe dos meus sentimentos, tudo que eu preciso agora é que admita os seus próprios. Ela vai enxergar que é minha, não importa o quão difícil nossa relação pode ser, ela é minha e eu sou dela! Vou fazer com que entenda isso de uma vez por todas, por bem ou por mal.

Preciso por meu plano em prática para poder estar com ela o mais rápido possível, começando com algumas ligações internacionais.

"Olá leitores! Obrigada a todos que acompanharam meu livro até o fim!! Foi uma honra escrever para todos vocês!!! Então, esse não é o fim da história da Íris e do Gael, mas como essa nova fuga da Íris marca uma mudança forte no cenário e nos caminhos dos dois, eu resolvi fazer um segundo livro. O nome será " A cura di amore". Ainda não sei quando vou poder começar a escrever, pois dezembro é sempre um mês bastante complicado pra mim, mas vou começar assim que possível! Enquanto isso comentem, deixem sugestões para o segundo livro, me digam o que acharam da história até agora, enfim, eu vou adorar falar com vocês!! Mais uma vez obrigada por me acompanharem!!! Mil beijos e até o próximo livro!!!"


Mal D'amore #Wattys 2017Onde histórias criam vida. Descubra agora