Benedict se afastou ofegante.
- você ouviu isso? – ele perguntou.
- Vamos, por aqui – grita alguém do lado de fora. – Achei a égua! Eles não podem está muito longe.
Benedict xingou em alto e bom som, dando a mínima para as boas maneiras. E antes que qualquer um pudesse pensar em dizer algo a porta da cabana se abre com um estouro.
-Achei – alguém gritou – Traga o Lorde.
Benedict escondeu Camille atrás de si protegendo-a com o próprio corpo.
Será que estavam sendo roubados? Ele falou lorde? Oh céus, estavam perdidos. Isso na melhor das hipóteses.Se lorde Winthrop ou seu pai os vissem naquelas condições ele seria um homem morto.
- Camille? – grita Lorde Winthrop aparecendo diante dele – Alguém pode me explicar o que isso significa?
- Nós acabamos de encontra-los nessas condições, milorde – um dos capangas respondeu, prestativo.
- Papai, podemos lhe explicar – diz Camille dando um empurrão em Benedict para fazê-lo sair da sua frente.
- Espero que tenha mesmo uma ótima explicação para mim.- diz o lorde irritado - Afinal eu a tinha deixada trancada no quarto, e agora a encontro nessas condições. – grita o conde. – E o você Benedict – o conde vira-se para ele – esperava que tivesse mais consideração por mim. Seduzir a minha filha?
- O que? – gritou Benedict sem saber o que raios estava acontecendo ali – Seduzir? Trancada? – ele virou-se para Camille – Você estava trancada?
- Sim, estava. Mas não vamos falar disso agora – ela responde.
- Venha menina – ordena o conde – pare de se esconder. – virando para um de seus capangas diz – e você vá preparar os cavalos.
- A minha égua está ótima – grita Camille.
- Não lhe perguntei – diz o lorde e a toma pelo braço. – Mas que trajes são esses?
O lorde encara o peito nu de Benedict.
- Vista isso – diz ele jogando uma camisa para Benedict. – Precisará está vestido quando formos cuidar de negócios.
- Negócios? – perguntou Camille e Benedict em uníssono.
- Sim, negócios. – repetiu o lorde – o casamento de vocês. Ou isso ou pode considerar-se um homem morto, Jovem Tickle.
Com isso lorde Winthrop jogou a capa preta sobre os ombros da filha, e a arrastou até onde tinha deixado os cavalos.
Benedict esperou um instante antes de segui-los. Não sabia que o que era pior. Morrer ou casar-se com Camille.
Que Deus tivesse piedade dele.
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Benedict refletia consigo se caso ele desse mais um passo, quais seriam são chances do piso ceder sob seus pés. Sempre fora muito bom com raciocínio lógico, mas quando se tratava de Camille, o lógico se transformava em um quebra cabeça para lá de complicado.
Ele estava na sala de visitas dos Winthrop e aguardava a chagada de seu pai, para acertar o seu casamento. Não tinha visto Camille desde que chegara a residência do conde.
Estava pensando como tinha sido bom beija-la, quando de repente...
- Benedict, você está ai? – um sussurro atrás da porta.
- Camille? – ele sussurra de volta.
- Sim, sou eu – ela responde, e empurra a porta de madeira, que se choca com Benedict.
- Ai – ele resmunga, esfregando a testa.
- O que está fazendo aqui? – ele pergunta carrancudo – não basta o grande problema onde nos meteu?
- Eu? Eu não fiz nada – ela diz batendo com o indicador no peito dele – você me beijou, e nada disso teria acontecido se você não tivesse me beijado. – acusou ela.
- Eu? – disse ele, alto demais. – Não lembro de você, milady, recusando os meus beijos. – ele rebateu, e percebeu que ela havia corado com aquela acusação. E se não estivesse tão zangado com ela, a teria achado linda.
- Além do mais – continuou ele – nada disso teria acontecido se você não tivesse saído escondida e sozinha para caçar aquela maldita besta.
- Não lembro de você ter tentado me impedir. – ela rebateu
- Como se você me ouvisse, Camille – disse ele, de repente parecia muito cansado.
- Agora teremos que nos casar – disse ela com um suspiro.
- Que Deus me ajude – disse ele – ou isso, ou a minha cabeça como decoração no escritório do seu pai.
Camille tentou prender uma risada, mas sem sucesso.
- Tu não deverias zombar do teu futuro marido – ele a repreendeu.
- Já estás falando como o pai, e olha que nem casamos ainda. – disse ela e saiu deixando Benedict sozinho.
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- Como assim milady? – perguntou Sarah, a criada. – Não entendo quando dizes que a verdade pode ser pior que a mentira. O que pode ser pior do que a noticia de que o jovem Tickle a seduziu?
- Não seja ingênua Sarah – disse Camille, enquanto sua criada lhe escovava os cabelos – não saí a noite para me encontrar com o filho do visconde. Ele apenas foi uma pedra em meu caminho.
- Então o fostes fazer? – quis saber a criada.
- Sai atrás da fera – disse Camille, e olhou para o espelho a fim de ver a reação de sua confidente.
- Por todos os santos! – exclamou Sarah – Se o conde sabe disso manda tranca-la em uma das torres.
- Por isso que digo que a verdade é muito pior que a mentira. – explicou Camille – e tu não sabes o que aconteceu, Sarah?
- Pois me conte milady – implorou a moça.
- Eu vi a fera – disse ela, e pelo espelho pode ver a criada arregalar os olhos – e lhe digo mais, a besta parece gostar muito do filho do visconde Tickle, pois o atacou novamente.
- Como é possível? Pois o vi e ele não tinha um arranhão sequer. – quis saber a criada.
- Eu o lavei com uma efusão de ervas. – respondeu Camille.
- Voltastes a ver aquela senhora? – perguntou Sarah
- Não – disse Camille – faz tempo que não me escreve. Foi embora e nem ao menos se deu o trabalho de se despedir. Mas me deixou um livro, e a cabana de ervas.
- Foi onde te encontraram? – disse a criada, os olhos brilhando de interesse.
Camille assentiu uma vez.
- Não deverias mexer com esse tipo de coisa, Milady. – aconselhou Sarah
- Não te preocupas, não corro perigo. – garantiu ela.
Sem saber o que estava fazendo, Camille levou a mão a lateral do pescoço, bem onde a fera a tinha golpeado.
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Northwest Village
FantasyConhecidos desde criança Benedict e Camille acabam entrando em um aventura ao descobrirem que uma fera está rondando suas terras. Após uma atitude impensada os dois se veem ligados e obrigados a se casarem, mas o que Benedict não sabe é que Camille...