Sumiço

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Tic-tac o som relógio ecoava nos meus ouvidos, sem parar, me atormentado e me enlouquecendo.

Fazia meia hora que eu já estava acordada, mas eu ainda estava na cama, encarando o teto preocupada.

- Maah eu já tô indo. - Kaah entra no quarto para se despedir.

- Já acabou sua folga? - pergunto desviando o olhar do teto.

- Sim, vou te que voltar para lá.

- Primeiro o Rafael, agora você vai te que ir. - suspiro.

- Você tá me parecendo carente e preocupada. - ela senta do meu lado.

- Ele não deu notícias ainda. - suspiros.

- Deve tá cansado ou teve algum imprevisto, relaxa logo ele aparece. - ela sorri.

- Não tô com um bom pressentimento.

- Vira essa boca para lá Marcela, sempre que você abre a boca da em merda.

- Isso é exagero. - reviro os olhos.

- Não é não, mamãe e papai estão te esperando para tomar café, e eu já vou indo antes que perco o horário.

- Ok, até mais Kaah.

- Até Maah. - ela me abraça e se retira.

Dou uma ajeitada no meu cabelo, é jogo a água no rosto, para minha aparência ficar menos parecida com de velório.

- Bom dia, Bom dia! - digo sentando a mesa.

- Bom dia meu bem, feliz aniversário atrasado, desculpe por não estar presente no seu dia, somos muito ocupados. - minha mãe beija minha bochecha.

- Obrigada mãe, e não se preocupe eu entendo.

- Parabéns ruivinha! - meu pai bagunça meu cabelo.

- Obrigada pai. - sorrio.

- Mas Maah que horas seu namorado foi embora ontem? - mamãe pergunta.

- A noite, viajem de última hora, deu problemas lá, então ele teve que voltar, e não deu para se despedir de ninguém. - respondo.

- Entendemos, então quando falar com ele diga que mandamos um abraço e que ele é sempre bem-vindo. - meu pai diz.

- Direi assim que puder. - bebo um gole de café.

- E você tem um presente. - mamãe diz animada sorrindo.

- O que é? - pergunto ansiosa.

- Querido, busque o presente dela por favor. - ela pedi para meu pai.

- Já vou. - ele diz se levantando.

- A Kaah já foi? - pergunto.

- Sim, saiu um pouco antes de você descer. - mamãe responde.

- Agora vou ficar sozinha aqui. - suspiro.

- Vai nada, peguei férias, preciso passar mais tempo com meus filhos, vocês estão crescendo e eu estou perdendo.

- Sério mãe? - sorrio.

- Sim vai te que aguenta.

- Aqui está seu presente. - meu pai aparece segurando um filhote de Pug com um lacinho vermelho no pescoço.

- É sério? Vocês nunca me deram um cachorro, e olha que eu insisti muito. - reviro os olhos.

- Vai reclama? Vai ser meu então. - meu pai fala.

Amor à DistânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora