Era uma manhã normal só que sem a presença do meu pai, mas ao mesmo tempo em que eu sentia raiva dele eu sentia saudades também, ainda não entendo por que ele me bateu, eu não tinha feito nada pra ele, mas como diz a música "nada e fácil de entender..."
Era meio dia e estávamos almoçando como de costume, e então o celular da minha mãe toca, ela atende e fica com uma cara de surpresa, algo sério estava acontecendo fiquei preocupada olhando fixamente para a minha mãe, até que ela desliga e apressadamente pega sua bolsa e as chaves do carro e me da um beijo na testa e disse:
- Tenho que sair cuide da sua irmã
- Mãe o que esta acontecendo? – respondi preocupada – quem ligou?
- Não da pra explicar agora depois eu ligo e conto tudo ta bom? – ele disse apressadamente
- Ta bom
Ela da um beijo na Kaah e core pro carro, eu minha irmã ficamos sem entender nada do que estava acontecendo, fiquei me perguntando "O que houve de tão importante pra ela sair correndo?".
Como o único jeito era espera foi isso que fizemos, mas claro que fizemos essa espera ficar mais divertida, como estávamos no inverno e podemos dizer que o frio estava meio que nos congelando, pegamos um coberto preparamos uma tigela lotada de pipoca, aquele chocolate quente delicioso e assistimos a um filme. A principio eu queria assisti terror, mas a Kaah era meio medrosa depois não conseguiria dormi, então assistimos a um romance, chegou na metade do filme eu comecei a achar que teria que da um lençol pra ela, já tava com os olhos vermelho de tanto chorar, que menina sentimental, mas era tão fofo o jeito sentimental dela, mexia com as pessoas de um jeito que ela parecia o gato de botas quando queria algo.
Já havia se passado quatro horas desde que minha mãe saiu o filme já tinha acabado e eu estava em uma mesa frente a frente jogando uno com a Kaah, já tinha ganhado três vezes e perdido duas, estava quase no final do jogo e ambas olhávamos fixamente pras cartas, e então meu celular toca e rapidamente eu atendo.
- Oi mãe
- Filha vem você e sua irmã ao hospital – ela disse com voz estranha
- Por quê? O que houve? – respondi surpresa
- Só venham, quando chegarem eu explico, mas venham rápido!
- Ok!
E ela desligou, disse a minha irmã o que tínhamos que fazer, e ela se apressou e se vestiu, peguei meu casaco, tranquei a porta, pegamos as bicicletas e fomos até o hospital, e tenho que admitir a preocupação tomou conta de mim.
Chegamos ao hospital e nossa mãe já nos aguardava com um sorriso meio forçado, percebi na hora que tinha algo muito serio acontecendo, ela nos levou pra comer e enquanto comemos, ela nos contou que devido aos anabolizantes nosso pai havia parado na UTI, já fazia um tempo que ele estava lá, mas demoraram pra contar pra ela, felizmente ele já tava bem, e pediu pra evitar brigas com ele, bem concordamos e ela disse que depois podíamos vê-lo.
E depois de uma longa espera finalmente podíamos entrar, deixei a Kaah ir primeiro, porque queria conversar em particular com ele, só não sabia se era uma boa ideia, mas não custava arriscar. Naquele momento toda a raiva que senti dele foi embora só me sentia por tudo aquilo ter acontecido, acho que tava na hora de esquecer o passado.
Depois dos longos trinta minutos que a Kaah esteve lá ela finalmente saiu, era minha vez e eu estava nervosa, não sabia o que dizer ou como agir e então entrei de uma vez ele me olhou com um olhar carinhoso e disse:
- Marcela minha filha!
- Oi pai – respondi sorrindo
- Tudo bem?
- Sim e você?
- To bem!
-Graças a Deus!
- Filha? – ele me olha atentamente
- Sim, o que foi?
- Se aproxime!
- Ok! – fui me aproximando e ele pega gentilmente na minha mão e olha carinhosamente pra mim
- Sei que errei demais esses últimos dias e sinceramente to muito arrependido, não sei se o que eu fiz tem perdão, mas eu quero te pedi então filha me perdoa?!
- Pai eu já te perdoei há tempos fiquei meio com raiva, mas não consigo guarda um sentimento tão ruim – respondi aliviada
- Obrigado minha princesa!
Nessa hora me veio uma paz, acho que esta com ele era o que eu mais queria, sentia falta de conversa com ele nesses dias, depois de vê que ele tinha se arrependido meu coração amoleceu mais, de qualquer forma eu não o perdoei por ta naquela situação, mas perdoei pra ter a paz que há dias tinha perdido ainda bem que tudo acabou dando certo e eu finalmente podia conversa de boa com meu pai sem ele me agredir ou ser grosso, acaba que a maior alegria de um filho era poder contar com o pai. Depois disso dou um abraço bem apertado no meu pai e um beijo na testa e me retiro.
Logo ao sair minha mãe nos mandar pegar nossas coisas e as delas e levarmos de volta pra casa, não havia mais motivos pra continuarmos na outra casa então obedecemos a suas ordens. Fomos para casa e juntamos tudo, o problema era que tinha muita coisa e tivemos que pedir a ajuda do vizinho que se ofereceu pra levar as malas de carro.
Chegamos em casa e guardamos nossas coisas, para minha surpresa havia um casaco do meu pai na minha cama, peguei pra pendurar e na hora cai um papel, pego o papel do chão e abro, era um bilhete que dizia:
Heitor, eu fiquei sabendo que sua filha Marcela anda por ai de safadezas com garotos, não que seja do meu total interesse, mas acho que deveria saber, tire suas próprias conclusões!
O que? Não acredito que alguém poderia falar tamanho absurdo sobre mim, estava chocada, mas pelo menos agora sabia motivo do tapa, agora sei também que tem alguém que não gosta de mim, mas quem será essa pessoa? Bem isso é o que iremos descobrir.
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Notas finais: Bem gente esse e mais um capítulo espero que gostem e comentem oque acharam votem e quem ainda não me segui clica no botãozinho "seguir" e temos também a pagina no Facebook "Amor à Distância" que esta com a capa do livro então curti lá!
Bem gente se já perceberam meus capítulos trazem mensagens algumas vezes explicitas, com esse capítulo eu quero dizer que temos sempre que da o braço a torce e perdi perdão ou perdoar, porque a verdade e que na vida nunca estamos certos, então de o braço a torce porque nunca se sabe quando será a ultima vez que você vera a pessoa, então se arrependa agora porque depois pode ser tarde demais e não adianta se arrepender de não ter feito o que era necessário fazer e também não guardem raiva, magoas, ressentimentos, etc... isso faz mal te faz perde pessoas maravilhosas ou momentos incríveis por mero orgulho e depois que perde do que vale a saudades? de nada porque quando tinha saudades e teve a oportunidade de correr atras não foi ai depois fica se sentindo um trouxa querendo volta ao passado, mas infelizmente não existe maquina do tempo, então não corra o risco de sentir tudo isso no futuro, heey libera todos os sentimentos ruins e vai atras da sua (as) pessoa (as) inesquecível (is) e boa sorte!
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Amor à Distância
Roman d'amourMarcela é uma garota muito realista, romances só eram bonitos na ficção, mas ela ultrapassa os limites do romance quando conhece Rafael. O garoto cativante roubou seu coração mesmo a quilômetros de distância, e assim começaram seu amor tendo que ult...