Amor à Distância

Cleiton na depressão

E assim os dias foram seguindo sem o Rafa, fazia praticamente uma semana que ele havia desaparecido e eu ficava agoniada e toda hora verificando o Face pra vê se tinha coisas de luto, felizmente não ele havia sumido de uma hora pra outra e sem ao menos avisar e da noticias, meu coração dizia "Que saudades!" e meu cérebro dizia "Que saudades o que? Você e mais forte que isso", é o fato de que razão e emoção nunca concordam nos já sabemos, aquele garoto mexia comigo de um tal jeito que ficar sem ele já dava saudades, nunca apeguei a alguém daquele jeito, aquele jeito de você precisar de pelo menos um oi pra aliviar, era estranho, mas era aquilo que estava acontecendo e me deixando perdida.

- Maah, vamos à sorveteria? – Cleiton me manda no whats

- Opa, me já viu dispensar comida? – respondo no mesmo minuto

- Nunca, te vejo na mesma sorveteria daqui a meia hora – ele responde

- Ok, estarei lá – respondo e saio do whats

Milagres acontecem Cleiton me chamar depois de séculos pra sorveteria só podia ter algo errado, mas como se trata de comida não vamos questionar. Tem um lado chato em ser chamada pra sair, você é obrigado a tirar seu pijama habitual, e só de pensar já me da preguiça, mas pra poupar tempo só puis um vestido, sandália, arrumei o cabelo, peguei a bicicleta e fui pra onde havíamos combinando.

Chegando à esquina o vejo acabando de chegar e digamos que ele não estava com uma cara muito feliz, e isso já me preocupou de imediato porque meu amigo vivia sorrindo, mas nem sempre somos fortes o tempo todo.

- Vem Maah – ele acena pra mim

- To indo – desço da bicicleta e vou até ele – e ai já pode falando o que ta acontecendo e sem cerimônias porque eu te conheço!

- Um sorvetinho primeiro e depois eu te conto tudo – ele entra e eu vou atrás

Peguei um sorvete de morango e chocolate e ele de maracujá, pra pegar maracujá ele devia está nervoso, e quando ele está assim ele vive na base do maracujá. Então nos sentamos e depois de uns minutos ele disse:

- Então sabe a Gaby?

- Sim, aquela menina escrota que você namora?! – nunca fui com a cara dela então por isso a xingava

- Ela mesma! Mas na verdade que eu namorava! – ele abaixa a cabeça

- Oi? Espera vocês terminara? – começo a ficar meio alegre

- Sim – ele abaixa a cabeça

- Aleluia – sussurro – mas por quê?

- Descobri que ela tava me traindo e fui falar com ela, ela confirmou na maior cara de pau e em seguida jogou coisas na minha cara e me tratou q nem lixo, como se eu fosse um nada pra ela – ele bate na mesa

- Desculpe o que eu vou falar, mas você só foi brinquedinho dela, quando eu não vou com a cara de alguém e certeza que essa pessoa não presta, mas você não me escutou – o repreendo

- É eu devia ter te ouvido, como eu fui burro em acredita naquela filha da mãe - ele se levanta

- Senta aí – faço cara de brava – acha que eu não sei que você vai descontar sua raiva por ai? As coisas não são assim!

- São assim não tem outro jeito – ele taca o sorvete pra longe

- NÃO! Não são do que vai adianta se estressar por isso? Ela não merece nem sua raiva pra de ser tonto – pego em sua mão

- Você não sabe o que to sentindo! – ele puxa a mão

- Não sei mesmo, mas sei que vai acaba fazendo cagada então pelo amor me escuta – olho nos olhos dele

- Já fiz cagada quando namorei com ela – ele começa a chorar

- Isso é passado, ela não deu valor me diz quem ta perdendo? Não me diga que é você por que você é bem mais do que tudo que ela mereça – dou um abraço nele

- To me sentindo um burro! – ele me abraça forte

- Burra é ela que não valorizou, levanta esse olhar, por favor, deixa pra chora quando sua mãe se for, eu sei e difícil, mas é melhor morrer com a verdade do que viver enganado – abraço ele mais forte ainda

- Ok Maah – ele para de chorar e abre um sorriso de canto

- Você vai vê, ela vai criar vergonha na cara e vê que alguém como você hoje em dia é coisa rara, ai depois quando correr atrás vai ser tarde – enxugo as lagrimas que havia caído

- É tem razão! – ele suspira aliviado

- Uma coisa se vai pra outra bem melhor vim, e se quiser posso te apresentar umas amigas gatinhas – começo a brinca

- Tonta – ele ri

- Que foi? Se quiser também posso te apresenta uns amigos – dou risada

- Prefiro meninas mesmo! – ele senta na cadeira

- Ta bom, mas agora vou terminar meu sorvete aproveitando que é você que ta pagando mesmo – volto a me sentar

- Abusada e interesseira – ele da uma risadinha

- Sim, mas to merecendo – me gabo

- Ok pode abusa que hoje eu deixo – ele revira os olhos

- Vou abusa mesmo – volto a degustar o sorvete

Depois do sorvete nos despedimos e eu voltei pra casa e comecei a pensar em como a vida é engraçada, por exemplo, conhecemos varias pessoas no decorrer do tempo, mas poucas ficam, algumas te magoam ou simplesmente some, outras você sabe que pode sempre contar porque ate quando você ta querendo explodi o mundo elas tão lá tentando te acalmar, essas sim devemos dar o devido falo, pois provam que não importa o que aconteça se é algo bom ou ruim ela vai ta lá, como é o caso da minha amizade com o Cleiton, apesar de todas as brigas que temos eu sei que ele sempre estará lá fazendo seu papel de irmão mais velho, e do mesmo jeito eu vou sempre vou esta do lado dele, até mesmo quando ele não me escuta, mas disso não posso reclamar já que sou cabeça dura e também não o escuto, mas é assim mesmo que as coisas acontecem você só aprende com a vida.

E pra variar Rafa não deu sinal, preocupação só aumenta, e ele fica me deixando com o coração na mão, o único jeito era torce pra ele não ter morrido e aparecer logo, e enquanto isso eu ficava com as saudades e os pensamentos voltado nele, e me sentia uma tonta por ficar daquele jeito por alguém que nem gostava de mim do jeito que eu queria que gostasse, mas como dizem o coração é burro.

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Demorei por que andei sem tempo e aconteceram umas coisas, mas vou tenta posta mais frequentemente, espero que gostem e se gostarem votem, comente, indique pros amigos e aguardem o próximo capitulo. Feliz Páscoa!!!