Capítulo 44

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Safira

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Andávamos pela rua principal da cidade, estava com um sorvete na mão e o mesmo estava quase derretendo já que a minha atenção estava presa nas ruas maravilhosas de Dubrovnik.

- Safira. - Heitor me chama e quando eu viro pra ele sinto algo gelado em meu rosto. Ouço ele rir e fecho os olhos.

- Não acredito que você fez isso Heitor. - suspiro fundo e encaro ele.

- O seu sorvete está derretendo princesa. - ele aponta para minha mão.

- Eu vou socar ele na sua cara. - vou pra levantar a mão e ele segura meu braço.

- Hei calma...Eu vou limpar, vem cá. - ele me puxa e tira o excesso do sorvete em meu rosto com a mão. - Ainda ficou.

Ele literalmente lambeu minha bochecha até chegar em minha boca, seus lábios encosta nos meus e ficam parados apenas sentindo o toque um do outro, ele puxa meu lábio inferior. Meu coração acelera e meu braço treme fazendo o sorvete cair no chão. Empurro ele e me viro andando para perto de alguma vitrine.

- Por que ele sempre tem que fazer isso em público? - digo a mim mesma e passo a mão no rosto. Até uma coisa peludinha me chamar atenção do outro lado do vidro, o cachorrinho andava em círculos e quando vê que estou olhando para ele o mesmo vem até o vidro e coloca suas duas patinhas fazendo ele escorregar. Começo a rir do pequeno peludo. - Que coisa fofa. - digo me agachando e colocando a mão no vidro.

- Parece que ele gostou de você. - Heitor se agacha do meu lado.

- É parece que sim. - digo.

Ficamos mais alguns minutos vendo o cachorrinho que parecia muito feliz por estarmos conversando com ele, logo depois continuamos a andar. Conhecemos o mosteiro e vários museus e igrejas que tinham uma construção impecável.

Depois de andar muito, voltamos para hotel. Entro primeiro e logo Heitor entra.

~ Por que ele sempre tem que fazer isso em público?

Levo um susto quando ouço isso, me viro rápido para Heitor. Eu não acredito que ele escutou eu falar isso. Ele tinha um sorriso sedutor nos lábios e eu temia em saber o que se passava em sua mente pervertida.

- Anda ouvindo minhas discussões internas Heitor? - seu sorriso aumenta.

- Não é interna quando qualquer pessoa pode ouvir. - ele vem até mim. - Não sabia que te deixava desconcertada ao fazer isso em público. - ele estava só alguns centímetros para poder chegar em mim. - É por isso que peço desculpas.

- Você é muito convencido. - reviro o olho. - Está me pedindo desculpas por ter me deixado desconcertada? - suspiro. - Você tem um ego muito grande....Heitor Lewis.

- Safira...Como devo chamar? Norato? Adams? Lattanzi ou...Lewis..

- Eu não tenho Lewis. - digo mas já imaginando o que ele iria falar.

- Há tem sim. Para os mundanos essa coisa de companheiros é como um casamento...O nosso só não está registrado no cartório mas posso resolver isso se você quiser. - o que eu deveria fazer? Inventar uma piadinha sem graça ou apenas levar a sério o que ele diz? - Por quê está assim? Ainda não caiu a fixa que você é minha mulher? - ja não existia um espaço considerável entre nós. Ele passa a mão em meu rosto.

- Inprecionante como nossa conversa toma rumos diferentes. Começamos a falar sobre você ter ouvido coisas minhas que não devia ter ouvido, depois fomos parar no seu ego enorme, depois caímos no detalhe em como deveria chamar meu sobrenome...Então viemos parar no assunto...casamento. Somos muito confusos sabia?

- Eu amo a nossa confusão. - seus dedos entram nos fios do meu cabelo e o mesmo trás minha cabeça para perto dele. Ele se aproxima e seus lábios tomam conta do meu pescoço.

- O pior de tudo...é que eu também amo nossa confusão. - digo e ele me olha por alguns segundos.

- Não tem nada de pior nisso. - ele sorri. - Você não gosta que eu faço esse tipo de coisa em público certo?

- Mas isso também não quer dizer que você tem que fazer quando não estamos em público. - digo.

- Tarde de mais princesa. - seus lábios tomam conta do meu pescoço novamente. Minha mão vai até seu cabelo.

- Eu te odeio. - digo e sinto um sorriso formar em seus lábios. Ele me olha.

- Mentirosa...- ele deposita um beijo na minha bochecha e na ponta do meu nariz. - Seu corpo diz ao contrário.

- Meu corpo...- coloco meus braços ao redor do seu pescoço. - É mentiroso.

- Vamos tirar a prova disso então. 

Ele me empurra pra parede e me puxa pra cima, fazendo minha perna entrelaçar em sua cintura. Ele me beija intensivamente como se tivéssemos longe um do outro a décadas. Ele literalmente rasga a minha roupa tornado tudo mais intenso. Meus instintos estava mais sensível como nunca, era porque eu dívida absolutamente tudo com Heitor, até mesmo os nossos sentimentos e tudo o que ele sentia eu sentia e o mesmo acontece com ele. Eu e ele dividia o mesmo sentimento, o mesmo prazer e isso fazia que tudo ficasse mais forte e mais intenso.

Ele abre a porta do quarto e me joga na cama, eu via luxúria em seus olhos, sentia absolutamente tudo que ele estava sentido e eu sabia que nem ele e nem eu pararia agora. Puxo ele pra mim e rasgo sua roupa como ele fez com a minha. Então sinto ele, me sinto completa como nunca me senti antes.

- Eu te amo - digo.

- Pensei que me odiasse. - ele diz rindo.

- Cala a boca e continua. - ele sorri e fala no meu ouvido.

- Eu sempre vou te amar.

Sinto meus olhos queimar, ele cheira o meu pescoço e eu sabia que seria agora. Ele se transformar pela metade e consequentemente eu também. Então aquela frase foi dita em perfeita sincronia por mim e pelo Heitor.

- Eu serei o sangue se você for os ossos.

Sinto suas presas entrar em meu pescoço, a dor e o prazer me consomem. Minha mão ardia muito e eu sabia que ali apareceria o símbolo do nosso amor...O símbolo da nossa união. 

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Onde histórias criam vida. Descubra agora