Herdeiros 4° - Heitor Lewis

Capítulo 06

Safira

Depois que arrumamos nossas coisas no quarto o Thiago logo veio e nos levou até uma casa maior que onde estamos ficando, ela tinha dois andares.

Quando entramos logo apareceu um homem, ele parecia ser um pouco mais velho que meu pai.

- Que bom que aceitaram nosso pedido de ajuda. - diz o homem.

- Tentamos ajudar todos senhor. - diz o abruti. Logo a trás do homem aparece uma menina, ela deve ter a idade da Gabi. Ela tem aparência asiática.

- Está é minha filha. - o alfa diz e o Yago me olha com o cenho franzido. - Eu adotei ela.

- Há. - diz Yago e eu suprimi um riso dele.

- Ela se chama Sun-Hee. - ela sorri e abaixa a cabeça. - Esse é Heitor, filho do David Alfa da Califórnia, Yago filho do Álvaro Alfa da Florida e essa é a nossa linda princesa....

- Fala sério. - diz Yago revirando o olho.

- Safira, filha do Diogo o Alfa Supremo. - ele termina de nos apresentar e a garota me olha de cima em baixo como Yago fez com Thiago.

- Princesa..- ela olha pro seu pai. - Ela?

- Olha os modos Sun-Hee, ela é filha do nosso supremo, obviamente ela é uma princesa. - ele diz repreendendo a filha.

- Concordo. - diz o abruti.

- Eu juro que não o entendo. - fala Yago do meu lado.

- Fiquem a vontade em nossa Alcatéia. - diz a garota encarando Heitor. - Tenho que ir caçar agora. - ela sorri e passa por nós.

- Não gostou dela? - pergunta Yago.

- Que? - franzi o cenho. - Do que você está falando?

- Tira essa auria assustadora se não pessoas vão achar que você quer matar ela. - ele diz rindo.

- Venham, vamos falar sobre o que está acontecendo aqui. - o alfa diz e nos leva para seu escritório. Sentamos de frente para ele. - Primeiro queria agradecer por virem, quando pedi ajuda não imaginei que realmente viriam....bom em fim, a alguns meses atrás começaram a sumir pessoas da alcatéia, principalmente mulheres...

- Espera ai. - interrompo ele. - Meses? - ele confirma. - Por quê nos chamou só agora?

- Porque pensei que meus homens dariam conta de resolver a situação. - ele suspira. - Mas as pessoas que mandei para fazer envestigação nem voltaram.

- O que? - Yago indaga.

- Como sabem que o metamorfo está por trás disso? - pergunta Heitor.

- Porque alguns dias antes das mulheres começarem a sumir nós tínhamos prendido um metamorfo por estar dando trabalho na redondeza, mas misteriosamente na noite em que três mulheres sumiram ele também desapareceu. - o alfa termina com um suspiro.

- Algo mais que precisamos saber? - Heitor pergunta.

- As mulheres...- fala Thiago que só agora vi que ele estava na sala. - Elas sempre somem a noite.

ㅡ

Estávamos de volta a casa onde estamos hospedados, já era a noite. Yago e o Abruti estava no sofá conversando sobre o caso, eu estava na janela olhando para vila. Algo está errado aqui, é com se faltasse algo ou como se tivesse algo que não pertencia aquele lugar.

- Por quê as mulheres somem só a noite? - pergunta Yago.

- Isso não faz sentido. O metamorfo não tem um alvo específico eles apenas devora qualquer ser vivo e não escolhem hora para atacar, sem contar que porque sumirem com a presa se podem mata-las aqui mesmo? - fala Heitor.

- Talvez....- digo indo até eles. - Ele não está matando as presas...- eles me olham atentos. - Não acho que só o metamorfo está por trás disso, com certeza tem algo mais. Talvez...Ele esteja apenas como...

- Entregador. - completa o abruti.

- Vocês querem dizer que o metamorfo está apenas levando a presa pra algo maior? - pergunta Yago.

- Exato. - digo. - Outra coisa...eu acho que o metamorfo está na vila...Na verdade eu tenho certeza disso, desde que passei por aquela entrada de pedra, sinto algo incomum...como se estivesse....

- Faltando ou tendo algo que não pertence aqui. - mais uma vez o abruti me interrompe e fala a mesma coisa que iria falar.

- Você adquiriu o poder de ler minha mente agora? - indago.

- Não só a mente...

- Não me provoca se não quiser outro roxo. - ele ri.

- Quanto amor envolvido. - diz Yago e encaro ele o mesmo olha pra outro lado.

- Amanhã vou pensar em algo que pode nos ajudar a começar com a envestigação. - diz Heitor.

Dito isso vou para o meu quarto. Pego uma camisa xadrez de manga e visto ela. Ela fica até na minha coxa. Solto meu cabelo e deito na cama.

ㅡ

- HAAAA. - assusto com um grito auto e estridente.

Levanto da cama, abro a porta e vejo que os meninos levantaram também, abro a porta e vejo um movimento na casa da frente, corri até lá.

Uma garota de mais o menos 17 anos estava encolhida no braço da mãe, ela chorava muito, seu rosto tinha uma expressão apavorada e tremia muito.

- O que ela tem? - pergunto.

- Ela só teve um pesadelo. - a mãe responde passando a mão na sua cabeça.

- O que? Pesadelo? Com um grito desses? - Yago fala do meu lado. Olho pra ele, deu vontade de rir. Ele estava com uma coberta na cabeça. - Que foi?

- Nada. - digo. Me abaixo e olho pra menina. - Como é o nome dela?

- Aline. - sua mãe responde.

- Aline...- ela me olha. - O que aconteceu?

- Eu...Estava dormindo....Estão....- com a expressão que ela fez eu pude ver que ela se lembrou de algo pois ficou mais apavorada. - HAAAA.

- Sai daqui. - a mãe dela me empurra e abraça a filha. - Você só está piorando o estado dela.

- Ela vai sumir...- ouço uma velhinha dizer. Ela não tinha nenhuma expressão no rosto, ela apenas encarava a garota. - Ela vai sumir como todas as outras, vocês nunca me ouvem. Todas tiveram pesadelo uma noite antes de sumirem.

- Vem. - Heitor me puxa do chão e puxa o cobertor de Yago.

- Hei...- Heitor faz um gesto pra ele ficar quieto e coloca o cobertor em mim.

- Todas que sumiram tiveram pesadelos? - pergunto a senhora e a mesma me olha, olho em seus olhos então ela responde.

- Sim. Todas tiveram pesadelos. - ela diz.

- A minha filha não vai sumir..- a mãe chora e aperta sua filha.. - NÃO VAI.

Heitor me olha esperando eu falar se a velha falava a verdade..