Capítulo 43

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Safira

Andávamos nas ruelas de Dubrovnik e era como se você voltasse no tempo, era tão lindo o lugar que nem me importei com Heitor apertar minha mão a cada vez que um rapaz passava perto e ele dava um olhar flamejante em cima do coitado. Estamos observando o lugar nas muralhas, era tão incrível.

- Você está gostando? - Heitor pergunta, olho pra ele e sorrio.

- Muito. - ele alisa meu cabelo é chega mais perto.

- Nunca pensei que teria a oportunidade de viajar a sós com você. - ele coloca uma mão em minha cintura e a outra fica alisando meu rosto.

- Tô amando essa viagem, porque posso conhecer lugares que não conhecia e sem falar que é uma....- puxo seu corpo mais perto e falo em seu ouvido. - Ótima oportunidade pra mim te castigar. - ele aperta minha cintura.

- Eu não sou um Don Juan, mas estava tentando ser romântico mas...- ele coloca meu cabelo pra trás e fala no meu ouvido. - Se você continuar a me castigar eu também vou te castigar. - ele beija a curva do meu pescoço, meu corpo arrepia e sinto ele sorrir.

- Por quê iria me castigar? - pergunto empurrando ele. - Quem tem motivos aqui é só eu.

- Porque isso é uma tortura e não tem a menor graça se só eu sou castigado. - ele diz eu reviro o olho.

- Idiota. - digo e me viro. Ele puxa meu braço e meu corpo vai de encontro ao dele e sem eu esperar nossos lábios se encontram. - He....Heitor...- ele me solta e eu enfio meu rosto em seu peito. - Seu abruti....Tem um monte de gente olhando. - ele puxa meu rosto e me olha com um sorriso estampado no rosto.

- Então posso te beijar quando ninguém tiver por perto? - ele diz com um sorriso de lado que da a impressão que está agindo de forma safada....Ou ele está mesmo.

- Vamos pro hotel. - me viro.

- Então posso fazer isso no hotel? - encaro ele que ainda continua com o sorriso.

- Não abre essa sua boca pra nada, principalmente se for pra chegar perto de mim. - digo.

- Nem pra te beijar? - bato em seu peito o que faz ele rir.

- Cala a boca Heitor. - ele passa a mão na minha cabeça.

- Boa garota...- bato em seu abdômen e ele ri. Ele beija o topo da minha cabeça e coloca seu braço em volta do meu ombro e sai me guiando.

- Você sabe que seu braço pesa uma tonelada né? - digo.

- Só aproveita o momento querida. - ele diz e eu rio.

- Que momento Heitor? Aproveitar o peso do seu braço não é muito satisfatório. - tento tirar seu braço mas não consigo.

- Quer colocar seu braço no meu ombro então? - ele me encara. - Há esqueci que você não alcança.

- Você tá pedindo pra morrer não é? - ele sorri.

- Vem vamos pro hotel. - ele tira seu braço e segura minha mão.

Chegamos no hotel e já estava escuro. Subimos e eu fui tomar banho em quanto Heitor foi comprar alguma coisa pra comer já que eu estava morrendo de fome. Saio do banheiro e visto um short curtinho azul escuro e uma blusa branca de alçinha. Sento na cama penteando meu cabelo molhado.

Do nada começo a escutar algum movimento na porta da sala. Pego um roupão preto de seda e visto, passo pela sala e fico do lado da porta tentando ouvir.

- Há então seu nome é Heitor? - escuto uma voz feminina que me dá até vontade de vomitar. - Eu não falo croata, então é muito bom achar um cara tão legal que possa interagir comigo e ainda por cima é um lobo. Você não faz idéia do quanto estou feliz.

- "Você não faz idéia do quanto estou feliz." - imito sua voz. - Vamos acabar com sua felicidade agora querida. - abro o roupão e puxo minha blusa mais pra baixo, fecho ele de volta e deixo bem aberto na parte de cima, mostrando o vale dos meus seios e jogo o cabelo pra trás. Abro a porta e na hora Heitor me olha e seus olhos ficam vidrados em mim. A nojentinha me olha curiosa, seus seios estavam quase pulando na cara de Heitor, seu short tava lá no útero e sua boca tava com um batom horrivelmente forte. - Nossa querido, você demorou.

- Tro...trouxe a sua comida. - ele levanta a sacola e eu me seguro pra não rir da cara de espanto dele ao me ver assim.

- É mas eu pedi só a comida. - encaro a mulher.

- Haa nossa. - ela me olha com uma sobrancelha erguida. - Ele não pode conversar comigo é isso? Você é o que dele por acaso?

- Em primeiro lugar você deveria observar os fatos e depois abrir sua boca, em segundo sou a companheira dele, e em terceiro não menos importante...Sou sua suprema querida. - meus olhos mudam e eu encosto a cabeça na porta e sorrio pra ela. A mesma se assusta. - Os lobos de hoje em dia são bem fracos não é? - olho pra Heitor que tinha um sorriso divertido no rosto. - Antigamente os lobos sentiam a presença de um supremo, ainda mais se for dois.

- Dois? - ela olha pra Heitor e depois pra mim.

- Não se esqueça que nosso poder ainda não está totalmente liberado querida. - diz Heitor.

- Me desculpa. - ela se curva e sai quase correndo.

Entro e logo ouço a porta se fechar a trás de mim.

- O que ela queria? - pergunto me virando para Heitor.

- Eu ia descobrir se você não chegasse e roubasse toda minha atenção. - ele diz encarando meu corpo.

- Fiz isso pra espantar a criatura. - digo revirando o olho.

- E despertar o Heitorzinho? - ele diz e eu não me aguento de tanto rir.

- Idiota. - arrumo minha blusa e tiro o roupão.

- Porra Safira. - ele passa a mão na cabeça e vira pra porta. Começo a rir, pego a sacola da sua mão e deixo na mesinha.

- Espero que aquela loba não queira nada além de te paquerar...- digo a trás dele. - Se não vou ter que tomar algumas medidas.

- Se você continuar tão perto de mim com essas minúsculas roupas....- ele vira e me imprensa na porta - Eu vou ter que tomar uma medida.

Ele aperta minha cintura e seus lábios roça no meu. Meu corpo arrepia, minha vontade era de beijar ele e levar minha mão até seu cabelo...

- Não acredito que já perdeu seu auto controle Heitor. - digo e ele sorri.

- Quando se trata de você...Nunca existe auto controle. - ele ia pra me beijar mas eu o empurro.

- Eu vou dormir na cama e você no chão ou no sofá. - digo já saído da sala.

E quando chegou no quatro solto o ar que estava segurando...Eu realmente não vou aguentar e tenho certeza absoluta que Heitor já não aguenta mais. Meu plano está se virando contra mim...

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Onde histórias criam vida. Descubra agora