O futuro é agora

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2 horas depois.
Dormitório feminino.

─ Deveriamos se preocupar, estão realmente procurando o assassino. ─ Aria disse se deitando em sua cama. Ela fechou os olhos e levantou as mãos até os lados de sua cabeça. O dormitório era grande. Até demais para o que imaginei que seria.

─ Não há pistas.

─ Até quando?

─ Até sempre. Não deixamos rastro algum. ─ Falei. Aria soltou um longo suspiro. ─ Fique calma. ─ Coloco as mãos na borda da cama e engatinhando subo em cima dela. Ela está linda sobre as luzes coloridas que piscam em sua parede. Acredito que Aria ficaria linda com qualquer luz. De qualquer dos jeitos. Quer dizer, é Aria Montgomery! Não há como ser feia!

─ Já imaginou como seria um filho nosso? ─ Fui pego de surpresa com sua pergunta. Ela pensa em filhos comigo? Aria pensa em ter um futuro comigo?!

─ Nunca pensei sobre isso.

─ Eu já. ─ Ela condisse abrindo um sorriso. Deitei ao seu lado e segurando sua cintura, a puxei com rapidez para cima de mim. ─ Ele teria cabelo castanho como o meu. Os olhinhos tão azuis quanto os seus. E o sorriso... ─ Aria soltou uma pequena risada e deitou a cabeça em meu peito. Talvez desse para escutar meu coração batendo desesperadamente, se ela chegasse um pouco mais pro lado. Eu nunca pensei em ser pai, muito menos imaginei que ela gostaria que eu fosse o pai de seu filho algum dia. Era uma honra tão grande quanto receber um óscar ou ser beijado pelo papa.

─ Já pensou em algum nome? ─ Perguntei.

─ Charlie. ─ Disse ela. ─ Charlie Fitzgerald.

─ Está tão longe para pensarmos assim.

─ Não custa nada sonhar. ─ Novamente ela me retrucou. Era um ótimo jeito de passar a noite.

Continuamos a conversa. E no meio de um desses diálogos meu celular começou a tocar. Não dei o trabalho de ver, apenas ignorei. Aria era tudo que me importava ali. Não passávamos um tempo sozinhos à tanto tempo que eu estava com medo de interromper o clímax por causa de umas palavras sem sentido de algum amigo meu.

Mas tocou de novo.

E de novo.

E outra vez.

Mas eu não atendi!

Cheguei a olhar a tela para ver quem era.

Era Draco!

Eu estava tão ocupado com meu egoísmo e ego que o ignorei. Afinal, trocar uns amassos com a garota mais linda que já vi para o escutar dar um surto por causa de Hanna parecia burrice.

Eu estava errado.

Muito errado...

Quando deu 3 da manhã a polícia me ligou.

Entre 57 chamadas perdidas.

Eu atendi apenas essa.

Eu perdi meu melhor amigo.

Se eu tivesse o atendido, ele nunca teria usado as pílulas.

Nunca teria tomado a garrafa de vodka.

Ele não teria afastado Hanna.
Ou Toby.

Ele queria que eu o levasse para casa.

Queria que eu cuidasse dele...

Draco teve uma overdose.

E a culpa foi minha de não o salvar.

Desculpe...

Snow || EzriaOnde histórias criam vida. Descubra agora